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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

terça-feira, 25 de maio de 2010

SÓ FALTA AGORA PASSEATA DE QUÊ, HEM, MINHA GENTE?!

           Ora minha gente, os movimentos sociais explodem, às vezes como uma bomba chiando em cima de um trem carregado de dinamite. É passeata disso, passeata daquilo, defendendo, em determinados casos, questões sociais que sabemos justas, defendendo melhorias nos diversos setores sociais, que sabemos importantes. Agora, minha gente, esse negócio de "passeata gay", "passeata da legalização da maconha", não me venham dizer que tais movimentos buscam atingir alguma melhoria social para dignificar e melhorar a vida do cidadão. O respeito a opção de cada um, está mais do que garantida constitucionalmente. Até mesmo o maconheiro já adquiriu o direito de ser usuário de droga, apesar de aumentar o tráfico. Agora passeata para discutir a legalização de  uma droga tipificada como ilegal, como crime, a mim me parece não soar muito bem. Por seu turno também, esse negócio de passeata gay é só mesmo para as "bichonas" aparecerem nas "telinhas" ou para incentivar aos enrustidos para saírem do casulo, ou razão outra mais nobre existe? - Não sei, só visualizo nesses movimentos uma forma de muita gente querer aparecer e só! - Nada mais que isto. Só faltava mesmo uma passeata desse tipo em Buíque!
             Já que existe passeata para todos os gostos, umas justas, reivindicatórias, como às dos "sem-terra", dos "sem-teto", pela "ética na política", "em defesa do meio ambiente", entre outras de cunho social, também nesse diapasão, deveriam se fazer passeatas dos "cachaceiros", dos "desordeiros", "em defesa da corrupção, que acredito seria bem maior em volume, do que às dos gays", dos "defensores do nepotismo para os familiares mamarem nas tetas da vaquinha do  poder", dos "políticos corruptos, cabras safados e ladrões", dos "descamisados", dos "sem-cuecas para esconder o dinheiro público roubado", afora de outros segmentos que estão incrustados na sociedade brasileira como parasitas ou sangue-sugas.
           Sejamos francos, existem tantas coisas importantes que estão sendo esquecidas, deixadas para trás, do que "passeata de gay", "passeata de maconheiro", não dá para ser sério nessas condições. Assim, camaradas, não dá para ser feliz.
            Vivenciei em minha vida, ainda com tenra idade, o movimento golpista de 1964, imposto pelos militares. Nessa época até início da década de 70, morava com meus familiares, em São Paulo, precisamente, em Ribeirão Pires, passando depois de algum tempo, a morar na capital do Estado. Via com um certo ar de orgulho muitos políticos da época e uma grande parcela da sociedade fazendo movimentos políticos contra a ditadura militar, ou em luta armada, mas por isso, o troco, a reação, eram duros e cruéis, com gente levando pau no lombo, encarcerado, assassinado nos porões da ditadura, e até mesmo jogado em alto mar de aviões e helicópteros de um programa de extermínio de contras ao regime, chamado de PARA-SAR, formada por uma equipe da elite militar da Força Aeréa Brasileira. Lembro dos grandes movimentos pelas "Diretas Já" e tudo aquilo me emocionava, me dava um acalento no meu eu interior, que ainda existiam neste País, homens e mulheres dignas e sérias em quem poderíamos confiar e que não fugiam da luta, mesmo em pé de desigualdade. Num desses movimentos, quando estudava no Recife, depois de um certo tempo que voltei de São Paulo, em que estavam juntos para fazer um grande comício no Largo 13 de Maio, em frente à velha Faculdade de Direito do Recife, palco de grandes lutas políticas, os senadores Marcos Freire, Paulo Brossard, Pedro Simon, Franco Montoro, Teotônio Vilella e políticos da ala do MDB autêntico, a exemplo de Jarbas Vasconcelos, Egídio Ferreira Lima, entre outros. O Governador da época, era o biônico Moura Cavalcanti e, como num passe de mágica, eis que de repente surge um pelotão não se sabe de