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segunda-feira, 12 de julho de 2010

FATOS QUE ACONTECEM E NÃO SE JUSTIFICAM

DA OVAÇÃO AO REPÚDIO POPULAR


           Sair da fama, do luxo, da riqueza, da vida que nunca imaginou, para o isolamento de uma prisão, é um grande peso no interior psicológico de qualquer pessoa, mesmo  que seja acusado de conduta antijurídica de qualquer natureza que cause comoção e êxtase coletivos. Estou falando do goleiro Bruno que é acusado de ser o principal  mentor e mandante da morte da Eliza Samúdio, sua amante. Dos gritos efuziantes da torcida flamenguista, da ovação generalizada do estádio de futebol, das mãos que antes segurava firme a bola para livrar seu time de levar gol, às pulseiras das algemas e ao repúdio de populares gritando por justiça e clamando por vingança, a vida desse jovem ídolo do futebol entrou em parafuso de vez, se acabou. É como se de um momento para outro se desse um branco de repente em sua vida. O interessante é que, mesmo antes de ser considerado culpado ou até mesmo do nível de culpabilidade dele na participação do crime, os que antes lhes batiam  palmas, hoje lhes apedrejam. É assim a vida, é assim que somos até o momento em que estamos sendo de alguma forma úteis. Não que concorde com a brutalidade, a barbaridade para se resolver problemas de ordem pessoais, familiares ou de qualquer monta que for. Não compactuo com esse tipo de solução, porque na vida, muitos outros caminhos a ser seguidos sempre aparecem e para tudo existe uma solução. No caso Bruno, o destemperamento dele, a falta de estrutura familiar, a incapacidade de lidar com determinadas situações, com certeza foram fatores determinantes para ele chegar, pelo menos em tese, ao ponto que chegou. Eliza da mesma forma, vinha de uma linhagem familiar com um histórico de desestruturação, criada da mesma forma ante à ausência do pai e, principalmente, da mãe. Ávida para chegar à fama, a notoriedade e à riqueza, não media ela esforços para se envolver com gente famosa para poder aparecer na mídia, mesmo que para isso tivesse que expor a sua sexualidade e vender o seu corpo, mesmo assim, não merecia o fim trágico que se imagina tenha tido. Na verdade, em se guardando as proporções do crime brutal, a vida  promissora do jovem goleiro pode se dar por praticamente destruída e, pior ainda para a jovem que supostamente perdeu o bem mais precioso, que foi a sua própria vida. O que se poderia ser resolvido perante um Juiz de Direito de forma mansa e pacífica, se olvidou caminhar para a pior solução que se poderia ter e assim a destruição foi monstruosa e drástica para quem deixou uma vida de sucessos, promissora, de ser ovacionado perante uma multidão efuziante, para passar a viver sem ver o sol e limitado a pegar a bola do time da prisão onde está encarcerado. Não existe fim pior para a vida de alguém, por mais hediondo que tenha sido o crime cometido, se assim forem devidamente comprovado os fatos como se imagina de que o foram.

ADVOGADA MÉRCIA NAKASHIMA


            Finalmente o cerco está se fechando no misterioso desaparecimento e morte da advogada Mércia Nakashima. Com a prisão de Elias, amigo do advogado e ex-policial Mizael, declarou este que o responsável pela morte da advogado foi realmente o ex-namorado em face de ser motivado por  ciúme doentio do qual era portador e rejeição. Pelo que se tem conhecimento, Mizael era um homem dotado de um temperamento forte e que não admitia perder. Sentindo-se rejeitado pela amada, que não mais o queria, e dominado por uma paixão doentia, platônica, achou por bem ceifar a vida da jovem que tinha uma vida pela frente e que já enveredava pelo caminho de uma boa profissional do direito. Infelizmente, não era para ser dessa maneira que fossem solucionadas as questões de amor não devidamente resolvidas. Claro que o amor desmedido de alguém, pode levar ao cometimento de alguma loucura, como ocorreu no caso em discussão, mesmo assim, Mizael deveria ter o devido equilíbrio, procurar se restabelecer psicologicamente e preencher a sua vida com um outro novo amor, afinal de contas, não deve ter em mente a fixação doentia em somente uma pessoa, porque essa fixação se torna uma doença que pode levar à tragicidade cruel, como de fato ocorreu e para estes também, a vida trouxe um final que jamais será reposto, refeito. Ela, jovem, bela, alegre, cheia de vida e com um bom futuro profissional, perdeu a vida e ele, um cidadão destemperado, por um motivo banal, imbecilmente chega ao ponto de tirar a vida de alguém só pelo simples fato de que esse alguém não mais a queria. Na vida, o que se perde aqui, pode se ganhar mais na frente e não vale a pena destruir a vida de quem quer que seja por uma mera banalidade qualquer. O bem mais importante, é a vida, tanto a de quem a perde definitivamente, quanto a de quem vai amargar a escuridão da culpa no seu eu interior, e nos porões de uma repugnante e execrável prisão.



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