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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

COLUNA - OLHO NO OLHO



2004 - ZÉ CAMÊLO PREFEITO

           Só para se fazer uma retrospectiva, apoiar Zé Camêlo em 2004, para Prefeito de Buíque, foi uma decisão minha, pessoal, juntamente com meus irmãos Miltinho e Milvernes. Não foi pelo fato de Blésman ter sido candidato a seu Vice não senhor. Como advogado, acredito, como todos são testemunhas, fiz uma batalha jurídica louvável contra mais de meia dúzia de colegas advogados do outro lado. Na verdade eu era o único advogado do lado de Zé, mesmo assim fiz uma grande batalha jurídica no campo eleitoral. Não ganhamos o pleito, mesmo assim, com todas as intempéries da vida, Zé perdeu somente por 329 votos.

PARA QUEM ANTERIORMENTE GANHOU ESTOURADO....

          Para quem na eleição anterior, contra Blésman, ganhou por quase 3,8 mil votos de vantagem, ser reeleito com 329 votos para uma pessoa extremamente enferma, isso representou praticamente uma derrota, mas em política, se se ganhar por apenas um voto, é o vitorioso, mas jamais Arquimedes esperava ganhar por um número tão ínfimo de votos, esta é a realidade.

DE MONZA VELHO E TUDO

            Tinha mais, foi uma campanha pobre, sem dinheiro, sem recursos e um tanto quanto desorganizada. Só para se ter uma idéia, o meu meio de transporte era um Monza velho 94, aonde aqui acolá furava pneu, faltava combustível, que não se tinha dinheiro para abastecer, quebrava por esquentamento do motor, mesmo assim, capengando, fiz a minha parte e o fiz bem feita, pois foi a primeira vez na história de Buíque que um candidato a Prefeito foi parar nas barras do TRE. O jogo foi revertido por eles, mesmo assim, o estrago político foi devastador, ou não!

NO JULGAMENTO

          Pior, no dia do julgamento sequer dinheiro para o colocar o combustível, tinha, mesmo assim não desanimei e fui fazer a minha parte jurídica. O velho Monza ainda quebrou umas duas vezes daqui para o Recife, mesmo assim ainda consegui chegar lá. No horário marcado, lá estava eu no Tribunal Regional Eleitoral - TRE, sentendo numa cadeira, ao lado do pé de uma escada. Do nosso lado partidário só tinha eu mesmo e mais ninguém. Quando começou chegar a tropa de choque de Arquimedes e começaram a se juntar, pensei com meus botões, meu Deus, como é que vou me sair dessa, sozinho, sem nenhum apôio moral, sem nenhum companheiro de partido ao meu lado, sem ninguém. Só e somente só. Chegada a vez de falar no púlpito com a toga, peguei a minha, o advogado de arquimedes, a dele, e foi o primeiro a falar para um Plenário com o Pleno lotado. Só tinha gente de Arquimedes e um amontoado de advogados que também tinha causas e que queriam ver a prelação de Dr. Luis Coelho. Falou Dr. Luis, depois foi a minha vez. Pensei comigo, como será que vou me sair dessa agora? - Mas firme, de cabeça erguida, enchi os pulmões de ar, e também da mesma forma, com muito brilho fiz a minha prelação pela manutenção da impugnação da candidatura de Arquimedes. Finalizei ainda, que a "lei não poderia ser mudada por àquele Tribunal, mas sim, cumprida, de acordo com a Constituição". Fiz minha parte e o fiz com glamour, bem feita, na medida que eu queria que fosse. No final, a reversão do quadro pela improcedência da impuganação. Todos ficaram eufóricos! - Telefonemas para Buíque, avisando do feito e os que lá estavam parabenizando Dr. Luis Coelho e enfim, uma euforia total. No final soube do foguetório em Buíque. Sozinho, desolado no meu canto, olhava para um e para outro, mas não perdia a firmeza nem a serenidade. Na medida em que saíam, também dei no pé e no outro dia, ainda ressacado pela decisão inglória, voltei para Buíque para dar continuidade na campanha. Foi um dos atos mais importantes para mim na campanha de Zé Camêlo. Posso ter perdido a ação lá no TRE, mas não perdi a postura nem a firmeza com que procuro me conduzir.

ADVOGADO DE PÉ DE ESCADA

          No outro dia, em um comício no Alto da Alegria, hoje Bairro Frei Damião, soube que Arquimedes me tachou de "advogado de pé de escada", acho que pelo fato de ao chegar ao Tribunal, no Recife, eu estava sentado numa cadeira disposta no pé da escada que dá acesso ao Plenário do Tribunal, onde se reunem os desembargadores. Sei que na ocasião, ele me olhou, ainda até acenou, mas com um olhar que não era lá de muito bom grado. Afinal ele estava ali no TRE, perdeu o último comício de São Domingos, por conta daquela ação e aquilo não era nada bom para ele, por isso mesmo quase perde a eleição de 2004, esta é a verdade.


DA DERROTA, UMA LUZ PARA A VITÓRIA

           A eleição havia sido num dia de domingo e, como tínhamos certeza que ganharíamos, Miltinho e Milvernes, já tinha desde cedo, se guarnecido de uma caixa de uisque para tomarmos na vitória, mas quando foi à tarde, nem vitória, nem comemoração, nem uisque nem nada, mesmo assim, na segunda-feira, como Blésman sempre fazia em suas derrotas, juntei um grupo de companheiros e fomos comemorar não sei o que, em minha modestao casa, mas sei que fomos. Na ocasião estava Jonas Camêlo Neto, Sossó, Sosti, Dodó, entre outros companheiros de campanha e todos começamos a tomar o uisque que antes era da vitória, mas mesmo assim, o tomamos na derrota e em determinado momento, pedi a palavra, fiz uma breve prelação e lancei a candidatura de Jonas Camêlo Neto para Prefeito e, Sossó, para Vice. O que foi uma brincadeira de farra, foi se transformando num crescendo e numa aceitação popular, que realmente Jonas e Sossó foram eleitos na eleição de 2008, derrotando todas as lideranças políticas de Buíque por uma margem de 1877 votos de vantagem, não sendo maior a surra, porque houve muita compra de voto, promessas e derrames de outras vantagens. Hoje Prefeito, Jonas Neto, você é a esperança das mudanças que Buíque precisa, certo camarada! - Houve luta para isso e você nunca deve esquecer que uma luta se faz com uma força unida.

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