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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DO MUNDO, O ÚLTIMO POETA


Quisera meu Deus sonhar
Ao mundo todo cantar
Dançar à luz do luar
Nas suaves brisas do meu pomar
Se é que ainda existem brisas no ar.

Como mais pomar nem brisas não há
Por destruição dos vales, das aves, do ar
A natureza que dantes vicejante
Arqueja por ar puro e arbustos verdejantes
E não há mais luz, nem brisa, nem ar, nem pureza das manhãs
A se esperar.

O amanhã é de rumo incerto
O mundo todo vira deserto
O que é puro e belo está encoberto
Não mais existem flores vicejantes
A perfumarem os campos abertos.

Desprezível, pobre mundo abandonado
Da ganância, das guerras, da violência e pelos maus dominado
Não sobra sequer o sentimento do amor
Para nos ranços de tantos a dor
Se escrever o sentimento do aroma da flor.

Por isso mesmo que ainda tenho essa verve
Para do mundo florido de lírios nos campos
Olhar e sentir o encanto
Para do último poeta a viver
E poder dedilhar com a pena de sentimento
Escrever pelo menos o tormento
E pedir por um último momento.

E assim viver e dizer, poderei
Que deste mundo pelo menos serei
O poeta que sempre sonhei
E com o sentimento escrever belos poemas
Feitos com lágrimas, sentimento e sangue
E o este mais puro sentimento de dor e de amor
Que do último poeta deste mundo, 
Dizer que vivi, senti e intensamente sonhei...

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