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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A CADA DIA DA VIDA, A GENTE VAI FICANDO MAIS DECEPCIONADO COM PESSOAS E INSTITUIÇÕES


          É duro, embora para uns não pareça, a gente militar toda a vida da gente, na profissão de advocacia, não pela nobreza da profissão, mas sim, pela torpeza a rondar à nossa volta. O advogado é a voz do seu constituinte, embora em muitas ocasiões os figurões endeusados que se acham donos do poder e da verdade, tentem calar a nossa voz que fala pela boca de quem o está representando ou usa da pena, para elaborar peças defensivas com esmera escrita jurídica e destemor no tom das palavras. Não é fácil, num mundo de tantos endeusados, a gente advogar. Primeiramente, porque a gente no decurso da profissão arruma muitos desafetos, mesmo que nada tenha contra ninguém; segundamente, a deslealdade profissional entre os próprios colegas, é uma realidade patente que chega a nos deixar perplexos e indignados e, em terceiro lugar, somos na maioria das vezes, incompreendidos pelos nossos próprios constituintes que não entendem da lerdeza da Justiça e nos culpam pela demora da resposta jurisdicional estatal, que procura através de leis esdrúxulas a tentar manobrar todos os passos da humanidade, daí um Direito capenga e uma Justiça que peca pelo peso de um elefante. Não pode o direito procurar interferir em todos os passos dados pela sociedade, senão está sendo o direito usado, a pretexto de se fazer Justiça, como manobrista de até um peido que se dá, é isso?
         Advogar em circunstâncias tais, é por demais estafante, por isso mesmo, a maioria dos profissionais da advocacia vive em constante estresse, pressão estafante e chegando até mesmo, a profunda depressão. O Direito em sua essência da propedêutica jurídica como fonte de estudos, para ser usado ao bel prazer de quem quer que seja, mas sim como forma de se estudar os mais importantes tratados filosóficos que regem as transformações sociais, mas na prática, tem sido uma decepção que nos deixa boquiabertos com os rumos que muitos maus operadores procuram dar a essa nobre ciência social.  Às vezes até, em determinadas situações as questões suscitadas no mundo jurídico e do direito são tão díspares, que nos dá vontade até de desistir de continuar a nosso ministério privado de natureza pública, porque a cada dia nos sentimos cada vez mais impotentes e decepcionados com a esfera que forma o arco-mór do mundo jurídico.
           Não que sejamos contra o Direito como fonte de criação das leis, de normas de refreamento social, mas aí querer se chegar ao ponto de tentar manobrar todos os passos de cada cidadão na sua vida privada, como está acontecendo hoje em dia, não se está interpretando essa ciência social e filosófica, no sentido de fazer o bem maior à humanidade, que é a de lhe dar liberdade e melhorar os meios necessários para a pacificação social. Hoje vivemos numa sociedade globalizada que se torna cada vez mais fora de controle e não é com leis idiotas, feita nas "coxas", que se vai  modificar o mundo não senhor! - O que está faltando é mais compreensão, respeito ao próximo, temor a Deus, para que possamos pelo menos tentar chegar a um meio termo, isso por que, não tem quem na vida terrena venha a concertar este mundo. 
            Ser operador do Direito, não é emprenhar pelos ouvidos e simplesmente parir pelas entranhar o que achar que deve ser parido, como vem diuturnamente acontecendo no mundo jurídico. Ser operador do Direito vai muito mais além do que os olhos podem ver ou de que tenha o alcance os ouvidos. Falar o que quiser é muito fácil, mas no mundo jurídico, pode se parir no mundo jurídico processual o bicho teratológico que bem se entender, a depender de como se instrua e se monte a condução processual. Não deveria ser assim, mas é esta a realidade palpável com a qual nos deparamos no nosso dia a dia de operadores do direito, daí a decepção em parte em ser advogado. Não que nada tenhamos feito, isso não, mas muito mais poderíamos ter feito na condição de militantes dessa nobre profissão.          

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