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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quinta-feira, 14 de março de 2013

AINDA QUE OS ANJOS DIGAM AMEM, EXISTEM MUITOS CAPETAS APRONTANDO MUNDO AFORA, PRINCIPALMENTE OS INVOCADORES


  Isso é um fato real e verdadeiro que ocorreu em minha vida, quando ainda em tenra idade. Lembro que minha mãe sempre foi uma fervorosa católica de carteirinha, a ponto de na época das chamadas "Santas Missões" de Frei Damião e Frei Fernandes, as noites para mim eram curtas, pois na madrugadinha, de quatro para cinco horas da manhã, lá estava minha mãe a me chamar para acompanhá-la até à casa do Pe. Zé Kherler, na Rua São João, para, de lá, vir acompanhando o frade capuchinho e seu fiel escudeiro, no que eles chamavam de santas missões. Para mim, aquilo mais parecia uma tortura na madrugadinha, do que rezar para ficar contrito com Deus, com os santos e com os próprios, Frei Damião e Frei Fernandes. Era um sacrifício dos "diachos" acompanhar à minha mãe nessas fervorosas, pelo menos para ela, essas tais de "santas missões". Com isso de certa forma, aprendi até mesmo a vir a ter um pou co de simpatia pela Igreja Católica, pois assistir uma missa para mim, sempre foi algo um tanto quanto insuportável, um sacrifício ouvir o blá-blá dos padres nos púlpitos, em extensas orações e louvações. Alguém até pode dizer, questionar, mas o sujeito não senta na mesa de um bar para tomar todas. Bem, aí não é igreja, tampouco  reza tem pra santo. Mas deixa-estar. O problema é que estava cada vez mais com a influência de minha mãe, me envolvendo com o ritual da igreja, os cânticos, as confissões e as centenas de aves-marias, salves rainhas e padres-e-nossos que tínhamos por vezes que rezar, tamanhos os pecados que dizíamos ao padre no confessionário. Já estava até mesmo rezando missa de brincadeira, com um carrinho de brinquedo cheio de sabugos, para representar os fiéis e já estava até mesmo me engraçando com os coroinhas da igreja. Pensava eu, quem me dera um dia ser um coroinha. Eita diacho, ainda bem que não cheguei a tanto. Mas me tornar padre, disso tive um grande pendor para ser um devoto de Deus, que depois de certo tempo, essa ideia também se esvaiu como fumaça no tempo. Depois de um certo tempo, ocasionalmente, essa ideia ainda veio a povoar o meu pensamento, mas também da mesma forma, não emplacou, porque não adianta a gente querer emplacar algo, inculcar na mente, somente para se redimir, para forçar uma crença na marra. Então melhor ser do jeito que sou mesmo e priu!
    O assunto dessa minha passagem de infância, veio assim mais meio à solta, com essa onde de eleição papal. Acho um ritual milenar que deveria ser mais transparente, principalmente para se mostrar as chagas abertas da Igreja Católica e mostrar quem é quem nessa eleição de conchavos. Digo de conchavos sim, porque cento e quinze homens, afirmo que são homens iguais a nós mesmos, porque são vulneráveis aos mesmos pecadas que cada leigo, como eles costumam nos chamar, comum, mas que também, muitos deles são céticos com o que eles mesmos pregam, ou não?. A Igreja para ser mais transparente, deveria acabar com essa eleição papal fechada a sete chaves, sem ninguém de nada saber, depois sair alguém que dizem ser o representante de Deus na Terra, seja ele de onde for e o que tenha feito, mas eleito Papa, é o Sumo Pontífice, o Santo Padre e represante puro dos desígnios de Deus e Cristãos aqui na Terra, como representante legítimo do Apóstolo Pedro. Ora, minha gente, se existe mais transparência neste mundo e queremos sim, um mundo cada vez mais transparente mesmo, então por qual razão não existe transparência na Igreja  Católica? - Será que nesse Conclave ou conchavo completamente vedado, não existem a troca de moedinhas, de favores, de promessas e de repartição do bolo da Igreja Católica, já que ele se mostra tão grandioso e fenomenal! - Esse ritual em nada melhora à imagem da Igreja Católica, que padece de uma praga milenar, que execra o pecado alheio, mas nunca ou jamais os seus próprios, esta é a realidade da Igreja. Então, eu que não sou seguidor de religião alguma, mesmo assim, acredito que os crédulos e seguidores desse mundo papal, querem uma maior abertura dessa Igreja que sangra e exala uma certa podridão de seus milenares mofos fechados a sete chaves.
    Finalmente, apesar de meus devaneios infantis, acho que não me sentiria bem se hoje fosse um padre, pároco, beneditino, frade, frei, ou sei lá o que, porque isso não combinaria jamais com as minhas ideias e ideais de vida. Acho que seguir religião, pelas convicções que adquiri na vida, não é bem a minha praia. Minha mãe, com toda sorte do mundo, pelo tipo de mulher batalhadora que foi, se religião houver e a fé confortar realmente os crédulos e os que se foram, acredito que deve ter um lugar reservado lá no Céu para ela e, quanto a mim, pobre mortal, acho que ela me levaria somente por ser o seu filho, menos por acreditar. Já meu pai, não dava muita trela à religião não senhor, mas por causa de minha mãe, vez por outra, era temente à Deus, mas sempre foi um homem da gandaia, apesar de ter sido exemplar e um homem de origem e de estirpe familiar buiquense, mesmo assim, acho que, mesmo magoada, minha mãe também deve tê-lo levado para o Céu também, porque o seu coração apesar de forte e duro, era de perdoar e aprender a amar e ser amada. Só que, com todo esse alarde papal, apesar de sair fumaça branca da Capela Cistina, ainda que os anjos digam amém, ainda há muitos capetas apontando mil por esse mundo afora e que precisam urgentemente de um corretivo sério e definitivo.

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