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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A GANGORRA DA POLÍTICA E OUTRAS COISAS MAIS

2004 - UMA GRANDE BATALHA POLÍTICA


          Só para refrescar a cabeça de muitos que  não mais se lembram, a política de 2004, quando Zé Camêlo Neto, tendo Blésman Modesto como vice em sua chapa, aonde veio a formar a FPB - Frente do Povo Buiquense, para enfrentar à reeleição do fortíssimo candidato Arquimedes Valença, se constituiu em uma das grandes batalhas políticas que enfrentei em toda a minha vida como advogado eleitoral. Confesso que em meus vinte anos de advocacia, foi uma das batalhas judiciais mais ferrenhas que enfrentei ao impugnar o registro de chapa da candidatura de Arquimedes e Miriam Briano, e chegar a levar às barras do Tribunal Regional Eleitoral - TRE, que de pronto foi acatada por àquele Corte. A notícia nos chegou numa sexta-feira e foi amplamente publicada nos jornais Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio, dando contra de que a candidatura de Arquimedes tinha sido impugnada pelo TRE. Foi  um deus-nos-acuda dos diabos em todo município de Buíque. Do lado de Zé, por erro de estratégia política, se soltou às ruas de logo um grande número de panfletagem e também de imediato passou a se divulgar em carro-de-som a notícia que não se esperava, a impugnação do registro da candidatura de Arquimedes. Dos partidário de Zé Camêlo, foi àquela euforia com a notícia, tanto que, não se pensou sequer na possibilidade dos partidários de Arquimedes por estarem tranquilizados e com boas assessorias jurídicas, jamais imaginavam ou levantavam sequer a possibilidade, de que isso viesse a acontecer. Sei que a notícia pelo quartel-general do Comitê Político de Arquimedes, foi recebida com surpresa e indignação, porque ninguém contava com essa possibilidade e foi  um alvoroço danado para encontrar o famoso advogado do Recife que lhe dava assessoria em casos de maior gravidade, pois os prazos eleitorais são por demais curtos, para entrar com a medida jurídica cabével e tentar reverter a situação. Até para Mané Roque apelaram para encontrar o advogado do Recife e por fim, encontraram-no, que interpôs um Embargo de Declaração e, no julgamento, no Plenário do TRE, pra onde com recursos franciscanos no dia do julgamento, para lá me dirigi com o meu velho Monza, sozinho, enquanto que Arquimedes estava com um batalhão de seguidores e, por fim, conseguiram virar o jogo e tornar a chapa de Arquimedes elegível, para vir a ser eleito com uma pequena margem de votos na casa dos 329 de vantagem, o que se constituiu numa derrota para quem em 2000 houvera ganho a eleição por cerca de 3,8 mil votos frente a Blésman Modesto. A pressa da divulgação do fato em si, foi um erro de estratégia político-eleitoral dos partidários de Zé Camêlo, pois se ninguém tivesse de imediato colocado na boca do povo a notícia explosiva, poderia até a linha de frente de Arquimedes ter perdido o  prazo recursal e aí sim, a reversão do jogo teria se tornado impossível e a impugnação teria sido mantida, mas ao se abrir à boca, se deu o sinal verde para que a tropa de choque dos jacarés entrassem em campo para agirem. O que é importante de se notar, é o fato de que o jurídico numa campanha política, pode fazer muito pelo conjunto de forças que esteja prestando assessoria, como ocorreu aqui mesmo em Buíque, porque o estrago de ordem político-eleitoral e psicológico, com a interrupção de compromissos anteriormente agendados, de eventos que não chegaram a ser realizados, tudo isto prejudicou em muito a campanha de Arquimedes Valença, não que o mesmo tenha perdido as eleições, mas o estrago político e eleitoral na sua campanha, convenhamos, foi avassalador a ponto de nem ele mesmo acreditar que seria reeleito prefeito de Buíque pela terceira vez.

OS MODESTOS NÃO MORRERAM
          Sei que tem muita gente que não tem lá muita afeição pelos "Modestos" de Buíque, porque se for reparar mundo afora, existe "modesto" prá danar. Mesmo assim, o que quero dizer nesta minha explanação, é que a nossa família nesta terra, é enorme, o fato é que é ela muito dispersa, mas que é grande, disto não tenho a menor dúvida. Se unida, o que acho tarefa difícil, seria muito importante. Só a título de exemplo, se brincar, é uma das famílias que mais nomes de seus entes queridos e antepassados, emprestaram à logradouros públicos de Buíque, não querendo com isso desmerecer às demais famílias. Embora tenha muita gente que torce o nariz para os "modestos", não sei por qual razão assim se comportam, porque a nossa família é composta por pessoas pacíficas, honestas, até que se prove o contrário, e nunca fizeram o mal a quem quer que seja. Claro que não queremos nos constituir nos santos do lugar, afinal de contas, ninguém pode se canonizado sem  mais nem menos. Mas de uma coisa tenho pleno certeza, os "modestos" não morreram politicamente em Buíque, e se um ou outro tentou aniquilar de vez essa família para varrê-la do mapa político de Buíque, posso afirmar que quebrou a cara, porque outros tantos existem para dar continuidade ao processo político de nossa terra. É só uma questão de tempo. Sei também, que tem gente por aí, que não suporta "modesto", assim, de graça, sem nenhuma justificativa ou explicação. Não suporta porque o senhor "meu rei" não gosta ou porque é um verdadeiro idiota inveterado, que não gosta disso ou daquilo só pelo fato de não gostar e pronto! - Sei também que muita gente, mesmo alguns que se dizem "amigos" que circundam ao nosso lado, mostram os dentes para sorrir, dirigem falsos elogios para ser agradáveis, mas quando pelas costas, dizem cobras e lagartos. Gente desse tipo, sinceramente, prefiro manter mais distância do que aproximação, pois "amigos" desse naipe é melhor tê-los no rol de inimigos, se bem que, não sei nem se inimigos fiz no decurso de minha vida, mas de desafetos, acho que tenho demais por aí afora. Tenho a dizer, que ninguém se iluda não senhor, mas existe "modestos" de sobra acalentando o sonho de um dia voltar à política buiquense, não falo dos que já tiveram a sua contribuição, os que já foram, mas querendo ou não, ainda vai ter muita gente que vai ter que engolir muito "modesto" que está por aí se preparando para o futuro. Só digo uma coisa, se alguém não suporta os "modestos", que se mudem de Buíque, porque nós vamos aqui permanecer enquanto Buíque for Buíque ou então, quando Buíque for tirado  do mapa por uma bomba atômica. Mas enquanto isso, vamos pacificamente na nossa "modesta" luta do dia a dia, certo camaradas!

