(para meditação sobre a vida)
Na roleta da vida, nem sempre as coisas acontecem como deveriam. Quando somos jovens, temos uma aparência e uma disposição que nos fazem distantes daquilo que fomos e do que somos no momento de vida em que vivemos. É a vida como ela é.
É com imensa tristeza, que no passar da vida, no seu decurso, vamos nos deparando com situações, que vão nos levando a nos sentirmos cada vez mais para baixo, num funil que parece que vai se afunilando, se apertando cada vez mais e em que a nossa linha de vida vai diminuído a cada dia que passa. É como se chegássemos a galgar um degrau mais alto e de lá bem de cima, vamos galgando inversamente cada degrau de forma contrária.
Mas é assim mesmo que a vida é. O importante seria mesmo, que sequer déssemos loas para ela; que pudéssemos fazer de conta que ela vai passando sem que a gente perceba, mas isso jamais poderá sair do mundo dos sonhos, para a realidade palpável da qual sentimos e vivemos. Que bom seria se tudo na vida parasse e nada mais andasse para a frente, mas sim, que se pudesse até retroceder no tempo, para, reanalisando o que se fez ou deixou de fazer, viéssemos a consertar muita besteira que fizemos e realizarmos muitas coisas que deixamos de fazer, mas infelizmente, não é assim que o mundo gira, quando vamos nos curvando à fatores circunstâncias por imposição do tempo.
Se nascemos, a tendência inarredável, sem dúvida alguma, é crescermos, amadurecermos na vida como pessoas, pelo menos em tese, cada vez melhores, mas não é bem assim que as coisas, de um modo geral, acontecem, pois tem gente que muda para pior. Na verdade, a cada dia que passa, nós que passamos por essa odisséia de vida, a cada momento na vida da gente, devendo nos adaptar à situações às mais variadas possíveis, de conformidade com o que a vida vem a nos oferecer. Podemos até exigir alguma coisa no decurso da vida, mas de uma coisa que não podemos nos quedar, é o fato de que não nos livraremos de que um dia vamos parar de vez e fechar os olhos para dormitar o sono eterno de onde jamais retornaremos.
Isso são as incongruências das intempéries do tempo, que o império do tempo obrigatoriamente nos impõe mudar de hábitos para cada passo que damos nos degraus da vida que sempre vamos alcançando, isto quando não conseguirmos sequer todos os degraus percorrer, impedidos que fomos por alguma razão natural, que por algum motivo, alguma explicação se pode até encontrar, se pode até aceitar pela habitualidade da vida, e esta razão maior que nos fazem mover moinhos e parar assim de repente, inexplicavelmente podemos chamar de DEUS. Portanto, seria bom que todo mundo aprendesse a viver cada degrau de sua vida como se fosse o último que conseguiu galgar; nunca se achar que tem um salto maior para alcançar degrau mais alto do que outro, porque na verdade, quer se queira quer não, todo mundo tem que adquirir no decurso da vida de cada um, a mudança que a forma física vai impondo, as transformações da aparência que a ninguém é dado o direito de impedir, são os degraus do tempo que impõe a cada um, a seu tempo, o modo, o hábito de viver que a cada momento todo mundo deve por imposição do tempo, se adaptar, pois das modificações naturais do tempo, ninguém pode se esconder ou delas fugir. É assim que a roleta da vida roda, sempre rolando de degrau em degrau, chegando até no ápice, para cada um ir descendo até chegar no seu último degrau de vida que conseguiu percorrer.
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