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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O DIREITO DO LIVRE PENSAR É DIZER O QUE SENTE E PENSA

*Ninguém é obrigado a permanecer calado por um certo tempo, por muito tempo nem o tempo todo. Sempre há de se chegar um momento em que o seu humano, de tão vilipendiado, humilhado, execrado, massacrado, de abrir a boca de vez e dizer em voz bem alta o que sente e o que pensa. Na verdade, como seres humanos, não aparentamos em ser o fraco que por vezes quer se dar a entender. Todo mundo tem o seu momento de coragem. De um ratinho indefeso e inofensivo, pode vir a se tornar um leão.

#Na vida, de um modo geral, nem sempre somos reconhecidos pelo que fazemos, mas pelo que nos fazem de servo, prestativo ou como instrumento qualquer para se atingir algum objetivo. Depois disso, vamos sendo descartados gradativamente até que nos tornamos inservíveis como um lixo qualquer. Na verdade sem retoques, não é bem assim que a banda toca, pois quem precisou ontem ou precisa hoje, com certeza, precisará num amanhã. É assim a vida, só não vê quer está em determinado momento se achando ou se sentindo Deus Todo Poderoso.

*Passei um tempo em minha vida, que até para ler um livro foi necessário o ler às escondidas, isso porque o autor era um subversivo e que estava preso nos porões da ditadura militar. O livro era "Até Quarta Isabela", de Francisco Julião, criador das Ligas Camponeses em Pernambuco, tendo militado muito tempo com Miguel Arraes, esteve muito tempo exilado no México, chegando inclusive a se casar com uma mexicana e com a anistia, de volta ao Brasil, aqui em Pernambuco apoiu José Múcio com o seu Pacto da Galiléia, contra Miguel Arraes e votou em Fernando Collor para presidente da república, deixando para trás, por alguma razão política, o seu passado de lutas, mesmo assim, Francisco Julião, foi um dos pernambucanos que fizeram história. 

#O livro "Até Quarta Isabela", que o li às escondidas, para não ser preso como subversivo também, tamanha a visão distorcida dos ditadores que ainda estavam no poder, narrava a história e a angústia dele, Francisco Julião, que recluso nas masmorras da ditadura militar, não pôde acompanhar e ver o nascimento de sua filha Isabela. Era um livro pouco espesso e que falava desse seu sofrimento e sentimento humano de vida, de não poder estar presente num momento tão importante de sua vida, que foi o nascimento de sua filha Isabela.

*Regime de exceção não é nada bom para quem quer que seja, pois até mesmo o direito de você poder um livro, seja ele qual for, procuram lhe tolher dessa liberdade, como se a leitura fosse uma arma mortal. Na realidade, quem ler, quem procura aprender, na verdade se liberta das amarras dos poderosos, inclusive dos de hoje mesmo, que ainda persistem na existência de uma ditadura disfarçada de democracia, mas que da mesma forma impedem o cidadão de exercer a sua liberdade por completo. Por uma razão ou por outra, muita gente não pode gozar da sua liberdade de dizer ou fazer livremente o que quer e o que pensa. Ainda existe uma ditadura silenciosa que teima em manter muita gente calada, amordaçada, acorrentada, porque ainda tem muita gente que pensa que ainda vivemos num feudo e que o povo não passa mesmo de meros servos ou serviçais.

#Na verdade quem está no poder de mando, acho que tudo pode. Até mesmo todo o povo acha que pode manipular. Pode até ser que domine-o por um certo tempo, por muito tempo, mas não o tempo todo. Sempre é chegado um momento do povo dar o seu grito de liberdade, mesmo que com esse grito venha a ficar alijado a outro detentor do poder, que também com a mesma mentalidade feudal, acha que tudo deve continuar como antes no Quartel de Abrantes, pois é assim que o pau tem sempre que pender para o lombo do mais fraco, oprimido e que depende em muito de uma migalha, de uma esmola de quem está no poder de mando.

