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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O OLHAR DA TARÂNTULA


ONDE GANHAR PODE NÃO SER POSITIVO
         O político detentor do poder da situação, que faz os seus majoritários para deputado federal e estadual em Buíque, nem sempre tem sido positivo, conforme nos tem demonstrado a experiência. O que deveria ser motivo de fortalecimento do chefe político local para trazer mais obras, mais recursos e benefícios para a população, talvez pelo excesso de confiança, termine por não ligar muito para o povo e pode até vir a correr o risco de se dar mal numa próxima eleição. Claro que isso não é uma regra, mas uma exceção, entretanto, pelo que se pode observar nas eleições de 1996, Blésman Modesto então prefeito do município, fez majoritários os seus  estadual e federal, se não me engano, Zé Aglainson, o pai, e Inocêncio Oliveira, respectivamente e, confiante nesse voto de confiança dado pelo povo através de seus candidatos, terminou por amargar a sua pior derrota política no ano de 2000, quando candidato à reeleição contra Arquimedes Valença, teve que engolir sem cuspir, uma derrota de quase 3,8 mil votos, fato nunca antes visto na história política de Buíque. A lição recebida por Blésman, serviu também para o próprio Arquimedes, que tendo dado a maior votação da história de Buíque aos seus deputados, Marcantônio Dourado e Armando Monteiro, sofreu talvez uma derrota bem pior e vexatória, do que o seu antes desafeto político Blésman Modesto, e perdeu para um jovem em que o chamava de "moleque", pela marca de quase l,8 mil votos, com o que até hoje não se conforma. Por isso mesmo, como a experiência e a história nos tem demonstrado, nem sempre fazer os majoritários da cidade, é o bastante e suficiente para ter a certeza de vitória numa próxima reeleição. Não fazendo os majoritários quem está no pode de mando, quem sabe, faça com que o político desça um pouco mais do pedestal das vaidades, desça do salto alto, fique em sinal de alerta e, na humildade que deve ter, possa estar sempre presente junto ao seu povo e assim, quem sabe, conquistar um novo mandato. Pelo menos é assim que a política de Buíque tem demonstrado como a banda toca.

EXCESSO DE CONFIANÇA PODE SER FATAL
        Nos tem demonstrado também a política, que o excesso de confiança também pode ser fatal. Que o diga Roberto Magalhães quando candidato a senador por Pernambuco, chegando até mesmo ao ponto de ufanar-se pela votação que pensava ser o dono e terminou por ser derrotado pelo rolo compressor de Miguel Arraes quando este procurou vincular os seus candidatos ao Senado da República, à sua própria candidatura e da importância para eleger os dois, que por sinal, não eram lá essas coisas, um era Roberto Freire e, o outro, Antonio Farias, que por ser usineiro, era um dos financiadores da campanha de Arraes, que apesar de socialista sempre se aliava ao capital para financiar as suas campanhas políticas, não querendo com isso em dizer, que tenha deixado de admirar o governador Miguel Arraes pelas suas posições políticas, isto não, pois Arraes para mim, do ponto de vista político, ainda é um referencial. No ano de 2000 em Buíque, Blésman Modesto também estava confiante que venceria, quando amargou a sua pior derrota política, isto talvez por se achar que tenho feito os seus deputados os mais votados, com certeza venceria com facilidade a disputa à reeleição, saindo o tiro pela culatra.

NESSE CASO, NEM SEMPRE PERDER É UMA DERROTA
        Em casos dessa natureza, nem sempre o fato de perder implica necessariamente que o político dominante da situação possa ser considerado um derrotado, mas sim, pode até funcionar como um sinal de alerta para que ele fique esperto e consciente de que o povo existe e tem o poder do voto nas mãos. A questão de manipular o voto, comprar a peso de ouro, impor a obrigação em troca de um favor, de um "empreguinho" qualquer, não obriga o eleitor não senhor, se assim o fosse, Arquimedes teria ganho essa última eleição, entretanto, mesmo detendo todo o poderio, com todo o uso da máquina pública municipal e todas as artimanhas políticas das tão bem sabe manipular, ainda assim, o eleitor lhe deu as costas e elegeu o que para ele era uma insignificância na política local. O excesso de confiança mais uma vez não prevaleceu. Então camaradas, de uma forma ou de outra, quem decide mesmo uma eleição é o povo e digo mais, pensar que o dinheiro, o poder tudo pode, tudo compra, de que é dono do voto do eleitor, de que o povo é escravo e tem por dever e obediência em votar em quem determina e manda, quem assim pensar em política, está arredondamente enganado, ou não camaradas!

É BOM DE VEZ EM QUANDO, POLÍTICO LEVAR UMA LAPADA
       Quando o político se sente lá em cima, nas nuvens, de salto alto, no pedestal das vaidades, é bom de vez em quando ele levar uma boa "lapada" para ficar esperto e se alertar e deixar  de imaginar que o povo só serve como bucha de canhão ou como instrumento de uso para nele obrigatoriamente votar. Tem muito político que quando vence uma eleição passa a andar de salto alto, de nariz arrebitado, pensa que é senhor da razão e por isso mesmo tudo pode. Quanta hipocrisia de quem assim pensa e age. Tem mais, existe político que quando eleito passa a se esquecer o que foi, o que passou e de quem eram os seus amigos e passa a conviver numa outra esfera que ele jamais pensou em conhecer, não sabendo ele, que esse "mundinho" banal, artificial e chinfrim, pode murchar de uma hora para outra, basta que ele entre em desgraça política e volte a viver no seu lugarzinho insignificante do qual nunca deveria ter saído. A vida nos tem dado muitas lições e o tempo será sempre o senhor da razão.
O ISOLAMENTO E O CENTRALISMO DO PODER
       Outro erro crasso do político, é o de pensar que tudo pode sozinho, ou por que se sente dotado de todo o saber e suficiência para tudo fazer e comandar. Político que assim pensa e age, está fadado ao fracasso e tudo que procurar fazer de forma isolada, sem a participação de uma boa equipe, sem a partição de poderes, sem ouvir o clamor e reivindicações populares, tudo, mais tudo mesmo que fizer, não dará certo, à falta de entrosamento entre o que executa e o que se deve executar em sintonia com a equipe e as reivindicações populares, afinal de contas, quem não sabe ele, que não passa mesmo de um mero empregado do povo que lhe confiou o voto, e da melhor forma em favor desse próprio povo deve conduzir as coisas. Centralizar e poder é coisa que nunca deu e jamais dará certo nem aqui em Buíque, nem tampouco em outro lugar qualquer que seja. Em administração pública, camaradas, o poder tem que ser compartilhado para poder dar certo e se tocar o ente administrativo, não com isso querendo se tirar o poder de quem está apontando as linhas mestras a serem seguidas. Isolar-se dentro da redoma do seu próprio poder, é o mesmo que ilhar-se numa ilha e permanecer distante do povo, a quem compete gerir os seus próprios destinos, mesmo através de mandatários do voto popular em quem o povo confiou votar para bem lhe representar, está é a verdade sem retoques.

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