ALAGOAS - Ontem estive em Mació, juntamente com os meus filhos Hélder, Hémerson e Hélderson (Delsinho), para presenciarmos a graduação militar do segundo, na Academia da Polícia Militar do Estado de Alagoas. Nunca em minha vida houvera assistido a uma solenidade militar, mas confesso que achei bastante interessante e bonita a apresentação da sintonia, da disciplina e dos toques da corneta para cada atitude a ser tomada no perfilamento em fileiras, dos militares. Foi realmente um dia diferente para mim, que nunca em minha vida, tinha participado de um evento dessa natureza, a não ser para receber a Carteira de Reservista do Exército Brasileiro, quando tinha dezoito anos, na cidade de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, onde cerca de cinco mil jovens também estavam na localidade para essa finalidade. Isso ocorreu provavelmente, em 1968, em plena época da ditadura militar.
A PODRIDÃO DO PODER - O poder público brasileiro, a cada dia que passa, parece que está cada vez mais contaminado pela podridão que vem atingindo quer do miolo às suas beiradas. Até parece um câncer incurável e maligno a ponto de aos poucos ir destruindo as células do corpo humano, até chegar a numa situação decrépita de tal maneira, que só mesmo a morte viria a ser a salvação. Nos causa náuseas quando a gente tem notícias de tanto desperdício com que é tratado o dinheiro, as coisas e os pertences de domínio público. Não dá para aguentar, pelo menos para o povo consciente e que deseja e pede por urgentes mudanças, aguentar tanta bandalheira. Não que um regime de exceção seja a melhor coisa. Isso jamais, nem pensar! - Mas que alguma coisa, dentro dos primados do Estado Democrático de Direito, deve ser feita, disso não se deve ter a menor dúvida. Zombar do povo de forma tão descarada como muitos estão fazendo, não dá para continuar. Urge que se respeite a lei, as pessoas e nós, que fazemos parte da sociedade, que de certa forma nos omitimos, não podemos mais vermos tantos desmandos e continuarmos passivos, com os olhos fechados, a boca emudecida e os ouvidos tampados, afinal de contas, temos que reagir com os rigores da lei, senão a esculhambação vai continuar até quando, hem???
SEM PACIÊNCIA - E então? - Como é que é? - A conclusão do trecho da PE-270, Buíque-Arcoverde, vai ser concluída ou não? - Senhor Governador do Estado, que se diz tão cioso e diligente, por qual razão ainda não tomou nehuma providência? - Até quando vamos ficar com a pista cheia de pedaços cheios de crateras, hem? - Que se tome alguma providência, pô, ou querem que nós continuemos com a cara de eleitores bestas que sempre fomos? - É isso, Governador Eduardo Campos? - O senhor sabe quantos votos recebeu em Buíque, se não sabe, mais de oitenta por cento da população deu o seu voto de confiança no senhor! - Então Governador, tome alguma providência, por que não podemos circular indefinidadmente, sem uma previsão do término da recuperação da PE, com risco de acidentes e destruindo os nosso veículos! - ....E aí, é hora de Vossa Excelência, agir com rigor, principalmente chamando na grande, as empresas responsáveis pela reconstrução da via pública estadual de rolamento de veículos. Cadê também os políticos da região que não dão um pio, hem? - Parece que só tem boca mesmo para pedir votos em época de eleição, é isso, é???
PAULO TARCISO - Dia desses, o cordelista e escritor, Paulo Tarciso (o Paulino do Fórum de Buíque), fez uma apresentação no SESC de Arcoverde, que foi prestigiada por uma multidão de mais de quatrocentas pessoas, o que vem a denotar o sucesso do seu valoroso trabalho, em que traduz "causos" do mundo real das coisas, contados através da literatura de cordel, além de contar com um acompanhamento musical de acordo com as tradições nordestinas. Também deve estar chegando nesses dias, o seu primeiro livro, que apesar de não ter conseguido o patrocínio de ninguém, mesmo assim, a duras penas, numa editora do Rio de Janeiro, conseguiu publicar o seu primeiro livro, que está sendo esperado com expectativa para os que gostam da boa leitura.
DIFICULDADES DE PRODUZIR CULTURA - Infelizmente, quer seja em nossa terra ou alhures, produzir cultura, é de uma dificuldade sem comparativos. Ninguém está nem aí para a produção intelectual e cultural, afinal de contas, povo culto, com conhecimento é povo desenvolvido, independente, que sabe discernir o certo do errado, e os políticos tem muito medo da pior arma para eles, que é o dom mortal de bem saber fazer uso da palavra escrita ou falada. Afinal de contas, não dá para acreditar que até o momento, praticamente nada foi produzido em termos de cultura e isso não é de agora, mas que vem lá de trás. Passaram alguns, que deram aqui, acolá, algumas pinceladas na cultura no sentido de enrolar, mas fazer algo consistente e verdadeiro em termos de cultura em nossa terra, acredita-se que não houve ninguém de verdade, a não ser algumas pessoas do passado, que tinham a preocupação de manter pelo menos uma escola de música, o que atualmente inexiste e parece que ninguém tem sequer a menor preocupação. Até uma fanfarra que se destacou como uma das melhores de Pernambuco, a José Modesto, ninguém sabe que fim levou e não sabe sequer da notícia dessa fanfarra que dava orgulho ao povo buiquense, mas por questões políticas desde os gestores anteriores, que procuraram calar essa importante fanfarra de Buíque, que não fazia vergonha aonde quer que se apresentasse.
POR ISSO MESMO - Não busco me esconder atrás de quem quer que seja, para dizer, expressar livremente o que penso e falar com a tinta nas letras, o que deve ser dito. Sempre fui assim e acredito que dessa maneira continuarei sendo até os dias finais de minha vida. Não sou a palmatória do mundo, isso porque, só Deus é quem tem esse dom Divino do poder de consertar este mundo, que desde o seu surgimento vem seguindo o seu rumo na linha da história, de forma descontrolada, desnortada e desenbestada. É um mundo cruel e nojento, este em que vivemos. Às vezes podemos até está falando para as paredes e pregando no deserto, mas mesmo assim, enquanto forças tiver, vou continuar como sempre fui desde que nasci e aprendi com as cruezas da vida, a ser gente, a pensar e agir e livremente, afinal de contas, desafio qualquer um a calar a minha voz, tapar os meus ouvidos e fechar os meus olhos, dádiva esta, só pertencente so Senhor meu Deus, ou não camaradas!
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