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segunda-feira, 14 de março de 2011

UM LIVRO, UM FILHO

             Para algumas pessoas que não são muito ligadas à literatura, escrever um livro, não passa mesmo de uma atividade comum do cotidiano de quem escreve ou de quem pura e simplesmente o faz com o fito comercial de obter vantagens financeiras ou até mostrar uma excentricidade a mais na vida de qualquer abilolado que quer aparecer de todas as formas. Em muitos casos, pode até o pobre incauto vir a ter razão, noutros, não. Quem escreve como eu, coloca para fora o que vem de dentro, do mundo interior, do âmago da alma, do fundo do coração. São a exteriorização e demonstração dos sentimentos mais puros e belos através da grafia, das letras e, usando até com estas, um pouco de maestria na dança das palavras. É um sentimento gostoso quando a gente vai imaginando, pensando, revolvendo o seu ser, a sua vida e adentrando em tudo que aconteceu, que acontece ou que pode acontecer. A partir daí as idéias vão surgindo e a gente vai transmitindo o que sai das nossas entranhas, o que sentimos e, através das mãos em um caderno de anotações qualquer ou mesmo gravando num computador e prontamente passando para um disket ou CDR. Atualmente, o computador, é um sinal dos tempos modernos, avançados e usá-lo para escrever se tornou ainda mais prático e emocionante.
       Algumas das coisas que mais me emocionaram na vida foram, se colocadas num mesmo plano, quando em 1978 passei no primeiro concurso vestibular para o curso de engenharia, na UFPE, no Recife; o nascimento do meu primeiro filho, Hélder; a colação de grau no curso de direito, em 1990 e o discurso como orador da turma, onde fui ovacionado e, a publicação do meu primeiro livro, “Modesto à Parte”, em 1988. Ao ver devidamente encadernado, trabalhado graficamente, com capa encarnada e tudo mais que um livro deve conter, fiquei extasiado de alegria e de contentamento. Foi como o nascimento de mais um filho, só que, um filho da alma, feito com o gene do verbo - não só do verbo, mas do substantivo, do adjetivo, da conjunção, do advérbio, do nome, do pronome e de outros caracteres gramaticais importantes, mas um filho verdadeiramente saído das minhas entranhas masculinas. No momento, no devaneio do meu pensamento, escrevendo mais um trabalho, a emoção me domina a cada passo que avanço, a cada viagem que faço em minha alma, a cada poesia ou crônica que escrevo, a cada dedilhar na tecla do computador, me sinto um privilegiado. A emoção de ver publicado mais um trabalho, evoca o passado não muito distante, de quando surgiu o primeiro livro.     
             Em síntese, é na linguagem escrita, que por vezes se coloca tudo que existe dentro da gente para fora, o que, em muitos casos, não o fazemos na expressão verbal falada. É na escrita onde reside todo nosso mundo interior que transborda ao exterior na força de expressão das palavras escritas.

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