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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

MUDANDO O TEMPO, VOANDO NAS NUVENS


ENTREVISTA COM O VAMPIRO
       A entrevista de Dilma Roussef, candidata à presidência da república pelo PT, no SBT, teve lá suas pegadinhas nas entrelinhas das perguntas tendenciosas do jornalista Carlos Nascimento, que sucedeu à de Serra, que fora entrevistado do dia anterior. O repórter, como que um vampiro querendo atingir a jugular da candidata, se fixou mais nas questões dos focos de corrupção ocorridas no governo do Presidente Lula sobre o mensalão e se ela, acaso eleita, aproveitaria algum dos envolvidos, tendo respondido a candidata, que não era o momento adequado para se falar em nomeações, mas se acaso eleita, não colocaria em seu governo alguém que respondesse a processo, a não ser em caso de inocentado. Outro insistente questionamento, foi o da quebra de sigilo bancário e fiscal, de forma fraudulenta, que supostamente Serra atribui à linha de frente da campanha de Dilma, em que ela também  rechaçou à altura e se saiu muito bem, ao responder que não tinha interesse nesse tipo de coisa e que gostaria que os fatos fossem devidamente esclarecidos antes mesmos das eleições. As questões econonômicas, foi outro enfoque do questionamento do entrevistador, entretanto, como ela pertence ao ramo, respondeu na ponta da língua, sem titubear. De um modo geral, Dilma se saiu muito bem nas colocações postas em discussão, como os temas de economia, salário mínimo, crescimento econômico, a questão da valoração das pessoas, entre outros assuntos. No geral, toda entrevista desse naipe, o entrevistador se coloca no papel de vampiro visando atingir de cheio a jugular do entrevistado, só que, com a Dilma, o vampiro entrou com sede de sangue e terminou por ficar amarelo-pardo.
 SERRA NA MESMICE
         Parte Serra agora para nova estratégia de propaganda político-eleitoral, para tentar vincular a candidatura de Dilma Rousseff, aos escândalos ocorridos no governo de Lula, a exemplo do mensalão, Zé Dirceu, Fernando Collor, Renan Calheiros, entre outros, além de por último, querer tirar dividendo dessa suposta quebra fiscal  fraudulenta de sua filha, na cidade de Mauá, em São Paulo. Até que se poderia ter alguma lógica, se acaso Dilma estivesse despencando nas pesquisas ou estivesse muito abaixo de Serra, mas numa posição confortável, seria até burrice política de seu “staf do comendo de marketing político”, se partisse para esse tipo de coisa, isso porque nada teria a ganhar. Busca Serra, como cego perdido em tiroteio, querer vincular o caso de sua filha, à de Lula, quando Fernando Collor, para dar um golpe mortal na campanha de Lula e ganhar a eleição, usou de todo tipo de artimanha possível para chegar ao topo do poder, o que de fato veio a acontecer no último debate de televisão em que Lula se perdeu, quando Collor disse não poder sequer condições de comprar um aparelho de som igual ao que Lula possuia e, como titubeou nas respostas, dai então, naquele momento se definiu a eleição em favor de Fernando Collor. Mas no momento, o que teria Dilma a lucrar política e eleitoralmente, nessa altura do campeonato, em buscar envolver gente do PSDB e a filha de Serra, numa suposta caça às bruxas numa quebra de sigilo fiscal, hem? – Quem sabe se isso não partiu de gente da própria cúpula de Serra e do PSDB para tentar se jogar de vítima e criar um fato novo e tentar dessa forma reverter a sua desfavorável situação? – Quem pode duvidar? – Ora são coisas que até mesmo em feudos políticos de porte inexpressivo acontece, onde alguém para se fazer de vítima monta uma farsa, arma uma situação só para se beneficiar politicamente. Se isso acontece em lugares desimportantes, imagine numa campanha do porte da disputa presidencial, o que pode ou não acontecer, já que existem mais suportes e meios sofisticados para se criar situações que não existem e se passar para o povo como se de fato tais situações existiram de verdade.
É A HORA DO VALE-TUDO
