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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A POLÍTICA COSTURADA PONTO A PONTO

1. - Assisti uma entrevista do deputado federal mais votado do Brasil, Tiririca, ou melhor, Everaldo, tendo demonstrado não ser diferente de nenhum outro brasileiro nem ninguém. É uma pessoa equilibrada e claro, vai ter que aprender muito sobre o exercício do mandato eletivo para o qual foi eleito com o voto popular, mas no geral, disse que era filho de uma rumbeira de circo, de quem muito tinha orgulho e de que o pai, que não conhecia, só veio a conhecer mesmo muitos anos depois. Nascido no picadeiro de um simples circo de interior, evidentemente, não poderia ter tido uma educação das melhores, igualmente a todos os brasileiros que vem lá de baixo, mas fazendo gracejos, começou a aparecer junto ao público, e mais ainda, quando daquela sua música Clementina, que fez sucesso no Brasil inteiro. Se disse uma pessoa alfabetizada, embora não fosse letrada como poucos o são, mas que estava preparado para ser o deputado Everaldo e não o palhaço Tiririca. Sabiamente, o Juiz de sua causa, sentenciou a seu favor, o que de certa forma, deve ter deixado aquele Promotor Eleitoral que vivia a lhe perseguir e que só queria mesmo aparacer na mídia, insatisfeito. Na verdade, o que percebi na eleição de Tiririca, primeiramente, foi o preconceito de muita gente do Sudeste e Sul do País, contra os nordestinos, segundo, ser uma pessoa humilde,  um homem do povo, que arrebatou mais de 1,3 milhões de votos, e em terceiro lugar, o fator de uma pessoa de origem circense não poder ser deputado, quando na verdade, o que mais temos no Congresso Nacional é um "pagode" de vivaldinos querendo fazer o povo brasileiro de palhaços. Ainda bem que a razão prevaleceu no caso de Tiririca e com certeza poderá até surpreender como deputado federal, isso o exercício da nova função eletiva é que vai realmente confirmar ou não. O Presidente Lula, até agora, foi o maior exemplo para o Brasil.

2. - Como está sendo formado o Governo Dilma Rousseff, pode estar aparentado de início, um pouco da cara de Lula, mas na verdade, quando ela assumir de verdade o seu papel, vai imprimir a sua própria faceta. Isto é próprio de cada governo buscar deixar a sua própria marca, deixando aos poucos, os passos do seu antecessor, mesmo tendo sido dele uma cria. Disto temos muitos exemplos aqui mesmo na região. Claro que a tendência de Dilma, certamente, não é se voltar contra o seu mentor e criador, mas a depender da lógica da praxe política, isto é uma possibilidade que não pode ser desprezada. O tempo, evidentemente, é quem vai dizer se isso vai ou não acontecer.

3. - Para decepção de William Pôrto, grande escriba desta região, arcoverdense adotado por Pesqueira, mas que mora no Recife na atualidade e com casa de veraneio em Gravatá, a Prefeita Cleide Oliveira, em processo eleitoral de cassação de seu mandado, embora tenha perdido na Justiça Eleitoral pesqueirense, no Tribunal Regional Eleitoral - TRE, do Recife, o seu caso teve uma reviravolta e ela ganhou a parada. Acredito que o camarada William, combativo ferrenho pela cassação da prefeita Cleide, deve estar usando com muita frequência a sua "bombinha" contra a asma que lhe atormenta por toda vida, por ter se decepcionado com a decisão judicial em segunda instância. É camarada William, a Justiça ora cassa uns, ora não cassa outros. Na verdade, é assim que a banda da política toca, ou não?

4. - Tem prefeito eleito mesmo aqui na região, que foi pego com milhões de dinheiro distribuindo ao povo para a com pra de voto, em dia da eleição, e nada sofreu, nenhum processo, nenhuma representação e está aí todo feliz da vida concluindo os seus mandatos sem ser incomodado pela Justiça. Pode até ser que venha coisa pesada por aí, mas não por compra de voto, mas sim, por mau uso de dinheiro público, o que é outra história e termina também da mesma forma por não dar em nada, se bem que, já se tem algumas condenações por aí afora neste Brasil, pesadíssimas contra uso indevido, desvio de recursos e roubo do dinheiro público, que pegaram penas pesadíssimas, sinal de que, de alguma forma, aqui, ali ou acolá, de vez em quando, se tem alguma surpresa para espantar os que são acostumadas demais a irem com muita sede no pote do dinheiro público.

5. - Quem tem vocação para bem cuidar do povo, não pode de logo querer esbanjar demais com o que não lhe pertence ao assumir um mandato eletivo, ou melhor, não pode fazer mau uso em hipótese alguma daquilo que não é seu, mas sim, cuidar com zelo, dedicação e responsabilidade para que as melhorias, os investimentos nos setores que mais necessitam, venham de fato a se torna uma realidade. O poder público não pode ser usado como meio de apropriação indébita do que não lhe pertence. Enquanto no poder, o gestor público é um mero empregado do povo e para tanto, deve prestar contas de tudo que faz ou deixa de fazer, afinal de contas, se está lidando com o bem público. É assim que funciona o sistema republicano adotado pelo regime político brasileiro.

6. - Na maioria dos casos, o que vemos nos municípios, é o inchaço irresponsável da máquina pública, a ponto de comprometer as finanças dos municípios, de sequer se ter verbas para se investir em setores vitais e essenciais como saúde, educação e nas melhorias sociais das quais o povo tanto precisa. Apesar de toda costuração legal com um leque enorme de leis, mesmo assim, se dá um jeito para se driblar à legalidade que se impõe, e se transforma a máquina administrativa num monstro paquidérmico que chega ao pondo de se tornar ingovernável. Tem município por aí, onde existem funcionários que ninguém sabe onde estão ou onde trabalham, mas que a folha robustecida nos dias de pagamento é feita todos os meses. O difícil é o controle administrativo de pessoal efetivado no setor público, mas tem que se encontrar uma fórmula para se otimizar a máquina administrativa, se azeitar devidamente para colocá-la em pleno funcionamento e a serviço do povo e que se traga melhorias das quais tanto se precisa. É nisso que o gestor público inteligente e criativo tem que se fixar. Outra, existem muitos colaboradores, que ao invés de ajudarem, atrapalham mais do ajudam e é aí que se deve ter firmeza para se encaixar as peças certas nos lugares certos, porque se as peças não estão devidamente encaixadas, consequentemente, a máquina jamais vai funcionar como se deve. Administração pública, camaradas, é coisa séria. Não se pode brinca com a coisa do povo, esta é a verdade. Outra mais, centralização do poder, na administração pública moderna, se já não funcionava, agora é que não funciona mesmo. Toda administração deve ser descentralizada para poder funcionar e é aí que entra o encaixe de cada peça em seu devido lugar, mas funcionando em harmonia com o elo delimitador das linhas mestras a serem seguidas pela administração pública que se quer implementar.

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