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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

domingo, 1 de agosto de 2010

PAPEANDO DE FRENTE COM A POLÍTICA

POLÍTICA DOS CORONÉIS

EM ITAÍBA
          Lembro bem, apesar de tenra idade, "moleque buchudo e lombriguento", que Itaíba, antigo Pau-Ferro, politicamente era o município, dominado por Gerson Maranhão, cacique político com muita influência na década de 60 para para a de 70. Lá até Promotor de Justiça foi por esse poderio político nomeado, antes da exigência de concurso público. Era realmente um curral eleitoral imposto mesmo pela força das baionetas dos coronéis da política. Na época da ditadura braba de 64, em que Moura Cavalcanti era governador de Pernambuco, ameaça a ARENA de perder o poder local para um padre do MDB, não tiverem dúvida, botaram as artimanhas políticas para funcionar, até defunto votou e o padre terminou por ser derrotado e para não morrer, teve até mesmo que fugir de Itaíba, tamanha a truculência que existia por lá. Hoje acredito, que na terra do jornalista e amigo Enaldo Cândido, não existe mais esse tipo de política por lá, hem Enaldo!

PASSANDO POR TUPANATINGA....
     Tupanatinga, antes Vila Santa Clara, que formava com o território do Município de Buíque, teve a sua emancipação  política em 1964, mas a sua política era praticamente dominada pelo Cel. José Emílio de Melo, que foi vereador e prefeito de Buíque, em face da importância daquele lugarejo. As brigas existentes pelo poder naquela época era mais entre Zé Emílio e Jonas Camêlo, mas que nunca chegaram as vias de fato, se limitando tão-somente às trocas de farpas verbais. Mas sempre foram duros um com o outro. Depois de emancipada, o contexto político da pequena vila era sempre determinado pelo poderio político do município de Buíque e alguns senhores começaram a lutar para emanicipação do povoado antes Santa Clara, e atualmete Tupanatinga. Algumas tentativas foram realizadas para que houvesse a emancipação e o senhor Cícero Major, chegou a ser nomeado prefeito do suposto município que tentavasse criar, contudo, talvez por motivos políticos, a proposta não foi à frente e não foi nesse momento que Tupanatinga passou a cidade. Após Cícero Major, um homem simples, e de um respeito muito grande no povoado e em outros municípios foi nomeado Prefeito e ele foi à Recife junto ao governo do estado, e conseguiu através da Lei estadual de nº 4.959, de 20 de dezembro de 1963, a crição do município de Tupanatinga. A instalação de Tupanatinga como um município independente de Buíque só ocorreu em 16 de março de 1964, e esse homem simples, o Senhor Otacílio de Abreu Cavalcanti, nomeado como Prefeito, conseguiu levar a frente o sonho de emanicipação do povoado à cidade. Após um certo tempo, politicamente o Município esteve sob o domínio da família Galvão, em que Jayme, que teve sua formação no Rio de Janeiro, foi seu prefeito, entretanto, não deu muito impulso ao desenvolvimento do lugar, passando por vários outros gestores que pouco ou nada contribuíram e dos últimos, Tupantinga foi governada por Duca, Mané roque e atualmente é o seu Prefeito, Mané Tomé, filiado ao PT. Resquícios de coronelismo de antigamente, Tupantinga não tem mais, entretanto, ainda existe, como em outros municípios, uma política de um certo domínio de velado encabrestamento da mordaça.

