QUEM REALMENTE SOU

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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

sábado, 30 de outubro de 2010

A POLÍTICA PONTO A PONTO

1. – Quando falo de minha terra, falo com a propriedade de quem sempre teve orgulho de ser buiquense e de que mesmo tendo de Buíque me afastado por imposição de necessidades, primeiramente, quando tangido pelas circunstâncias das dificuldades da vida, fui com a família, com ainda tenra idade, morar no Estado de São Paulo, onde lá penei feito bode embarcado no árduo trabalho como operário de fábrica e da construção civil. Tendo de lá voltado na década de setenta, retornei direto para Buíque, o meu sempre cordão umbilical, fonte de tudo em minha vida, da minha inspiração e do meu viver. Saí por vezes outras para trabalhar e estudar, tendo morado em Recife, Pesqueira e Arcoverde, mas meu sentido de idéia fixa sempre esteve fincado para minha terra, Buíque. Falar de minha terra para mim, é ter um pouco de conhecimento de sua história e de sua gente, não propriamente em detalhes pontuais, o que seria demasiado impossível, mas tenho mais propriedade do que certos pseudos auto-rotulados de intelectualóides de beira de estrada. Respeito a todos, afinal de contas, venho de baixo, mas nem por isso, em baixo sempre a gente se encontra na vida. Não nas alturas se deve se pensar em que se esteja, mas pensar grande é preciso, não para diminuir nossos similares, mas sim, com respeito, sinceridade naquilo que procuramos na vida fazer, e nos conduzir com seriedade e responsabilidade.

2. – Em Buíque, vivi a época da política de chumbo, da intriga sem razão, da desfeita gratuita e da violência sem a menor justificativa. Não sou um plantador de ilusões, mas busco me focar na realidade objetiva em que se mira, podendo ser ela verdadeira ou simplesmente fruto de uma miragem de ordem mental de um lapso temporal vivido. Na minha humildade de vida, como tão bem aprendi com meus pais, sei quando estou certo, ou quando erros cheguei a cometer. Quanto estou certo, não arredo o pé e pronto, porém quando cometo erros, sou humilde o bastante para reconhecer que errei, pois não sou dono da verdade, nem tampouco ninguém da verdade dono é ou será. A verdade só existe uma e só uma: DEUS!

3. – Não sou analista político, nem tampouco dou palpites em cima de dados científicos, o que é próprio de institutos especializados em pesquisas e olha que nas políticas de Buíque, para quem não lembrar, só para refrescar a memória, na campanha de 1996, um desses institutos dava a vitória ao “jacaré” Arquimedes Valença, com uma margem de 20% de frente contra o candidato Blésman Modesto e, no final, este ganhou a eleição. Refrescando ainda, recentemente, um outro instituto do Paraguai, dava uma margem de 13% em favor da candidata Miriam Briano, o que lhe garantia, se verdadeiros os números, uma frente de cerca de 3,6 mil votos de vantagem e, no final das contas, quem ganhou, foi o jovem Jonas Neto com cerca de quase 2 mil votos de frente. Então como “analista” político que não sou, posso perfeitamente ter o meu sagrado direito de opinar, podendo na base da “chutometria”, acertar ou errar, foi o que houve nessa última eleição.

4. – Tradicionalmente na política buiquense, é praxe nas campanhas políticas de deputados, o prefeito fazer os seus candidatos majoritários, mas isso pode ser um fato perfeitamente truncado por alguma razão, o que de fato aconteceu na última eleição de Buíque, onde o prefeito Jonas Neto, ficou na terceira posição com o seu candidato a deputado estadual. À bem da verdade, camaradas, política não é uma ciência exata e todo mundo sabe de cor e salteado, que dois mais dois é igual a quatro e não a cinco. Só que, das políticas que tenho acompanhado em Buíque, sempre o imprevisível pode acontecer, por alguma razão ou por outra, não significando em dizer que houve perdedores ou ganhadores. Quem deve ganhar em última instância, é o interesse do povo buiquense, e não meramente o pessoal de quem quer que seja, muito menos de bicho “jacaré”, “tatu”, “macaco”, “gata”, “ cavalo”, “vaca” ou seja lá que bicho for. Há de se ressaltar ainda, que nessa roda de bicho, o “camêlo” é o que mais tempo agüenta ficar sem beber água no deserto. Ninguém deve se iludir com política, pois as nuvens continuam sempre mudando de lugar e de forma, ou não camaradas?

5. – Neste espaço que se me permite externar livremente o que penso, fiz colocações não como “cientista” ou “analista” política na acepção da palavra, mas meramente dei palpites dentro de uma visão objetiva dentro de nicho de convivência em que estava inserido em determinado momento e que poderia se confirmar ou não. Não sou dono da verdade, nem tampouco, não me consta que “jacaré” algum emergiu das cinzas para assombrar almas penadas, até porque, existe uma grande pedra no meio do caminho chamada “ficha-suja”, que mesmo equivocadamente, o STF firmou pela validade da lei. Então camaradas, não existe essa de ressurgir das cinzas não senhor, pois o “jacaré” continua na toca da lama. Não adianta querer tapar o Sol com uma peneira. O que pode acontecer é o “velho jacaré” colocar um “jacarezinho novo” para tentar lhe suceder e daí, a caminhada não é muito fácil para o novato aprender o caminho das pedras e a nadar. Como se sabe, em política, tudo é possível, é um campo de caminho de enes imprevisibilidades, ou não?

