A
essa altura do campeonato, todas as noites estou de volta ao caminho da
Faculdade. Da faculdade?, alguém pode chega a me indagar ou questionar! — Isto
em face de a minha idade ou por já ser formado em Direito e vir atuando há
quase três décadas como profissional liberal da área de ciências jurídicas.
Estou
readquirindo o fôlego para percorrer o mesmo trilhar que o fiz de 1973 a 1976,
quando em estradas extremamente desestruturadas de piçarra, com uma demora
média de pouco mais de duas horas, fazia o mesmo percurso entre
Buíque-Arcoverde e vice-versa, quando estudei o Curso Científico na Escola
Estadual Carlos Rios, ou então quando estudei Direito na FADICA de Caruaru, fazendo
o percurso de Pesqueira-Caruaru e o mesmo de volta, num primeiro momento, numa
Caravan e depois num ônibus e consegui vencer os dois desafios. Na verdade, lá
em tempos pretéritos de minha vida, já houvera iniciado o curso de Engenharia
na UFPE, no Recife, porém não cheguei a concluir, o tendo deixado no meio do
caminho.
Voltar
ao banco acadêmico a essa altura do campeonato, faz algum sentido? — Fico
também a me questionar o porquê, porém chego à conclusão que nesta vida, “viver
é preciso, por isso mesmo é que estou navegando”, buscando um sentido para
continuar vivendo até aonde não sei, mesmo assim sempre fui de desafios, mesmo
que venha sendo confundido com professor, embora não seja integrante do corpo docente
da AESA, mas bem que poderia ensinar sem nenhum demérito para quem já está
ensinando, algumas matérias do campo do Direito, embora seja mais um estudante,
integrante do corpo discente da Faculdade de Arcoverde, mas estou buscando ter
o devido fôlego para me adequar a mais este desafio de minha vida, de algo que
ficou lá atrás num determinado interstício temporal.
Conseguir
ou não, eis a questão! — Acredito que sim, porque nunca fui de desistir de meus
intentos, apesar dos atropelos, agruras e tragédias que tenho enfrentado no
decurso deste meu viver, mas não posso parar, porque se isto vier a acontecer,
sei que não mais vou suportar viver e para que a vida tenha um crédito de continuidade
a mais, tenho que insistir em continuar remandado neste barco da vida, em que a
única certeza que a gente tem é a de que vai chegar um momento em que ele vai
naufragar de vez e nada mais vai restar.
Estudante,
professor, não sei bem o que sou! — Só sei mesmo que no show da vida lá na AESA
estou procurando o meu banquinho da faculdade todas as noites com uma boa turma
de outros alunos e alunas, para no aprender com o dançar dos números nas
ciências exatas, talvez quem sabe, dançando um tango de Carlos Gardel, vir a me
complementar como ser humano e consiga enfim, ter tempo suficiente para pelo
menos vir a fazer o projeto de minha casa derradeira de estrutura de meu próprio
jazigo de dormitar o sono derradeiro.
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