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terça-feira, 19 de julho de 2011

ADVOGADO EDILSON XAVIER, FALA DA PRECARIEDADE DE CONSERVAÇÃO DAS NOSSAS RODOVIAS

PERNAMBUCO E SUAS RODOVIAS
                                                                      Edilson Xavier*

O péssimo estado de conservação, e porque não dizer o estado deplorável em alguns trechos da Rodovia BR 232, torna-se fato corriqueiro em Pernambuco. Além de traduzir à exaustão, o descaso com que o Estado trata aquela importantíssima via de trafego que liga Recife à Salgueiro.  Evidencia-se que o abandono, ante a precariedade de nossas rodovias, mostra a dimensão da tragédia a que são submetidos diariamente os pernambucanos que precisam trafegar. O Estado de Pernambuco possui uma malha rodoviária com 142 rodovias, com 9.870 quilômetros que lhe cortam. Quase metade dos quase dez mil quilômetros, nunca é demais repetir, estão intransitáveis, sem que o órgão estadual, o DER – Departamento de Estradas e Rodagens se posicione e tente, pelo menos minimizar o grave problema. No entanto, até agora parece não haver solução à vista, salvo pouquíssimas exceções, fruto do desespero das regiões, que sequer funcionam em outras localidades igualmente necessitadas de rodovias mais ou menos condignas de merecer esse nome. Nunca é demais esclarecer que em todas as regiões do Estado, existem as residências do DER, como em Salgueiro, Sertânia e Garanhuns, somente para exemplificar essas. Porém, nada é feito para que essas “rodovias” voltem a proporcionar um tráfego seguro. Ora, se até mesmo a BR 232, que foi duplicada no final da década de 90 sofre grande estrago, o que dizer, então das demais rodovias pernambucanas? E o que alegar das rodovias do Pajeú? Na PE 292, entre Sertânia e Afogados, sequer transitam carroças a tração animal, tendo em vista seu estado deplorável, e o DER não se movimentar para minimizar os efeitos negativos, constitui fato muito estranho. Entre as cidades de Bezerros, Camocim de São Félix e Bonito, no Agreste do Estado, não há nenhum sinal de asfalto, o que ocorre entre Caruaru e Riacho das Almas e ainda entre Serra Talhada e Floresta. O estado caótico se repete entre o Distrito de Albuquerque Né, em Sertânia até Teixeira, na Paraíba. É pertinente e oportuna a indagação: por que as autoridades do Poder Executivo dos Municípios e do Legislativo não se sensibilizam para cobrar do Governo estadual a rápida recuperação dessas rodovias? Se omitem e silenciam é por que essa política de recuperação das rodovias não proporcionam dividendos eleitorais? Observe-se que em todos os Municípios do Estado, os prefeitos e deputados são aliados, alguns de primeira hora e outros aderiram ao governador e sequer se preocupam com esse problema que é de extrema gravidade. Deputados como Rodrigo Novaes (Floresta), Raimundo Pimentel (Araripina), Sebastião Oliveira e Augusto César (Serra Talhada), Ângelo e Júlio (Sertânia e Arcoverde), Silvio Costa Filho (Tuparetama) e Izaias Régis (Garanhuns), sequer cobram do DER ou do próprio governo para que suas regiões tenham as rodovias recuperadas, sob pena de não haver mais como transitar em algumas áreas do Estado. São quase seis mil quilômetros de rodovias praticamente intransitáveis. Sem falar nos acidentes que grassam a todo momento, pelo excesso de buracos. 

*NOTA: Edilson Xavier é
ex-presidente da Câmara Municipal
e da OAB de Arcoverde.  

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