INCURSÕES NA POLÍTICA E OUTROS FATOS

SENADOR SÉRGIO GUERRA

           Em seu primeiro movimento político de peso nestas eleições, o Prefeito Jonas Neto, trouxe para um encontra político neste final de semana, cujo se deu na propriedade de Edil França, o Senador Sérgio Guerra, seu candidato a deputado federal, o deputado estadual Claudiano Martins e, o seu estadual, Claudiano Filho. Praticamente todo o grupo político que foi formado ainda na campanha de prefeito do jovem Jonas Neto, marcou presença, inclusive com novos aliados, a exemplo do ex-vereador denominado de "Cego do Catimbau", além dos vereadores André de Toinho e Peba. Foi realmente uma demonstração de força do grupo da situação. Jonas em sua fala criticou os oposicionistas, agradeceu aos aliados e firmou posição ao dizer que todos seriam bem-vindos, menos aqueles que se debandaram sem nenhuma explicação. Na sua ligeira fala, o senador Sérgio Guerra, elogiou à administração do jovem prefeito Jonas Neto, pediu votos para Claudiano Filho, afirmando os seus laços de amizade com à família "Martins" desde longas datas e, por incrível que pareça, não pediu votos nem para Jarbas, a quem apóia para governador, nem para Serra, a quem igualmente apóia para à presidência da República. A justificativa da pressa para ir embora era de que tinha um compromisso agendado naquele mesmo dia no Estado de São Paulo, e por isso mesmo teria que pegar um vôo ainda na boquinha da noite, que certamente seria para participar de algum movimento político da campanha de Serra, da qual é coordenador, na qualidade de Presidente do PSDB nacional.

A DESGRAÇA DE QUEM ESTÁ EM QUEDA LIVRE

          No roçado da política, quem está em queda livre nas pesquisas de intenção de voto, pode dizer que está "lascado", esta é a realidade. Certo que Claudiano Martins trouxe uma leva de prefeitos e ex-prefeitos para o barco de Eduardo, de Humberto Costa e de Dilma Roussef, mas ninguém que se diz "serrista de carteirinha", teve a ousadia de pedir votos para Serra ou para Jarbas Vasconcelos. Claro, também na desgraça política em que estão, pedir votos para qualquer um deles é um sacrilégio político, um desperdício e pode contar pontos contra para quem vier a tocar no nome de quem está numa barca furada. Em política, ex-aliados do mesmo barco, quando este está afundando, o que fazem mesmo é colocar uma pedra bem grande para ajudar o barco a terminar de afundar. É a política sem firmeza de idéias, sem partidos fortes, sem metas definidas a se seguir como preceitos filosóficos que deveriam nortear a conduta política de cada partidário, mas não, o mais cômodo mesmo é se posicionar do lado daquele que está prestes a vencer uma eleição e priu para posicionamento político.

ATÉ PARA DILMA SE PEDIU VOTO

Para Serra ninguém pediu voto não senhor, mas para Dilma, do PT de Lula, claro, muito orador pediu voto. Claro, ninguém quer cair em desgraça ou esculhambando ou não aderindo por gravidade à candidatura do Presidente Lula, afinal de contas, com cerca de 80% de aprovação popular, falar do Presidente é cometer um pecado mortal e se peitar de frente com a vontade popular do povão que vive de uma cesta básica, de uma bolsa família ou do Presidente dos pobres, o que na verdade, é  uma realidade. Claro que no governo Lula, os ricos ganharam mais, entretanto, diferentemente de FHC, os pobres tiveram um prato de comida a mais na mesa, houve um significativo avanço em classes sociais que vivem à margem de um mínimo de dignidade de vida, daí o lado positivo do governo do Presidente Lula. Também a economia se manteve estável e até avançou em termos de PIB - Produto Interno Bruto, que vem a ser a soma de todos os serviços e bens produzidos num período (mês, semestre, ano) numa determinada região (país, estado, cidade, continente). O PIB é expresso em valores monetários (no caso do brasil em Reais). Ele é um importante indicador da atividade econômica de uma região, representando o crescimento ecônomico. Vale dizer que no cálculo do PIB não são considerados os insumos de produção (matérias-primas, mão-de-obra, impostos e energia).O PIB per capita (por pessoa), também conhecido como renda per capita, é obtido ao pegarmos o PIB de uma região, dividindo-o pelo número de habitantes desta região. Significativamente, em termos de distribuição de renda per capita, o País melhorou com o aumento da renda das classes pobres e médias, se bem que, não eliminou de vez a questão da pobreza e da miséria reinando em nosso país. No todo, de uma modo geral, foi um governo de resultados positivos nesse campo de atividade humana.

E NA CORRUPÇÃO, HEM?

