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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

NO MUNDO, NEM TUDO PODE SER UMA FESTA


            Não podemos encarar o mundo como uma eterna arena em festa, nem tampouco, visualizá-lo como se fora um prolongamento infernal enquanto detentores de nossas vidas. Aliás, sequer temos a certeza de que somos os próprios donos de nossas vidas, pois o que com a vida de cada um acontece, nem sempre é um dom exclusivo que vem de nossos domínio e vontade próprios. A vida da gente está intimamente ligada a um emaranhado de fenômenos de ordem natural, mas que muitos dos fatos do que acontece à nossa volta, depende muito de nós, naquilo que temos o real controle, senão, nada se pode mudar. Somos o produto de uma síntese pouco explicável que vem de uma gênese que umbilicalmente pouco se sabe da nossa origem, por isso mesmo, resolvemos adotar e nomear Deus, o Ser Supremo, como o nosso Maior Mentor e Criador não só de nossas vidas, mas de tudo que está à nossa volta, fora do nosso alcance e longe de até onde podem alcançar os nossos olhos. É tudo um imenso mistério em que estamos imersos por questões circunstâncias do tempo, do Criador, que convencionamos chamar de Deus.
            Pode-se acreditar com certeza, que nem sempre somos o que queremos de fato ser, mas de que, em muitos casos, somos levados por fatores circunstâncias e momentâneos a sermos o que não estava em nossos planos, em nos tornarmos ou transformarmos. Não somos bons ou maus por que queremos, mas sim, em muitos casos, somos levados por forças externas, que tocam internamente no nosso eu ontológico e seguimos certo e determinado caminho, se bem que, em muitos casos, temos opção de escolha e optamos, nem sempre, pela melhor, quando teríamos outra vertente de seguir o melhor caminho de nossas vidas.
            Por isso mesmo, é que não podemos fazer do mundo, uma eterna festa, quando vemos, nos deparamos no dia a dia, com as maldades, as crueldades, de seres lutando insandecidamente contra seus próprios semelhantes, fazendo com que venham a jorrar rios de sangue, valas cheias de corpos inertes e tanta gente faminta, num mundo extremamente rico, passando fome e vivendo na mais extrema e vergonhosa miséria. Não dá para pensar num mundo de tantas festas, quando nos deparamos com tantas maldades, tantas ruindades e crueldades várias cometidas contra nossos semelhantes. Não se pode encarar um mundo desse jeito e permanecer calado, fechar os olhos e colocar as mãos nos ouvidos para nada ouvir. A vida da gente não é bem assim. Não que não devemos usufruir das coisas boas da vida, afinal de contas, o lapso temporal de vida terrena é tão efêmero, que não era para vivermos nos digladiando uns com os outros, uns matando, ceifando a vida de inocentes de forma insana e cruel. Não dá para se viver num mundo de tanta maldade, de tanta crueldade, sem gritar bem alto que se é contra todo tipo de violência, de maldade, de ruindade e de tudo que não presta que o próprio ser humano faz contra o seu próprio irmão.
            Sei que o meu tempo de festa, de gostar de festas, de farras sem limites, já não pode fazer parte do meu eu, por isso mesmo, é que fico meio apreensivo com cada festa que se aproxima, principalmente, quando se trata de carnaval, que é uma festa, que se já não tinha limites noutros idos, hoje então, é que realmente não há limites mesmo para ninguém que cai na farra e só para quando se esbalda à vontade pra valer, ou se no meio do caminho tem algum descompasso de ordem física, afinal de contas, a máquina humana, apesar de ser a criação mais perfeita que existe na natureza, não suporta o seu uso abusivo e extremado ao desforço além do que pode suportar. Tudo na vida tem que ter um certo controle na vida de cada um da gente. Infelizmente utilizamos do nosso corpo, às vezes com exagero tal, que termina por provocar alterações no funcionamento orgânico e causando males que são próprios da vida de cada um e que bem poderiam ser evitados, mas como somos produtos do exagero sem causa, em muitos casos extrapolamos pelos excessos que nos submetemos e somos vítimas de tudo isso que conscientemente provocamos de ruim ao nosso próprio corpo, que apesar de ser uma máquina perfeita, não pode agüentar e suportar todos os excessos aos quais nos submetemos no decurso de nossas vidas. As festas, as farras intermináveis são sempre bem-vindas, mas quando a gente tem o devido suporte para agüentar, quando não, é chegado o momento de dar um basta e colocar as nossas vidas nas mãos do nosso Criador, pois nesta vida, nem tudo neste mundo pode ser uma festa eterna.

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