No primeiro plano, Lula, com a mão esticada, Miltinho, meu irmão, rodeado por Floro, Edna e outras pessoas de Buíque. |
Estava
mais uma vez morando na cidade do Recife, juntamente com meus filhos no
apartamento de minha irmã Maria José Modesto Irmã (Nina), quando não poderia
deixar de me deslocar no dia anterior, num sábado, para ver àquele momento
histórico para Buíque, que desde o descobrimento oficial do Brasil, nunca
houvera recebido um presidente da república.
Comigo
veio o escritor buiquense, Cyl Gallindo, que morara na avenida Boa Viagem,
também na cidade do Recife e combinamos para fazer o percurso Recife-Buíque, em
seu Fiat Uno e assim o fizemos. Cyl, vim a ter um maior estreitamento de
convívio e amizade com ele, quando por acaso o encontrei, quando cuidava do
acompanhamento de preparação de meu primeiro livro publicado, Modesto à Parte,
em 1988, nas dependências da Cia Editora de Pernambuco – CEPE e a partir daí
nossa amizade, em face dos mesmos gostos e da ligação do cordão umbilical da
terra-mãe, combinamos de vir juntos no dia anterior, para ver Lula em Buíque no
domingo, 26 de abril de 2003. Fizemos a viagem na tarde do sábado. Dia meio
chuvoso, mas conseguimos chegar em Buíque normalmente, sem maiores atropelos.
Chegamos,
visitamos o pátio da feira-livre, onde Lula iria discursar, depois de fazer as
visitações no seu roteiro preparado por sua equipe de apoio e tudo estava um
colosso. Um palanque monumental para receber pela primeira vez na história do
Brasil em Buíque, um presidente da república e isso para mim e Cyl Gallindo,
representava um fato histórico da maior magnitude e importância para Buíque, em
que jamais ninguém imaginaria vir a receber o chefe máximo da Nação Brasileira,
mas Lula veio em Buíque, visitou a zona rural, esteve no meio do povão, como
sempre foi de seu feitio e não fez cara feia e se misturou à massa sem a menor
cerimônia, isto porque Lula sempre foi do povo, teve o cheiro do povo e nunca
teve medo do povo, feito outros governantes que haviam passado pelo poder. Na
minha opinião, Lula é único e exclusivo, especial e por isso mesmo, nunca teve
medo de assombração, de alguma ameaça ou atentado. Como presidente agia do
mesmo jeito de sempre, da época do Lula peão, do Lula sindicalista, por isso não
se fazia de rogado e foi se misturar com o povo, tomar a sua “cachacinha”,
porque gente do povo é assim mesmo e líder não tem medo de quem quer que seja e
isto Lula sempre teve e ainda tem de sobra, apesar de preso político
injustamente em Curitiba. Foi até iniciado a construção de um monumento em sua
homenagem à vinda dele em Buíque, na feira-livre, que ainda está incompleta, o
que seria de bom tamanho que fosse concluído esse monumento para que essa vinda
do primeiro presidente em Buíque, nunca seja esquecida, porque foi o primeiro e
talvez, seja o último.
Fazia
tão-somente quatro meses que Lula tinha assumido. O prefeito da época era
Arquimedes Valença e o governador do Estado, Jarbas Vasconcelos, que apesar de
ter levado uma vaia, mesmo assim veio acompanhando Lula, que depois de visitar
alguns parentes no Sítio Serrinha e noutras localidades, veio por volta das três
horas da tarde a chegar no suntuoso palanque no pátio da feira-livre, onde fez
o seu discurso com a fala que o povo entende e é por isso mesmo que sempre foi
o presidente mais querido e amado do povo brasileiro, razão pela qual, veio a
Buíque ter o contato com a nossa gente humilde sem se fazer de rogado por
ocupar o cargo máximo da república brasileira, por isso mesmo não existirá
ninguém igual a Lula, tampouco um outro presidente nesses mais de 500 anos que
venha visitar Buíque, disto não tenho a menor dúvida.
Por
ser do povo, por não se importar em visitar um lugarzinho esquecido do Brasil e
do mundo como Buíque, na condição de presidente da república, o primeiro que
veio às nossas plagas, é que Lula realmente é detentor de uma grandeza que vai
além de quem quer que esteja no comando deste país, porque Lula ainda preso
político, tem a grandeza humana maior do que qualquer um deste país, por isso
mesmo a inveja, a cobiça, o que culminou na conspiração previamente arquitetada
pelos poderosos de plantão, a perda do mandato de Dilma Rousseff e a sua prisão
política na “Republiqueta do Paraná”. Lula, nós buiquenses da gema e que temos
gratidão, jamais esqueceremos àquele memorável dia de domingo, 26 de abril de
2003, em que pela primeira vez na história do Brasil, Buíque recebeu o presidente
da república do povo brasileiro, que governou com o cheiro do povo, a fala do
povo e a vontade do povo!
Um comentário:
Lindas palavras. Saudade do meu Brasil brasileiro.
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