QUEM REALMENTE SOU

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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


COLUNA - OLHO NO OLHO


TEMPOS DE PESQUEIRA

           Morei em Pesqueira na década de oitenta e noventa. Foram dois momentos distintos. No primeiro fui transferido em 1982, do Bandepe de Buíque, para o de Pesqueira, a pedido. De Pesqueira trabalhei no Bandepe de Alagoinha e de Sanharó, até ser demitido por Joquim Francisco em 1991, juntamente com mais de dois mil colegas. Num segundo momento, volteiro para Pesqueira novamente em 1995, salvo engano. Só sei que foi presumivelmente uma década em que morei em Pesqueira, retornando para morar em Arcoverde no ano de 2000 e depois, para minha terra, Buíque. Em Pesqueira fiz muitas amizades e participei ativamente da política de lá e, por sinal, era reconhecido por boa parte da população. A uma por trabalhar no Bandepe como Chefe da Carteira de Desenvolvimento e, a duas, por escrever nos jornais editados naquela cidade e por me envolver na política local.

DOS AMIGOS

              Foi lá que conheci William Porto, o grande escritor e "jornalista matuto", como ele mesmo costuma autorotular-se, Professor Souza do PT, Joaci Galindo do PSB, Rita Marlene do PC do B, Zé Carlos da gráfica, Alaim Prudêncio que foi candidato a deputado federal e a meu pedido teve um voto em Buíque, em 1992. Cheguei também a conhecer o ex-prefeito de Pesqueira pelo MDB, ainda na época da ditadura, Luis Neves, seu irmão que publica o Pesqueira Jornal, Francisco Neves e foi lá também, que conheci minha segunda ex-companheira, com quem tive um filho. Conheci várias outras figuras importantes da vida de Pesqueira, a exemplo dos médicos Dr. Luis Gonzaga, Dr. Aluisio Lima, Dr. Evandro Chacon, entre outras figuras proeminentes da política e da vida de Pesqueira. Penso eu que tinha uma certa consideração naquela Município. Foi lá também que fiz o lançamento em primeira mão, em abril de 1988, do meu primeiro livro "MODESTO À PARTE", na Câmara de Vereadores a qual ficou lotada para o evento.

FAZ PARTE

          Quase sempre estou indo à Pesqueira, ou para fazer alguma audiência na Vara do Trabalho ou para visitar meu filho Hémerson que casou-se com uma menina de lá, mas sempre estou naquela cidade. Se fosse para voltar a morar lá novamente não mais o queria, apesar das minhas fortes ligações com àquele lugar. Se Buíque é o meu tronco umbilical, Pesqueira faz parte do cordão.

NO PASSAR DO TEMPO PESQUEIRA ENCOLHEU

             Não sei se pelo fato de Pesqueira, na década de quarenta para a de cinquenta tenha se assentado numa economia de oligarquias familiares ou se foi mesmo pela não adequação aos tempos modernos, mas antes conhecida como a "Cidade das Chaminés", pelas fábricas de doces e conservas que tinha, sendo a mais importante a Fábrica Peixe, hoje vejo uma Pesqueira que se pode dizer "A Cidade das Chaminés Desativadas", com uma grande população pobre na periferia urbana, uma agricultura precária e uma economia agonizante, que não evoluiu, não cresceu. Até mesmo uma usina de biodisel que se queria instalar, só existe mesmo o prédio e nada de usina, nem coisa nenhuma. A economia de Pesqueira hoje é centrada tão-somente em um comércio bem menor que o de Arcoverde, a exemplo do ramo de peças de automóveis. Sem fábricas, sem empregos, a pobreza domina a periferia e a violência tende a aumentar, o que é uma pena numa Pesqueira Secular que deveria, pela história que tem, se encontrar melhor provida, melhor colocada em sua economia. Conhecida também como terra do doce e da renda, bem como o turismo religioso, acho que a saída para Pesqueira está nesses setores que ainda gera emprego e renda, não o suficiente, mas pelo menos  já é alguma coisa.

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