NESTA VIDA - Na vida de cada um da gente, as coisas nem sempre é como queremos. Por isso mesmo é que devemos ter o dom de respeitar e de aceitação. Clara que a ninguém é dado o direito de aceitar tudo que querem nos fazer engolir, mas nesta vida às vezes somos obrigados a engolir sapos e outros bichos quaisquer, mesmo que seja de gosto indigesto. É assim a vida, embora não seja de todo do nosso agrado.
NA VIDA DE ADVOGADO - Nesta profissão é que são elas. Quase que diuturnamente em nossa profissão somos obrigados e engolir cobras e jacarés, mesmo que não seja do nosso gosto. Quer da parte de juízes incompreensíveis, de promotores de justiça que veem delitos em qualquer bobagem ou em delegados que acham que estão acima da lei. Pior ainda é a gente ter que enfrentar a incompreensão de muitos clientes que acham que o advogado pode tudo, quando na realidade ele é um mero instrumento para defender os direitos de seu constituinte, que nem sempre está em consonância com a lei, tampouco na vontade dele próprio, mas que depende de um juiz e um promotor de justiça que são os calcanhares de aquiles de todo e qualquer advogado.
JUSTIÇA PAQUIDÉRMICA - Afora a magistratura e o ministério público, existe uma justiça que anda a passos de cágados, paquidérmica do tamanho de um elefante, que comumente não funciona como a gente imagina que deve funcionar, né mesmo camaradas!
O TOQUE MIDIÁTICO - Como se não bastasse todos esses entraves, existe ainda uma pedra bem maior no meio do caminho de alguns casos, quando chegam a ser dominados pela mídia. Aí sim é que o sujeito já está lascado mesmo por antecipação e o profissional do direito, infelizmente fica encurralado, porque com certeza já tem nas mãos praticamente um caso perdido, isso porque a mídia já tratou de condenar o indivíduo, mesmo que ele seja presumidamente inocente.
SEM OPINIÃO PRÓPRIA - O maior entrave nos julgamentos penais, é que juiz faz um juízo de valor de conformidade com o seu livre convencimento, que às vezes não encontra amparo nem na legislação, na doutrina ou jurisprudência. Muitos julgam mesmo na base da chutometria para dosar a pena. Não há quem possa se convencer e condenar com base em meras conjecturas indiciárias para se ter em mente uma correta convicção da culpabilidade de quem quer que seja. E se a mídia cair em cima, aí sim é que o sujeito já está lascado por antecipação, esta é a realidade nua e crua.
RECURSOS - Em não aceitando a aplicação dosimétrica da pena, se recorre ou se apela, mas se for da parte do constituinte, dificilmente o condeno tem chances de ser modificado, agora se for da parte da promotoria, por mais esdrúxula que seja a penalidade aplicada, tem chance de ser modificada para pior. Até parece que a Justiça em muitos casos, funciona como uma panelinha de cartas marcadas, ou não camaradas!

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