MEIO DE INTRIGA E DE CIUMEIRA
         De um modo geral, a política é um meio de intriga e de ciumeira. Segundo quem está no poder de mando, equivocadamente ou até mesmo em alguns casos com uma certa razão, teimam em não dar vez a um dos pares, segundo eles, "para não se dar asa à cobra para ela não aprender voar e lhe morder com o seu veneno". Talvez exista aí um quê de exagero ou de verdades desencontradas, mas ninguém pode se arvorar no poder de mando para centralizar tudo em si próprio, uma vez que, além de ninguém ter a capacidade de agir sozinho em tudo, nem tampouco pode ter tentáculos suficientes para estar presente em todas as frentes aonde se exige a presença do poder público. É muito comum o político ser democrático quando está começando timidamente numa campanha política, passar a andar garboso quando começa a dar algum sinal de que poderá dar certo e então, já passa a se sentir de salto alto, chegando a usar salto alto de vez, quanto chega ao topo do poder,  passando daí, a centralizar tudo e se arvorar como o senhor do poder e dono da razão. Esse tem sido o maior erro de muitos políticos, afinal de contas, ninguém pode ilhar-se em si mesmo no mundo político, senão facilmente cai no ostracismo, no isolamento e no esquecimento, podendo se tornar meramente num rio que passou na política de algum lugar. Esta é a realidade política quando não procura se trabalhar com um conjunto de assessores e de opiniões, para poder acertar o tom de uma administração pública. Decidir sem ouvir, fazer por imposição e tomar decisões isoladas, se configura num grande erro de quem assim age na política, o que poderá se constituir em desgraça política quando menos se espera. O pior no meio da política, na verdade, é a questão de falta de humildade quando se está no poder de mando, da ciumeira, da centralização e da falta de delegação de poderes. Não é assim que a coisa funciona, pois o buraco está bem mais na frente e o estrago de tudo isso só se percebe mesmo no final das contas, quando pouco ou nada pode mais se fazer.

O RIO SÓ CORRE PARA O MAR
        Na escola nunca ninguém aprendeu que o rio não corre para o mar, mas sim, que este inevitavelmente só desagua para o mar. Em política também é assim. Nos últimos dias, em face do crescimento das pesquisas eleitorais favoráveis à candidata de Lula, Dilma Rousseff, de Eduardo Campos, aqui em Pernambuco, a revoada, a debandava para os barcos provavelmente vencedores, é como uma avalanche, uma enxurrada provocada por torrenciais trombas d'água. É realmente uma falta de norte político do nosso povo, em que partido político e nada é a mesma coisa. Existe todo tipo de desculpa. Uma é de que alguns políticos dependem do poder público de quem está no poder para tocar as suas administrações, assim como das benesses do poder federal, até aí existe uma parcela de razão, mas também se administra na oposição, coisa que muitos dos nossos políticos ainda não aprenderam, afinal de contas, em se tratando sistema republicano de governo e regime democrático de escolha, a administração pública é de caráter impessoal e seja quem for que esteja no poder, ela não pode sofrer processo de continuidade. A questão na verdade, é que muitos só querem mesmo é tirar vantagem de quem está na frente das pesquisas e não por questões de interesse de seu povo. A bem da verdade, tudo isso não passa mesmo de meras desculpas esfarrapadas. Outra justificativa de muita gente, é a de que não se quer perder o voto, o que também não dá para engulir esse tipo de explicação, porque na democracia se vota em que se quer votar, em quem melhor se afina com os anseios da população e não meramente porque o candidato tal ou qual vai ganhar a eleição. Votar antes de tudo, é um ato de exercício de cidadania de cada pessoa que adquire esse direito, e votar consciente no candidato escolhido, é uma questão de princípios, mesmo que não obtenha sucesso nas urnas, mas dizer que perdeu o voto porque o candidato não ganhou, isto é puro analfabetismo político e ignorância do exercício do poder do voto, de quem não sabe exercitar o seu sagrado de escolha e de votar em quem bem entender.

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