       Como a corrupção se tornou numa regra à exceção em nosso País, no governo do Presidente Lula, não se pode dizer que houve diminuição, muito pelo contrário, pode até ter avançado mais ainda com a explosão de tantos escândalos pipocados em todos os quatro cantos do Brasil. Não houve diferença substancial nas práticas corruptivas dos governos FHC e de Collor de Melo. Acho até mesmo que Fernando Collor deveria ter cumprido o seu mandato, não o fazendo por culpa dele próprio, de sua arrogância e prepotência, que diferentemente de Lula, não procurou transacionar com o Congresso Nacional. Veja o leque da política de todas as cores ao lado de Lula. Até parece que ele está envolto num arco-íris que se expande de onde nasce até onde se esconde, por todas as cores. Ideologia do xiitismo fechado petista, deixou de ser uma regra de linha de conduta, foi colocada na lata de lixo e o PT, salvo algumas exceções das enes tendências que existem na frente petista, pode-se dizer que partidariamente é tão igual quanto aos demais partidos políticos existentes. Não há diferença alguma nas práticas da política na praxe. Enquanto não se tiver partidos fortalecidos e que seus ditames estatutários sejam devidamente cumpridos, essa política corruptiva e destrutiva, nunca vai deixar de existir e não vai ter ficha limpa, ficha suja, que venha a resolver essa questão histórica da vida desde que o mundo é mundo. A questão não é de leis e mais leis para moralizar a política, mas sim, de cultura e de um Judiciário mais presente nos julgamentos das práticas administrativas de corrupção, afinal, é muito comum o engavetamento de processos de políticos corruptos, pelo Judiciário. Só para citar um caso emblemático, quando Maluf doou mais de 20 "fusquinhas" novos aos campeões da Copa do Mundo de 70, sem nenhuma justificativa, essa doação irregular só veio mesmo a ser julgada há pouco tempo, o que demonstra o descaso que o próprio Judiciário tem em punir os corruptos políticos.

SEMANA DO ADVOGADO

           A semana que passou, em face da introdução dos cursos  jurídicos no Brasil, em Olinda, no Mosteiro São Bento e, em São Paulo, no Largo São Francisco, e do dia 11 de agosto ser o marco comemorativo do DIA DO ADVOGADO, foi dedicada à classe advocatícia. A Sub-Seccional de Arcoverde, da qual participo como Secretário-Geral, afora as palestras promovidas durante à semana, culminou com um almoço no Club Campear de Arcoverde, em que contamos com a presença de vários profissionais da área e familiares, inclusive com a presença do Presidente da Sub-Seccional de Garanhuns, Dr. Paulo, que nos deu a honra de sua presença. Pessoa comunicativa e um dos importantes advogados da maravilhosa cidade de Garanunhus, trocamos muitas idéias e terminei por lhe presentear com o meu último livro publicado, "No Amor e Na Política Muita "Safadage Há". Falou-me ele da importância de Garanhuns como pólo de desenvolvimento turístico, econômico e cultural do agreste setentrional de Pernambuco, sobretudo como uma terra saudável, de boa gente e dotada de um clima convidativo semelhante, guardadas às proporções, ao clima europeu. Talvez a partir daí, entre nós que fazemos a OAB de Arcoverde e região, tenha se iniciado o começo de um intercâmbio que possa vir a nos aproximar cada vez mais e que venha a ser duradouro para nós advogados de Arcoverde com os colegas de Garanhuns.

A IGUALITARIEDADE POLÍTICA

         Achei interessante a questão que parte do princípio constitucional da igualdade de direitos e de oportunidade, de que todo mundo, a partir do momento que adquire o direito de votar, ao mesmo tempo venha a adquirir também, o direito de ser votado, independentemente de estar ou não vinculado a algum partido político. Explico-me: em primeiro lugar, se somos igualitariamente iguais, do ponto de vista constitucional, ao votarmos, em contrapartida, podemos ser votados; em segundo lugar, a filiação partidária não veio a fortalecer partido algum, muito pelo contrário, é uma verdadeira mistura de cores, uma bandalheira política e, em terceiro lugar, essa dispersão de partidos só disseminou ainda mais a corrupção do político x eleitor, com as negociatas escancaradas do voto de cada um  em qualquer feira de "mangaios", e consequentemente, a insignificância partidária e, por último, seria uma das formas de tentar se acabar com as práticas corruptivas, aliciativas e cooptativas do voto do eleitor, se todo mundo pudesse ser candidato sem vinculação a partido político  algum, afinal de contas ninguém vota em partido político, mas sim, na pessoa. Não que venha a ser contra a organização partidária, mas a exemplo de outros países, mesmo o não filiado deveria adquirir o direito de ser elegível, em estrita obediiência ao sagrado direito de igualdade preconizado pela Constituição Federal de 1988, embora seja contraditória no texto do seu artigo 14 em confronto com os preceitos textualizados no artigo 5º. Com esses partidos que existem e nada, do ponto de vista de fortalecimento político, é a mesma coisa. Veja os exemplos vergonhosos dos vira-casaquismos sem causa que vem ocorrendo na política presidencial e estadual. É uma tremenda vergonha e mau-caratismo, ou não camaradas?