...CHEGANDO EM BUÍQUE

      Buíque, para quem não sabe, foi fundado em 1754, pelo donatário Félix Paes de Azevedo, que certamente vinha de uma prole de estrita ligação com o império português, daí ter ganho de presente esse quinhão de terras que englobava geograficamente toda essa cercania até onde alcançava os limites daquela de Buíque naquela época. Daí Buíque ter como padroeiro São Félix de Cantalice, em homenagem ao seu fundador. Em sendo um dos mais antigos da região, Buíque tem uma rica história a contar, tendo também, da mesma forma que os demais, a sua política dominada pelos coronéis das baionetas, aonde as soluções políticas estavam mais para ser resolvidas na força, na bala, do que propriamente através de meios pacíficos. Esse coronelismo foi dominado por muito tempo pela família França e Galvão, em meados do Século XVIII até um certo tempo, vindo a ser derrubada em parte pelo médido Dr. Zé Cursino, que veio a ser prefeito de Buíque em  1952, derrotando o seu próprio primo, Cel. Félix de França Galvão. A violência naquela época era de grandes proporções e nas disputas políticas, não raro terminavam por existir mortes brutais e intrigas ferrenhas sem o menor sentido, tudo isso pura e simplesmente, pelo domínio político. A credito que a política de Buíque só veio a ser mais pacificada, assim mesmo com muita resistência e dificuldade, com a eleição de Blésman Modesto, em 1962, quando aos 22 anos foi eleito o prefeito mais jovem da história política de Buíque. Mesmo assim as disputas continuaram acirradas. Blésman no primeiro mandato, só concluiu cerca de 02 anos, quando por ambição política foi alçado do poder por Anibal Cursino, se valendo da ditadura militar então em vigor. Afastado do poder em 1964, Blésman continuou fazendo política apesar de cassado e elegendo os seus candidatos, ficando a política sob o domínio dos Cursinos e Camêlos, depois se revezando entre Blésman Modesto, Camêlo, depois apareceu Arquimedes, Dilson Santos, Blésman Modesto de novo, Arquimedes novamente e atualmente, está nas mãos de outro Camêlo, o Jonas Neto. Durante parte desse tempo, a política de Buíque sempre foi recheada de violência e intrigas sem o menor sentido. Houve uma época também, em que a política de Buíque, quem ditava o vencedor, era o Juiz Eleitoral, onde muitos dos candidatos dormia eleito e acordava derrotado. Era a época da contagem dos votos nos famigerados boletins de urnas, aonde misteriosamente os votos de um determinado candidato migravam nas anotações do mapa, de um para outro, como num passe de mágica. Na verdade, quer queira quer não, Blésman Modesto foi um grande pacificador e educador da política buiquense, pois apesar de tudo que na política passou, de todo sorte de ameças das quais foi vítima sem causa, nunca levantou um dedo para ninguém, nem tampouco levou um tapa de quem quer que seja. Também foi o grande mentor e fomentador da educação buiquense. Blésman Modesto pode até está de chuteiras penduradas na política, mas que é um homem que merece respeito em Buíque, disso ninguém pode duvidar. Só mesmo quem não conhece, pelo menos em parte a  história de nossa terra, é que pode falar sem causa, sem ter o devido conhecimento e só sabe mesmo falar pelos cotovelos, mas o lugar de Blésman Modesto com certeza está reservado na História Política de Buíque e isto, camaradas, ninguém pode tirar.

EDUCAÇÃO DE BUÍQUE

         Chamo a atenção aos educadores de Buíque, que os índices do Município em termos de educação, divulgados pelo IDEB, pioraram,  o que é de se colocar em sinal de alerta o setor responsábel pela condução da educação da municipalidade. Buíque  já esteve na lista negra dos lugares de maior índice de analfabetismo de Pernambuco, não é possível que se deixe que o Município venha a retroceder nesse aspecto, o que só vem mesmo a manchar a nossa imagem. Educação deve ser tratada com dedicação e responsabilidade, portanto é necessário que se faça o que for necessário para que os níveis educacionais do município venham de fato a melhorar, pois com isso o nosso povo só tem a ganhar.

AÇÕES NECESSÁRIAS

       Indiscutivelmente, em conversa reservado com o Prefeito Jonas Neto, mostrou-me ele uma série de projetos de salutar importância de incrementação de desenvolvimento e de investimentos para o nosso lugar, como a construção da Academia das Cidades, obra já licitada; a construção de um hospital na Vila Frei Damião, às margens da PE 270, o que é uma necessidade para melhorar a saúde de nossa terra e o nível de atendimento; o asfaltamento do centro da cidade e de algumas artérias de acesso, entre outras obras de importância para alavancar a economia da nossa terra. Aproveitei a oportunidade para lhe alertar sobre a urgente necessidade de se implementar uma inadiável operação tapa-buraco no centro e nas ruas de Buíque, aonde as crateras estão cada vez aumentando com as chuvas constantes e também, o aparecimento do estouro de galerias de esgoto, o que está deveras prejudicando a população, além de cuidar das estradas vicinais da zona rural. Outro ponto que toquei foi a questão do trânsito de Buíque, que é uma desgraça sem fim e que necessita também, que se dê uma urgente solução, pois do jeito que está, não tem quem aguente dirigir em Buíque, porque não se sabe se está dirigindo na Índia, na Inglaterra ou nos Estados Unidos. Sou aliado de Jonas Neto de primeira hora, mas ser aliado não implica necessariamente que não possa mostrar erros e apontar acertos, ok camaradas!


  

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