MOMENTO LITERÁRIO

TRISTEZA II

Qual ingrata e dantesca tristeza

Se abate e me domina na crueza

A mente e a alma da gente

Que impotente, impassível se sente

Diante de uma luta que fere de forma dolente.

Qual tristeza infinda que abate min’alma

Que no interior berra e não cala,

No coração explode em torrentes de dor

Esperando em gritar em momento qualquer

Um estufante grito de explendor!

Qual tristeza impotente me ataca

Me fere e maltrata

E deixa-me na alma

Que clama aos Céus com louvor,

O clamor de um pai

Ao Pai Celestial com fervor

Que me venha a força com amor divino

Para aliviar a imensa e cruenta dor

Que domina o meu ser

O meu ter, minha vida, meu viver.

Quisera tristeza imensa

Acabar com todo sofrimento e dor

E com o poder da sapiência

Com a força de minhas mãos

E o uso da maestria de minha pena

Com um golpe só e certeiro

Dizimar a injustiça que teima

Em minhas entranhas ardentes

Queimar chamas em brasas

O ser que fruto da criação

Sofre a dor dos justos

Das circunstâncias da vida ingrata

De uma sociedade cruel e insana.

Quisera tristeza infinda

Com a dor que dizima meu peito

Na força do bisturi em minhas mãos

Saber o devido uso e usar

Na hora certa libertar

Quem livre sempre teve asas para voar.

FASES DO DIA:

I) - O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.

Friedrich Nietzsche

II) - Perguntaram ao Dalai Lama:

- O que mais te surpreende na Humanidade?

E ele respondeu:

- Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.

E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

Dalai Lama

III) - Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade.

Esopo

IV) - A fortaleza do enfrentamento da dor, está na alma de cada um de nós, basta que sejamos fortes para poder vencermos e passar por cima das pedras que são colocados no meio do nosso caminho. Lutar deve ser sempre uma constante de vida. Desanimar, definhar, não deve fazer parte do nosso vocabulário, pois lá mais na frente, no limiar da caminhada, sempre haverá uma luz forte para iluminar a nossa luta de vida. Pode-se até perder uma batalha em determinado momento, mas sempre haverá de se encontrar forças suficientes, mesmo que na turbulência e na adversidade, para se vencer a guerra.

Manoel Modesto