6. – Tem ainda uma outra pedra colocada no meio do caminho, chamada Mirian Briano, que como se sabe, gata que se preza quer ficar longe de jacaré para não ser por ele engolido e pelo que se sabe, pretende ela fazer o seu próprio caminho, afinal de contas, mesmo através de uma visão míope, poderá com certeza, querer ter o seu próprio espaço político e seguir a sua carreira solo, já que está se achando autosuficiente o bastante com a eleição de Júlio Cavalcanti, para galgar o seu próprio espaço político. Daqui para a frente, muitos desdobramentos ainda advirão com o movimentar instantâneo das nuvens da política de Buíque.

7. – O mais interessante é o fato de que, um jornal recente que anda circulando por aí  em nossa região, colocou em sua  manchete de primeria página, Arcoverde de cabeça para cima e Buíque, pasmem, de cabeça para baixo, como se fôramos uma sub-classe inferiorizada. Na verdade o jornal traduziu o “monturo” que Arcoverde imagina que somos. Certo mesmo seria que Buíque, ao invés de se prestar tão-somente como sorvedouro de votos para candidatos de fora, viesse a ter mais amor próprio e procurar num futuro vindouro, fazer o seu próprio deputado, afinal de contas, com cerca de 36 mil eleitores inscritos, já se tem aí mais de meio caminho andado. Basta união e vontade de eleger um filho da terra. Outros lugares bem menores já tiveram os seus deputados, por que não Buíque, hem?
  
8. – Intencionalmente ou não, a matéria jornalística de primeira página, com a manchete de “ARCOVERDE NA ASSEMBLÉIA”, folheando o jornal nas páginas seguintes, as matérias são vistas nas posições corretas de leitura, já na manchete referente a Buíque, “CONTAGEM REGRESSIVA”, abrindo as paginas subseqüentes, as matérias estão de cabeça para baixo para a leitura, o que se coloca nossa terra em posição de inferioridade e menosprezo. Até à alusão a matéria principal, peca o jornal quando se refere a Arcoverde na Assembléia, quando deveria ser, ‘A REGIÃO NA ASSEMBLÉIA”, denotando-se aí, o preconceito e desconsideração para com os demais municípios circunvizinhos, aonde o candidato Júlio Cavalcanti obteve expressiva votação. Peca ainda o jornal, quando nunca procurou mostrar o estado de penúria em que se encontra a região periférica de Arcoverde, só o fazendo mesmo, quando se trata de demonstrar o cartão postal do lado positivo, da Arcoverde impávida, colossal e sem nenhum problema de ordem social. Essa Arcoverde que o povo não viu, que Zeca esqueceu e não mostrou, foi quem lhe deu fama a ponto de eleger o seu irmão Júlio, deputado estadual. O mundo real sem flores, na verdade, muitos omitiram e nada mostraram.

9. – Para se explicar a votação de Júlio Cavalcanti obtida em Buíque, não precisa ser “cientista” ou “analista político” coisíssima alguma. Basta mesmo ser um bom e consciente observador sem tendenciosidade, para perceber olho no olho, cara à cara sem retoques, que o candidato em referência teve ao seu lado um batalhão de apoio, além de uma infinidade de votos espontâneos em face do prestígio de bom administrador de Zeca Cavalcanti, adquirido em toda a região, além disso, se deve computar os inúmeros eleitores que moram em Arcoverde e que votam em Buíque. Então camaradas, sem “paixonites agudas” ou coisa que o valha, sejamos coerentes, a votação do deputado Júlio em Buíque, não foi objeto de prestígio de quem quer que seja não senhor, mas sim, em parte do voto dado por gravidade, restando dizer, para quem tem olhos e vê um palmo além do nariz, que a campanha do deputado foi bancada a peso de ouro, ou não?

10. – Agora com relação ao candidato “jacaré”, com certeza Arquimdes Valença, merece mérito, não querendo em dizer com isso, que ele esteja em ponto de contagem regressiva, pois não é bem assim que a banda vai tocar na política de Buíque. A suposta vitória de hoje, repito, não sou “cientista ou analista político”, digamos que seja um modesto “pitaqueiro”, não poderá se configurar num sucesso político em 2012. Em nossa terra, o palanque sempre permanece montado, mas muitas águas ainda vão rolar até chegar naquele ano.