*O exercício da política, tem  sido uma verdadeira capitania hereditária, como bem o disse o "neo-eduardista", Pedro Eurido, deputado estadual e candidato à reeleição, Pedro Eurico. Tem ele razão, pois o que se vê na Assembléia Legislativa, com raras exceções, é o pai passar o bastão quando se aposenta, arruma um cargo no Tribunal de Contas de Conselheiro ou quando fica inelegível, o costume sucessório é colocar no seu lugar um filho, uma pessoa de confiança para ser manipulada e por aí se vai. Dessa mesma forma é assim que acontece  nas cidades do interior, onde a política de um modo geral, vem sendo traçada por grupos de famlías que ficam se revezando no poder. Ora uma domina, ora é a vez de outra, a depender da maior ou menor insatisfação do povo do lugar com uma ou com outra facção famíliar que venha em determinado momento a desagradar o eleitorado e o próprio povo. Se isso não é capitania  hereditária, não sei lá o que é, né mesmo camaradas!

#Isto na verdade sem retoques, só reflete mesmo o sistema de capitanias hereditárias em que fomos colonizados e muito dessa mentalidade centralizadora, opressora, dominadora, ainda existe na mentalidade da elite política dominante do poder político de cada localidade. Pior é que sempre querem tratar o povo na base do acorretamento e do chicote, no apetrocho real, mas no mental, no peiquismo, muitos dos pobres coitados se vêem prisioneiros de A, B ou C, nas políticas de determinados lugares. São os currais eleitorais enrustidos que se procura dar uma roupagem de liberdade e de democracia, quando na verdade nada disso existe.

*Essa questão de tráfico de influência na esfera do poder, querem dar a entender que ninguém sabe de nada ou que nada disso na realidade existe ou existiu. Ora minha gente, tudo isso não passa mesmo de puro descaramento de quem quer tapar a luz do sol com uma peneira. Todo mundo sabe que existe tráfico de influência na esfera do poder, tanto a esquerda, quando a direita ou seja lá que coloração se dê à política, todo mundo tem conhecimento da existência desse tipo de falcatrua com o fito de beneficiar quem vive por dentro da promiscuidade do poder e até mesmo quem está ocasionalmente, do outro lado do poder. Só mesmo os idiotas para querer mascarar a verdade e dar uma versão de que: "ah, eu não sabia que isso acontecia, pode abrir o meu sigilo fiscal, bancário, etc e tal. Ora tudo isto, mas tudo mesmo não passa de conversa para boi dormir. Na verdade sem retoques, isso só está sendo discutido mesmo porque na briga do vale-tudo da política, quem está em desvantagem quer a todo custo, denegrir, desacreditar e desqualificar de vez a imagem de quem está em vantagem nas pesquisas. Dizer que Dilma não sabia ou de que esse ou aquele político não tinha conhecimento do que se passava no poder do qual fez parte e de quem de sua confiança está dentro do centro nervoso do poder, é querer fazer o povo de idiota, mesmo assim, esse mal não é só do governo Lula não senhor, mas sim, de todos eles. Satanizar somente o governo Lula porque está em desvantagem, é o mesmo que querer se esconder por trás de um vidro fumê.

#O que o ser humano deve, é deixar de ser hipócrita. Não é porque se vota em A, B ou C, para por isso mesmo, esconder o podre nos bastidores e só mostrar o lado saudável, como tudo fosse um verdadeiro paraíso do Éden. Na verdade todo lado tem o seu podre escondido. Dizer que no governo de Lula não houve isso, não houve aquilo, é querer mascarar a verdade e só procurar se vender ilusões e pregar inverdades. Não que por isso, tudo foi em vão e que nada de positivo aconteceu. Claro que muita coisa positiva veio de bom para a população brasileira, mas nem tudo é um verdadeiro paraíso de bonança, nem tampouco  um inferno astral onde todo mundo deve ser cruelmente assado no fogo em brasa. O governo Lula nem foi o desastre vendido pela grande imprensa preconceituosa nacional, a exemplo da revista Veja, da IstoÉ, da Folha de São Paulo, entre outras, nem tampouco, o paraíso pintado pela revista Carta Capital, ligada ao movimento sindical lulista e pelos áulicos do poder e da pseudo-esquerda. Muita coisa imprópria e inadequada na administração Lula aconteceu, mas o saldo positivo deixado foi bem maior do que o que de negativo ficou, se bem que, como bem ele disse quando assumiu a primeira vez, finalizando o seu discurso, que: "a sua obrigação era não roubar e não deixar roubar". Ele, Lula, pode até não ter roubado, mas como do poder ninguém tem o controle por completo, se acredita que muita gente roubou. É essa a regra da política, quando deveria, por questão de princípio administrativo e constitucional, ser exceção à regra. 

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