O OLHAR DA TARÂNTULA

Este meu olhar pode estar onde jamais você possa imaginar que ele esteja.

1. - Bem minha, após minha última conversa, como não fui ao Rio do Janeiro, achei por bem em aceitar o convite de Barack Obana e ir para Iraque e finalmente, estou de volta ao batente, sempre de olho atento para ver o que está acontecendo aqui na Planície. De que viver no Iraque está bem melhor do que viver no Rio, disto ninguém pode duvidar. Os americanos deixaram um pouco mais de bombardear pobres e indefesos civis, mas os movimento "terroristas" ao atiamericanismo continua de vento à todo vapor. Na verdade parece que a maior parte do  mundo não gosta mesmo do imperialismo americano, mesmo sendo governado no momento por um afrodescendente.

2. - Antes mesmo de ser convidada para ir ao Iraque, me chamaram para ir à Brasília, mas a novidade que encontrei, foi uma série de recursos obtidos pelo Prefeito Jonas Neto a título de emendas ao orçamento, para investimento ao vários setores vitais de interesse do povo buiquense, o que já se pode dizer um grande feito. Outra surpresa também, é que teve gente que posou para tirar retrato com todo político que encontrava pelos corredores por onde passavam. Só faltou mesmo o deputado federal eleito com a maior votação do Brasil, Tiririca ou Everaldo, mas no geral, a viagem foi um sucesso.

3. - Dona Tarântula vem observando, isso já de um certo tempo para cá, que as festas de final de ano em Buíque, perderam o seu ânimo de antes, pelo menos até a década de oitenta para a de noventa. De lá para cá, acabaram com a grande festa de final de ano que aqui acontecia, bem como o nosso tradicional carnaval de rua. A festa de final de ano era chamada de "Festa do Comércio", que apesar do nome, em nada colaborava, como nunca colaborou o nosso comércio local, a não ser para auferir lucros. Existem coisas que bem se poderia tentar levantar, senão como antes, pelo menos com alguma aparência e isto poderia ser iniciativa do próprio comércio local, que tem crescido de forma surpreendente. Então, indaga Dona Tarântula, por qual razão o comércio não promove as festas tadicionais de final de ano em Buíque, como antes, hem? - Não querem gastar, é isso? - Acredita Dona Tarântula, que se o comércio quisesse bem que poderia levantar essa bandeira e até mesmo com parcerias dos poderes públicos, por qual razão não investem numa festa dessa natureza para vir o retorno em lucros, hem minha gente? - Cadê a visão que alguns dizem ter, hem?

4. - Outra mais, o carnaval de rua, aquele que tinha as tradicionais troças, se acabou por completo, o que de certa forma, desagradou dona Tarântula, que admirava aquele tipo de festa sadia, das brincadeiras de rua, a noite no Clube Municipal e a valoração das nossas tradiciões da cultura popular. Esse carnaval eletrizado com música baiana, não dá, minha gente. Só se vê mesmo um amontoada de "abestados" pulando feito doido, enchedo o talo de cana, tomando bando de bica, aqui, acolá uma briga localizada, coisa que não se via nos sadios carnavais de antes em Buíque. Alerta Dona Tarântula, que seria um bom momento em se pensar em fazer um carnaval mais voltado para preservar as nossas tradições culturais, o que não viria a encarecer os cofres públicos e resgataria as nossas tradições das brincadeiras de ruas, dos papangus, das troças carnavalescas e assim se brincar de verdade. Nesse formato eletrizado com música baiana, Dona Tarântula não acha a menor graça. Por que não fazer um carnaval diversificado, com a tal da música eletrizada e de outro lado, com o resgate das tradicionais de antes, hem?

5. - Como Dona Tarântula sempre está atenta a tudo que acontece à sua volta, alerta também, que está mais do que na hora que se arregaçar às mangas, esquecer as festas um pouco, e partir para o trabalho sério que se precisa ser feito no município, além do que já foi realizado até agora na nova gestão. É hora de procurar se mudar parte do perfil de nossa terra e não deixar morrer valores cultuais esquecidos por outros que por aqui passaram e afundaram Buíque no esquecimento, isto porque, não tinham o menor compromisso com a nossa terra, mas quanto ao camarada Jonas Neto, por ser filho nato de Buíque, nascido na Maternidade Alcides Cursino, tem por dever e obrigação olhar com bons olhos para a sua terra, o que vem fazendo e procurando dar o melhor de si para isso. Segundo falou para Dona Tarântula, 2011 vai ser o ano da revolução administrativa de Buíque, pois apesar de já ter feito uma série de obras e comprado uma frota nova de veículos em substituição à sucata de antes, pretende ainda fazer muito mais. Vai depender, claro, de que os recursos prometidos venham realmente para a nossa terra. É isso que Dona Tarântula, na sua eterna impaciência de ver Buíque melhorar, espera do jovem prefeito Jonas Neto.

6. - Dona Tarântula, apesar de bicho peçonhento, não busca fazer o mal a ninguém, mas está atenta a tudo que ocorre em torno de si. Pode ser que em determinadas circunstâncias, se veja na obrigação de vez por outra, destilar o seu veneno em alguém, então minha gente, é bom que as coisas procurem andar certinho, porque ela só quer o melhor para Buíque e região. Outra mais, que os deputados eleitos com os votos de Buíque, independentemente de sigla partidária ou seja lá de que lado for, procurem ajudar naquilo que Buíque mais precisa para o seu desenvolvimento. Ela espera que o povo de Buíque não tenha mais uma vez errado, e votado somente por votar nesse monte de cururus-de-trovoadas. Melhor seria, como sempre tem ela pensado, em se buscar lançar no futuro, um candidato próprio de Buíque, afinal de contas, temos, se unidos, mais da metade dos votos para eleger um deputado filho de Buíque. O restante poderia vir de municípios vizinhos e de outros do nosso Estado. Acho que já passou da hora, pela história que Buíque tem, de se ter um deputado filho da terra, que não seja "gogo", certo, minha gente! - Até sexta, para destilar um pouco mais do meu veneno, ok!