11. -  Não estou com isso menosprezando a capacidade de quem quer que seja, muito menos das pessoas em questão, mas a política de hoje pode não ser a mesma logo um pouco mais adiante. O povo pode ser manipulado um certo tempo, mas jamais será ele manipulado o tempo todo, disto sempre tenho cuidado. Quem sempre manipulou o povo de Buíque por longos anos, em 2008 recebeu o troco e hoje, quer posar do contrário para sair bem na foto do momento, quando na de ontem, era useiro e vezeiro dos vícios repugnáveis das práticas políticas condenáveis. É a velha história da criatura querendo se superar de sua própria cria, dizendo fazer justamente o contrário do que sempre fez. Em política, é muito comum jogar o seu lixo embaixo do tapete e só olhar para o lixo do tapete dos outros. Até carro de som saiu nessa campanha política, em que determinado político recomendava alto e em bom tom aos eleitores, para não negociar, não vender o voto, pegar o dinheiro e votar nesse ou naquele candidato, e votar livremente, o que é de se fazer corar de rir, quando tais recomendações partiam justamente de quem mais se utilizou de tais meios de se fazer política em Buíque. Desse jeito, camarada, não dá para só ver o lado que lhe convém!

12. – Não quero com esses comentários desmerecer quem quer que seja, mas sim, parabenizar os eleitos e esperar que todos que obtiveram votos em Buíque, que procurem fazer jus aos votos recebidos. Não adianta ter sido votado em nossa terra e depois, como os tantos cururus-de-trovoadas, só aparecer novamente daqui a quatro anos. Assim, camaradas, não dá para ser feliz, nem tampouco acreditar nesse tipo de político. Por isso mesmo é que insisto para que um dia possamos nos unir em torno de uma candidatura do nosso próprio lugar. Até mesmo Alagoinha já teve dois deputados estaduais, por qual razão Buíque não pode ter o seu, hem?


13. - Confesso com todo a sinceridade do mundo, que amo minha terra, pois foi aqui o meu início, meu meio e, com certeza, será o meu fim. Não que não tenha sofrido com as intempéries da vida em Buíque ou nos lugares por onde vivi. Afinal de contas, o que significa a vida da gente se as coisas fluem em nossas mãos com facilidades e sem o saber de muita luta e de conquista, hem? - . É como diz o ditado: a gente nasce na cidadezinha chinfrim, sem valor, corre mundo afora e termina por voltar a dormitar o sono eterno na mesma cidadezinha de onde surgiu para o mundo. É a característica do sentimento maior da ligação do cordão umbilical da terra-mãe. Não quero com isso dizer que não goste de Arcoverde ou de Pesqueira. Foi em Arcoverde que concluí o curso científico (hoje ensino médio), na Escola Carlos Rios, fato que muito me orgulha. Morei em Arcoverde e gosto dessa cidade como se também fosse uma extensão de minha vida, pois nela tive dois dos meus cinco filhos. Pesqueira também, onde morei por cerca de dez anos, a exemplo de Arcoverde, tenho mantenho ligações de ordem sentimentais, pois foi lá onde da mesma forma, nasceram mais dois dos meus filhos e onde conheci e ainda tenho a grata satisfação de conhecer muita gente boa e amiga. Recife, em menor grau, digo não é lá muito a minha praia, mais lá também, nasceu o meu primogênito. Amo meu torrão, mas nem por isso, deixo de gostar dos lugares por onde passei e onde fiz fortes ligações de de amizades, de sangue e de sentimentos humanos.

13. – Mais uma vez um debate entre os candidatos presidenciáveis, desta vez, na poderosa Rede Globo de Televisão. A inovação ficou por contra dos entrevistadores, que ficaram por conta de um grupo de supostos eleitores indecisos, escolhidos pela própria emissora, mediado pelo repórter global William Bonner. De resto, nenhuma novidade no meu entender, que viesse a chamar a atenção a ponto de a essa altura do campeonato se mudar o rumo de quem já está decidido a vota em Serra ou na candidata Dilma Roussef. O tira-teima mesmo vai ser no próximo domingo, na urna e, se os prognósticos se confirmarem, teremos a primeira mulher presidenta do Brasil.

15. – Cria de Lula ou não, o importante é o Brasil embarcar de vez no porto mais seguro que tem o nome de Dilma, quanto ao resto, é se colocar em dúvida o futuro do nosso povo brasileiro entre dois modelos distintos de se governar. O de Serra, prima mais pela liberalismo econômico do mundo europeu que perdurou em fins do Século XVIII e durante o Século XIX no mundo europeu e que se disseminou mundo afora. O outro modelo, o de Dilma, prima mais pela valoração do ser humano, do social, no emprego da economia e da riqueza a serviços do fortalecimento humano e em benefícios dos mais desassistidos da sorte. É essa a diferença que se deve ter na hora de cada cidadão brasileiro votar. Não pode mais existir meio termo. Errar nesse momento pode ser fatal para o futuro do Brasil e de seu povo.

16. – Se Serra ganhar, credo em cruz, todos o institutos de pesquisas devem inevitavelmente sair do ramos e não fazer mais pesquisa de coisa alguma, pois não vão mais se prestarem para nada. Agora se acertarem, seria interessante pedirem uma indenização por perdas e danos morais e materiais, ao comando do alto tucanato que desdenhour das pesquisas de opinião e até taxou um desses institutos de “sem-vergonha”. Bem vamos ver se os institutos tem mesmo razão ou não. Domingo vem aí, certo camaradas!

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