Na minha fase
de criança e da adolescência, fui, não nego, um aficionado da leitura de
histórias em quadrinhos, as famosas HQ’s. Ficava ansioso para a edição daquelas
que gostava de mais ler, a exemplo de Fantasma, Superman, Mandrake, Zorro, Tex,
Tio Patinhas, Pato Donald, Mickey, Capitão Marvel, e também, Brucutu, que era o
brutamontes da Idade da Pedra Lascada, entre outras. Passada minha
adolescência, tinha uma imensa coleção de gibis, que ao retornar para Buíque,
abandonei em São Paulo. Se tivesse àquela coleção hoje em dia, ela certamente
estava valendo ouro. Uga Buga, me foi tirado de uma novela da Rede Globo, que
era um outro exemplo de homem da Idade da Pedra, feito Brucutu, só que, houvera
tido sua aventura no mundo selvagem de indígenas do Amazonas, mas apesar de
terem vivido em épocas diferentes, se aproximaram pelos trogloditas que
representavam os seus personagens. Brucutu foi criado pelo desenhista V. T.
Hamelin, após ter trabalhado numa campanha publicitária para uma companhia de
petróleo texana, ocasião em que teve conhecimento sobre fósseis, daí então,
teve a ideia de criar esse personagem da Idade da Pedra Lascada. As tiras de
Brucutu foram publicadas pelo seu criador, em 1932, por cerca de 40 anos e eram
diárias nos jornais americanos, tendo se espalhado mundo afora. O nome original
era Alley Oop (Brucutu). Após a morte de seu autor, as tiras das histórias de
Brucutu ainda sobreviveram por vários anos, passando depois, a ser publicadas
em forma de gibis. Brucutu era um forte habitante do reino pré-histórico de Moo,
com seu dinossauro de estimação, Dinny e sempre carregava um martelo de pedra e
vestia apenas calção de pele, e preferia lutar contra os ferozes dinossauros da
selva do que conviver com seus compatriotas na capital Moo e tinha como
companhia o seu amigo troglodita Foozy e a namorada Ooola (Ulla), que às vezes,
dominado pela fúria bruta, a arrastava pelos cabelos.
Lembro bem, que certa
feita, estudante do curso científico na Escola Carlos Rios, lá por volta da
década de 70, em Arcoverde, por brincadeira, apelidei meu amigo Vandelso dos
Correios, de Gavião e, ele, sem pestanejar me tascou o apelido de Brucutu, não
que fosse um troglodita, mas sim, porque vez por outra, usava uma barbicha rala
tipo a de Brucutu, daí o apelido. Até hoje, vez por outra, ainda chamo Vandelso
dos Correios de Gavião, para receber o troco de Brucutu. Pode até ser que tenha
dentro de mim, um pouco de Brucutu, mas nada comparado ao que a gente vê por
aí.
Já Uga Buga, se trata de
uma novela da Rede Globo, produzida lá por volta do ano de 2000, em que relata
a história de um jovem que após um acidente, se perde na selva braba e, encontrado
por um pajé, é criado por uma tribo indígena, aprendendo os seus hábitos
grotescos, como se fora um troglodita, até ser reinserido na vida social após
uma longa convivência no mundo selvagem. Tudo isso são coisas da vida da gente,
que de certa forma, se inseriram na história da vida real da gente. Se eu não
tivesse me atraído pela leitura das tirinhas de jornais que publicava histórias
em quadrinhos e, depois pelos gibis, certamente não seria um aficionado em
leitura, tampouco na escrita, daí que, lei gibis para mim, foi de grande valia para
a minha formação moral e intelectual. Infelizmente hoje em dia, a leitura não é
mais um hábito, porque por mínimo que seja o texto, os jovens tem preguiça de
ler, daí nem aprender ler corretamente, muito menos escrever. A leitura
camaradas, é algo de suma importância para que cada um adquira o hábito
saudável de ler e criar o seu próprio mundo através da viagem que você imaginar
estar fazendo nas histórias, mesmo que tenham sido elas Histórias de
Quadrinhos, os famosos HQ’s. Brucutu também, ficou imortalizado na música de Roberto Carlos, "Olha o Brucutu, Brucutu....", lá pela década de setenta, que foi um grande sucesso no mundo da Jovem-Guarda.
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