         Em política, principalmente quando não há seriedade em sua condução, tudo pode acontecer, pois para muitos o importante mesmo é ganhar, não importando os meios para se chegar lá. Para se ganhar esse jogo, se valem de tudo, principalmente quando a hora teima em seguir contra o tempo. Veja que se criam situações inexistentes, simulam, montam armações previamente criadas, para dar a entender à população e ao eleitor, que candidato tal e qual foi vítima disso ou daquilo, chegando-se mesmo ao ponto de se simular até mesmo atentado contra alguém para dizer que o candidato tal ou qual foi vítima de uma vingança, de uma emboscada, só mesmo para se jogar de vítima e o povo se apiedar do coitadinho e despejar o voto nele, pois até a sua vida tentaram tirar para não lhe deixar chegar ao poder. Na hora agá em política, chega a um momento que vale-tudo, infelizmente é assim que acontece na política praticada pelos picaretas que só sabem fazer política como uma arte da malandragem. Lembro bem na disputa para à governança de Pernambuco, em 1982, quando Marco Maciel se sentiu ameaçado por Marcos Freire, não teve dúvidas, partiu logo para procurar atingir a conduta moral usando a própria esposa do candidato oposicionista pelo MDB, que tinha condições suficiente para desbancar o candidato da ARENA e ganhar as eleições, mas diante do risco não mediu esforços a partiu para o jogo sujo para desmoralizar Marcos Freire. Tem outro caso de um deputado, que por acaso simulou ter se envolvido num tiroreiro de uma gangue de roubo de arte sacra, e sendo ser atingido por um tiro certeiro que quase lhe tirou a vida, se fez de vítima perante à população e terminou por ser o deputado mais votado de Pernambuco.
SENTIMENTO DE CORPO
         No geral, todo órgão classista, só puxa a brasa mais para a sua sardinha. É como se fora um corpo uno e indivisível. Na verdade não deveria ser dessa forma, entretanto, é assim que agem. Se algo sai na imprensa noticiando que uma falta praticada por algum de seus membros, sai de pronto a corporação defendendo o seu integrante, procurando desfazer o feito e querer dar aparência do dito pelo não dito, quanto na realidade os fatos demonstram que a falta aconteceu, que o erro foi cometido, que a população ou um segmento dela, foi deveras prejudicada. No meu entender, uma coisa é ter o sentimento corporativista quando alguma parte do corpo tem razão; outra, quando não tem, não implicando em dizer, que essa ou àquela parte integrante do corpo como um todo, não seja digna de uma defesa, isto não. Uma coisa é procurar se tapar o Sol com uma peneira. Outra, é procurar se justificar diante de um erro colocado em tempo real e a olhos vistos. Tem instituição por aí afora, que é apressada em defender o indefensável, sem antes ir a fundos nas razões do que de fato aconteceu e de pronto, vai à público dizer que as coisas vão muito bem obrigado e que nada ocorreu. Na verdade, isso camaradas, é pura cretinice e defender por defender é um direito da instituição com relação aos seus componentes, agora defender de forma intransigente e mascarar a verdade é uma coisa e defender dentro da razoabilidade e da verdade, é outra bem diferente, afinal de contas, quem pertence a uma instituição de defesa de uma categoria, espera sempre que por esta seja defendido diante de quaisquer que forem as circunstâncias, o que não é errado. O errado é querer defender pura simplesmente por defender só para demonstrar o sentimento de corpo, mesmo que este corpo esteja infectado por uma doença que deve ser estirpada, mesmo que para isso se tenha que cortar a própria carne.
VÔO ALTO, QUEDA MAIOR
         Pena que muita gente ainda não entenda ou finja não entender ou que não aprendeu as primeiras lições de vida, isto porque está ainda aprendendo o primeiro bê-a-bá do seu primeiro vôo. Na vida a gente deve começar por um vôo rasante, baixinho, quase parando, para não se espatifar de vez  e não mais levantar vôo de jeito nenhum. Procurar voar alto demais ou pelo menos imaginar no inconsciente que está voando além do que as nuvens permitem, a queda pode ser bem maior do que se espera. As lições são tamanhas, que existem em todas as partes do mundo e da vida da gente, de cada um, aqui mesmos em nosso mundinho em que vivemos. A própria natureza assim tem ensinado. Quando o “bruguelinho” de passarinho no ninho começa a criar penas e ainda não aprendeu a voar, ele não ousa se aventurar, mas aos poucos, levando uma queda aqui, outra ali, ele vai aprendendo a bater as asas e termina por fim a se tornar um exímio voador e aí sim, está pronto de vez para voar além das nuvens, mas antes disso, camaradas, o pobre do “bruguelinho” sofreu muito, se esforçou muito para alçar vôos altos, mesmo assim ainda pode enfrentar riscos em vôos altos demais, quando pode vir a trombar de frente com outros corpos bem maiores que o seu. Assim como o “bruguelinho”, a gente na vida tem muito que aprender para pensar, fazer e agir. Imaginar que pode permanecer sempre voando alto, quando pode levar uma queda tão grande que, quanto maior for o vôo que esteja pensando em voar, pode dessa queda se espatifar para nunca mais alçar vôo algum na vida ou se levantar. É esta, pois,  a dura realidade sem retoques, que a vida tem demonstrado no curso na história.

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