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terça-feira, 5 de abril de 2011

A POLÍTICA COSTURADA PONTO A PONTO


MIGUEL ARRAES - Indiscutivelmente, Miguel Arraes de Alencar, foi um grande político, mas para se eleger, sempre teve que fazer alianças ao que ele chamava na época de direita, se é que se pode mais fazer essa distinção entre animal político de esquerda e de direita, isto porque na realidade, não há mais diferença entre tais animais. A diferença reside no fato de uma está no poder e outro buscar fazer de tudo para também chegar a se deliciar do bolo. Na verdade, se se analisar à fundo, tudo na realidade não passa mesmo a ser farinha do mesmo saco.

MEDO DE COMUNISTA - Na época que todo mundo tinha medo de comunista, porque achava que esse bicho peçonhento era comedor de criancinhas e até arrancava o fígado das crianças, Miguel Arraes chegou a se aliar com Cid Sampaio, de quem era cunhado, depois ainda foi chegado a Agamenon Magalhães, que representava à direita raivosa de Pernambuco, chegando a se aliar a Armando Monteiro Filho, depois ao usineiro Antonio Farias e depois ao Armando Neto, de quem seu neto, continuou fiel seguidor. Então camaradas, essas história de "esquerda, direita, volver!", já não cola mais. Está mais do que na hora de se buscar outras ideologias para um mundo que não mais dista da revolução bolchevique de 1917, nem dos recentes idos da ditadura militar de 1964 e outros arremedos de revoluções que existiram nesse interregno temporal da política brasileira. Até o "pecebão" Roberto Freire, teve que se debandar para São Paulo, onde todo "abestado e descrete" em ideologia feito ele, se debandou pra lá pra poder se eleger e pegar mais uma boquinha.

ARRAES NÃO ABDICOU DO CARGO EM 1964 -  Arraes, apesar de tudo, tinha lá suas posições. Pelo que se sabe não formou fortunas com a política e tinha lá suas posições, mas para se eleger, sempre se aliou à direita reacionária, senão recurso de campanha que era bom, nada e que as alianças, eram porque os que lhe financiavam, da mesma forma, com a sua fama, queriam chegar a ser eleito também. Daí elegia um "magote" de senadores da pior estirpe possível, feito um Roberto Freire, Mansueto de Lavor, que era um padre de mentirinha, além, claro, de Antonio Farias, que era chegado de início aos militares, mas que depois, para se eleger senador, se aliou a Miguel Arraes. Apesar dessas alianças esdrúxulas de Miguel Arraes, ele junto com Leonel Brizola, foram os únicos que não abdicaram do poder quando do golpe militar de 1964 e por isso mesmo foram presos e exilados por longos anos fora do Brasil. Se acredita que da caterva que redundou no golpe militar, Miguel Arraes e Leonel Brizola, foram os expoentes máximos da política nacional. Eles sim, se pode dizer que fizeram história, sem claro, menosprezar outros que foram mortos, torturados e até hoje não se tem notícia de ninguém. 

COMISSÃO DA VERDADE - Houve anistia à brasileira, em que ambos os lados foram perdoados, mas até a presente data, ninguém sabe do paradeiro dos desaparecidos políticos, que se diga de passagem, não foram poucos. Por isso mesmo, muitos com receio de represálias dos "milicos", quando se fala em se formar uma Comissão da Verdade, não para punir militar que matou e esfolou há mais de trinta, quarenta anos atrás, mas para simplesmente se passar a história à limpo e os familiares saberem aonde é que estão os seus mortos, para após esse longo e tenebroso inverso, poder pelo menos vir a enterrá-los com dignidade. Mas não, uns acham que mexer nisso, é escavoucar uma cicatriz do passado, quando na verdade, não passa de uma Comissão da Verdade, para cada um dos familiares dos desaparecidos vir a saber aonde foram parar os seus mortos. A Argentina fez isso, o Chile também, nossos vizinhos foram mais além, fizeram ainda, com que os responsáveis pagassem pelos crimes que cometeram em suas ditaduras. Até mesmo o "generalíssimo" Augusto Pinochet, foi preso, quando passeava na Inglaterra. O certo camaradas, não é colocar uma pá de cal na história, mas sim, fazer com que ela venha à tona para que fique na mente dos pósteros e não mais se repita, esta é a verdade que jamais calará. Quem perdeu seus entes e até eles não apareceram, choram as suas mortes.