onde, da Polícia Especial, em passo de ganso, batendo nos escudos de proteção com os cacetetes e se dirigindo contra a multidão para dispersá-la na base do cacete e de bombas de efeito moral, para i mpedir a realização do comício em favor das Diretás Já. Foi um auê dos diabos, com um corre-corre em disparada para todas as direções, que se transformou numa grande algazarra. Lembro que estava com um colega de trabalho na ocasião e de repente cada um correu para um lado e só fomos nos encontrar no outro dia, no BANDEPE, onde trabalhávamos e passamos e discutir o assunto e rir da situação. Foi realmente uma cena da ditadura que nunca saiu da minha mente. Guardo na memória como se tivesse sido ontém. Apesar de tudo, acho que vencemos a ditadura militar, apesar de ainda ter certos idiotas e desinformados que insistem em defender um regime dessa natureza. Só mesmo quem não presenciou as barbáries por eles praticadas é que pode defender a manutenção de um regime dessa natureza.
             Não que a democracia seja o pior regime, isto não, mas com a redomocratização, a coisa avacalhou mesmo, não implicando em dizer, que tenho saudades de militares no poder, isso jamais quero ver, pois lugar de militar é na caserna e de ter estrita obediência ao Estado Democrático de Direito, e estamos conversados. Hoje apesar do regime político ser um tanto falho, ainda assim, a pior das democracias ainda é melhor do que a melhor das melhores ditaduras existentes no Planeta. Afinal, sejamos francos, não existe ditadura no mundo, que preste. Direito do cidadão cerceado, impedido de dizer o que pensa, de colocar no papel o que quiser, de ir e vir livremente, isto é coisa muita cara para os direitos humanos e a liberdade do cidadão. O que não se pode é permitir a desordem para se descambar para o descontrole geral e se implantar um regime anarquista em que os valores morais e sociais são invertidos, colocados de cabeça para baixo. Devemos sempre combater o bom combate e jamais nos afastarmos dos verdeiros primados democráticas que sempre defendemos. Infelizmente, hoje o Brasil padece pela falta de lideranças, que foram sufocadas na época da ditadura militar. O indivíduo hoje já nasce, pelo menos uma grande maioria, sem sequer ligar para a ética, para a moral e o respeito ao próximo. Na verdade, para uma grande parcela da juventude alienada, é mais importante uma "passeata gay" ou de "maconheiros", que um movimento em defesa na ética na política ou em defesa de melhoriais sociais. É necessário que a sociedade que ainda acredita no bem, alerte a juventude brasileira, para não seguir os maus exemplos que diuturnamente estamos presenciando em todos os quadrantes do Brasil, senão qual será o futuro do País, se não educarmos os nossos filhos para ser sérios, honestos, honrados e acima de tudo, aprender a respeitar o seu próximo, dentro dos limites da lei e da ordem. Ser sério e honesto, afinal de contas, não é um favor, mas um dever e obrigação de cada cidadão brasileiro, pois estamos mais do que cansados de presenciar tantas e tantas picaretagens, tanto no setor público, quanto no privado. Não é só o setor público que rouba não senhor! - O setor privado, se brincar ainda é pior, porque faz conluio com o poder público para tirar, roubar dos pobres, fracos e oprimidos com o enfraquecimento de setores sociais importantes para o nosso desenvolvimento, a exemplo da saúde, da educação e de melhores condições de vida de cada cidadão. Está mais do que na hora, de darmos um basta nos políticos antiéticos e imorais, afinal de contas, não é uma mera lei que vai trocar seis por meia dúzia, que vai limpar a ficha de político corrupto nenhum. Só o voto livre e soberano é que vai acabar com tais desmandos, quando de sã consciência procura se votar em quem realmente é digno de um voto. Só assim varreremos os salafrários do poder de mando na política, e tiraremos o peitinho da boca de cada um, certo ou não, camaradas!

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