A bem da verdade, o que os 11 (onze) Ministros da Suprema Corte Federal estão julgando em suas decisões, é fato público e notório de todos os brasileiros que tem um mínimo de neurônios na cabeça e aprenderam a pensar, não se constituindo, portanto, em nenhuma novidade os enes mensalões, mensalinhos e todos os tipos de "inhos" por esse Brasil afora, de práticas corruptivas de sua política danosa, em surrupiar dos cofres públicos e sempre passando impunes. A questão do "mensalão", que poder-se-ia ter sido alcunhado pela imprensa (leia-se Revista Veja) de "propinoduto", é uma artimanha corriqueira do jogo do poder político. É algo, claro, que clama aos céus para que seja feita a devida justiça ao que, a pretexto de ver aprovados projetos de interesses particulares, tiram bilhões de reais dos cofres públicos, da saúde, da educação, dos investimentos em infraestrutura, de uma vida social mais digna e melhorada para o nosso povo, gerando, destarte, o analfabetismo crônico, o caos da rede de saúde pública e ainda uma vida de milhares de indigentes, quando já deveria ter sido extirpada de nossa sociedade, esse câncer da fome e da miséria. Quer dizer, tiram do público, para atender interesses particulares, e disto todo mundo que não é asno, nem parece, já estava de cabelos brancos e cravados de saber. A questão do mensalão é que a coisa foi escancarada em demasia e, de quebra, como parte da grande imprensa nacional, certamente, não levou o seu naco de bolo da corrupção, não teve conversa mole, botou à boca no trombone denunciando através de fontes e documentos confiáveis ou não, e aí veio à tona uma espécie de roubalheira e malversação de dinheiros públicos, que todo mundo estava careca de saber de cor e salteado que sempre existiu em nossa republiqueta de bananas, ou será que querem com toda essa pompa da Corte Suprema, que adoram posar para os holofotes e tome a exsurgirem-se no ego pomposo do juridiquês, para darem os seus pareceres e decidirem pelos seus julgamentos e o resultado, é que todos os supostos envolvidos estão praticamente perdidos como cegos em tiroteio, e as suas defesas, por mais caras que tenham sido, muitas delas às custas de milhões de reais, só serviu mesmo para encher saco de linguiça, porque por mais notáveis que tenham sido os renomados juristas nacionais contratados para a intransponível barreira da tarefa de defender os chamados "mensaleiros", o fizeram o que antecipadamente pela mídia, já houveram sido condenados. Ganhar os milhões de reais a título de honorários advocatícios e as condenações que daí advieram pelos insignes Deuses do Olimpo, foi o mesmo que chover no molhado, ou será que estou falando de chorumelas?
Vale ressaltar, não querendo aqui em dizer que os fatos praticados à exaustão em todos os recônditos nacionais da política, estão corretos, mas em maior ou menor grau, praticamente todas as instituições nacionais estão contaminadas pela árvore dos frutos envenenados, ou não? Ora, o jogo do poder, de quem quer neste se manter, de quem é maior, engole o menor, isso vem desde os primórdios das civilizações, da Grécia à Roma antigas, práticas corruptivas não é nenhuma novidade para ninguém ou será que são? Por seu turno ainda, a corrupção está incrustada na cabeça do povo brasileiro, salvo algumas poucas exceções, não querendo com esta minha assertiva em dizer, que sou favorável à tais práticas, muito pelo contrário, as abomino veementemente. Da iniciativa privada pior ainda, só pensa mesmo na ganância de ganhar sempre mais, seja por quais métodos forem, inclusive com à sonegação de impostos, ou será que ninguém vê escancaradamente que as empresas, com as exceções de praxe também, não enganam o fisco na própria cara do contribuinte, quando das transações comerciais não emitem sequer a obrigatória nota fiscal? Há de se observar ainda, que na verdade, só quem não foge ao fisco, é o trabalhador, o assalariado, isso porque o desconto de taxas, contribuições e imposto de renda, por exemplo, já vem descontado da própria fonte pagadora, que em muitos casos, transfere ou não o que arrecada, se apropriando indebitamente. Esta é a nossa realidade. O mundo ideal está muito aquém de ser alcançada na questão de práticas corruptivas, tanto do ente público, quando da iniciativa privada. Sempre vão existir formas de burlar tanto o fisco, quando os cofres públicos, por mais leis que editem. Se as leis fossem para valer, não bastariam mais de doze mil delas em vigência em nosso país. Muitos até falem em modificar lei tal ou lei qual, mas mudar para quê, se já existe um leque de leis que dá para encher uma carreta, hem?
Não que seja contra ao julgamento dos mensalões, mensalinhos e todos os tipos de "inhos" da corrupção, isto não! Na verdade, o que estão fazendo, no meu entender, é jogo de cena de poder, julgando um processo que não cabe num caminhão, com provas que podem ou não ser analisadas com isenção de ânimo por quem está fazendo as análises, isto porque Ministro que se preze não vai se ater à leitura de um quilométrico processo, tarefa esta que cabe a alguém que certamente foi indicado por tal ou qual ministro, ou será que não é assim que funciona o sistema do Judiciário? Clarividentemente, todo esse alarde de que o Brasil está fazendo história ou de que esse é o julgamento do século, não passa também de mais uma balela! Que história afinal está sendo feita? Será que exercitar uma obrigação constitucional é fazer história? Para mim, fazer história está muito além do que se firmar uma obrigação de fazer ou não. Esta é a ordem das coisas. É nesse diapasão que manda e determina o bom Direito para se fazer o bom combate do qual a nação brasileira tanto precisa, não somente pela Suprema Corte, mas em qualquer que seja a instância do intrincado Poder Judiciário.
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