AMORFINADOS - Com algumas raras exceções, os políticos da nossa região, nunca foram de tomar partido pela chamada esquerda, principalmente, àquela ferrenha, que pegava em armas, que formavam células de resistência, pois a maioria era um "magote" de amorfinados, quando muito, o que podiam fazer mesmo era criticar o sistema dos "milicos" e depois se esconderem nas caatingas, na casa de algum amigo afortunado, para aparecer depois como herói esquerdista da resistência da dita "revolução de 64", àquela que só veio acontecer mesmo no dia 1º de abril, dia da mentira. Na verdade, muitos inocentes eram entregues de bandeja aos militares, para, depois os entreguistas de carteirinha, aboncanharem o poder. Na verdade, teve gente que ficou mais de década no ostracismo do poder, acusados pelo que não fizeram e, depois, vieram a se tornar aliados de quem os defenestrou do poder feito gato escaldado. Os que não encontravam espaço junto aos aliados dos "milicos" brincavam de oposição, isso porque, a oposição chegar ao poder, era coisa pra boi dormir e, se tentasse chegar, até defunto votava, feito o padre de Itaíba, que na época do Governo de Moura Cavalcanti, até defunto votou, para o padre que era ligado ao MDB, não se eleger. De lá para cá, ninguém mais sobe desse padre. Outros mais, fizeram história na oposição, mas não tiveram a menor chance nem de chegar a ser vereador, porque a máquina militar não deixava e quem se atrevesse, não tinha voto, feito Djair Brederodes de França, que na verdade brincava de fazer política, porque só vivia no meio deles mais para fazer piada e estar entre eles mesmos, do que fazer política séria. Por sinal, Blésman só foi cassado em Buíque mesmo, mais pela atuação de Djair Bredoredores, junto com os que o colocaram como bode expiatório para ser o seu serviçal, na única vez em que foi eleito vereador, salvo engano, em 1962. Mas apesar desses vais-e-vens de Djair Brederodes, ele politicamente, foi um grande figura e quando queria, fazia um barulho dos diabos na política de Buíque. Raro era não encontrá-lo na Assembléia Legislativa, onde era conhecido por todos os políticos e servidores do daquele Poder. Mesmo assim, à sua maneira, era uma pessoa admirável e gostava de jogar muita conversa fora. De conversa, se pode acreditar, não tinha melhor.

ALGUNS NOMES DE DESTAQUE - Alguns nomes ainda se destacaram na época do osso duro de se roer. Deles, pelo que se fala, um era o Major Wilson Pôrto, pai do nobre amigo e escriba, William Pôrto, que era comunista ferrenho, junto com Chico Canindé, da cidade de Arcoverde, que inclusive, chegaram a ser presos e torturados; outros mais, foi o brilhante e amigo, Advogado João Belarmino, sertaniense, mas que também morava na terra do Rio Branco, "o João Miudinho", que nunca teve medo de abrir a verborréia e botar a boca no trombone, além dos que surgiram timidamente em Buíque, o Cabo João Preto, Pedro Salviano, Manõelzinho Aleijado, este mesmo escriba, isto quando ninguém queria estar do lado do MDB para fazer oposição à ARENA, que era o partido oficial do regime militar. Uma outra figura importante que não poderia faltar, foi a de Neto Camêlo, que era ligadíssimo à esqueda e a Miguel Arraes de Alencar e, por vezes, teve até mesmo que se esconder para não ser preso, pois era tido também, como subversivo. Se acredita que tenha havido mais heróis de menor grau do anonimato, que ou não tenho conhecimento ou não me vem à memória, mas que em maior ou menor grau, existiram os nossos heróis menores, disto não se pode ter a menor dúvida, porque o contestador sempre vai existir, seja por qualquer razão que venha a ser, afinal de contas, "toda a unanimidade é extremamente burra", ou não camaradas!

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