RÍDICULO
Nada mais ridículo do que essa professão de fé dos candidatos presidenciáveis, feitas por Serra e Dilma. Ora, nenhum, nem outro nunca foram fervorosos devotos de credo religiosos algum, pelo que se sabe. Essa de se dizer devoto dessa ou aquela religião ou credo religioso é coisa para engabelar gente besta. Em Estado laico como o brasileiro, essa de o candidato ter que dizer, jurar de joelhos ou de pés juntos, que é católico, protestante, ou seja lá o que venha a professar a sua fé, não dá para engolir. O pior é que a grande imprensa tira proveito disso e até comentaristas dão as suas tiradas para jogar para a platéia desvairada. Coisa desse tipo, não dá para aguentar. O que importa em política, não é o candidato ser católico, protestante ou seja lá que religiosidade professe, o que importa mesmo é que seja honesto e tenha as devidas condições de conduzir este País e buscar soluções, conjugadas com a sociedade para resolver os prementes e inadiáveis problemas pelos quais se enfrenta no momento.
ORIGEM DOS CANDIDATOS
Dizem os candidatos em suas biografias, que vêm de uma raiz ideológica política de esquerda e que até tiveram que se exilarem fora do País, na época da Revolução de 1º de Abril de 1964. Ora, se eles vêm dessa matiz ideológica, e se dizem perseguidos dessa época negra vivida pelo País na década de 60, primeiro, o ideário da levante de esquerda contra a "revolução", era de inspiração cubana e soviética e nas idéias de Lênin e Karl Marx, que dizia que a realigião era o ópio do povo, ou seja, era a anestesia para amenizar as mazelas e sofrimentos vividas pelas classes sociais massificadas e desassistidas. Se assim o eram ideologicamente, não há o que falar em religiosidade nem de um, nem tampouco do outro, que na realidade, seguindo os preceitos revolucionários do Comandante Fidel Castro, de Lênin e Marx, seriam por origem de matiz ideológica, ateus. Se travestirem hoje, de religiosidade ao extremo, a ponto de participarem de procissões, de cultos evangélicos, só para dizer que tem uma profissão de fé, é pura cretinice e jogar para o eleitor incauto.
IDADE MÉDIA
Fatos dessa natureza, só eram vistos mesmo na época da Idade Média, em que o monarca para assumir o trono tinha que receber a bênção papal ou de outro culto religioso qualquer que professasse. O beneplácito, era da Igreja Católica Apostólica Romana, que implantou até mesmo a Santa Inquisição para perseguir e condenar os "desviados" do credo religioso e, com a diáspora, surgiu o movimento protestante comandado pelo padre alemão, Martinho Lutero, que protestou contra os ditames do catolicismo e a partir daí surgiu o protestantismo, que caminhou para o atual movimento dos evangélicos. Não se pode querer, numa campanha presidencial, reviver fatos que só se encaixavam mesmo na Idade Média, assim mesmo, de forma esdrúxula e incompreensível. O povo deveria estar mais preocupado em programas propositivos de governo para solucionar os nossos problemas que nos afligem, e menos com o sexo dos anjos.
OUTRA IDIOTICE
A questão do aborto, não é meramente um problema de ordem de ser ou não contra a vida. Em muitos casos, esse é um problema de educação, de saúde pública e da melhor forma de usar o corpo, quem dele é o seu dono. Claro que a vida é importante. Nascer é um ato de heroismo, mas quando a vida em gestação coloca em risco a saúde e a vida da gestante, claro que alguma medida de ordem médico-sanitária deve ser tomada. Pior ainda, é ter uma gravidez indesejada, fruto de um odiento e indesejável estupro. E aí, o que a religião pode fazer em questões dessa natureza? - Melhor seria deixa de hipocrisia e se encarar a coisa de frente, como uma questão de saúde pública, de mais um problema de ordem social. Se existe uma complexidade com o tema, então este não é o momento oportuno para ser ele discutido pelos cotovelos e somente visando o voto de A, B, C, D e da população mais desavisada que acham que certo e determinado candidato está realmente sendo sincero no que diz. Jogar para a mídia é uma coisa. No mundo real, no enfrentamento dos fatos cara à cara, a coisa é bem diferente.
DESCARAMENTO DE REPÓRTER
Existe certo tipo de repórter ou jornalista, que deveria ser proibido de exercer a profissão, pela indiscrição deslavada e das perguntas indiscretas, deseducadas, debochadas e extemporâneas que procuram fazer em determinadas ocasiões, só para atender os senhores dos quais são serviçais. A candidata Dilma, foi surpreendida com uma pergunta indiscreta de um repórter imbecil de araque, no Piauí, sobre a sua sexualidade, se seria ou não "homossexual". Existe questionamento mais imbecil do que desse tipo? - Claro que se deve respeitar a liberdade de expressão, mas questionamento deturpativo da moral das pessoas, nem mesmo a quem tem todo o direito de opção, deve ser feito, afinal de contas, está se tratando de uma campanha política e não de uma passeata homoafetiva, ou não, repórter de araque ou pau mandado de algum político sem-vergonha de plantão que não obteve sucesso na última eleição? - Será que esse pau mandado foi obra infernal de Zé Serra, hem? - Sim, porque nesse segundo turno é um vale-tudo dos diabos, do salve-se quem puder, porque muitas coisas sérias estão sendo esquecidas. O pior é que a platéia gosta desse tipo de jornalismo debochado, mentiroso e degenerativo. Melhor seria que o povo procurasse usar com mais inteligência a massa encefálica.
MARINA, MORENA
Como na música de Dorival Caimmy, gravada em 1947, a música, samba-canção, é um primor de letra do grande poeta baiano, em que na sua primeira estrofe diz assim: Marina morena marina/Você se pintou/Marina você faça tudo, mas faça um favor/Não pinte esse rosto que eu gosto, que eu gosto e que é só seu/Marina você já é bonita com o que deus lhe deu. Então, Marina, continue firme com esse mesmo rosto que você pintou com a cor que é sua, não mude para a cor que jamais se imaginou. Você que tem idéias próprias, que é dona de seu nariz, não deve nessa campanha torcê-lo, só porque em algum momento teve uma desilusão ou entrou em rota de colisão com alguém, mas é sempre bom rever o seu rosto de sempre e não mudá-lo de uma hora para outra, mas sim, mantendo esse mesmo rosto que Deus lhe deu, pois só assim você será sempre a verdadeira Marina com o rosto que é seu.
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