Mal começou o ano e já estamos no mês de julho. Quer dizer, já passamos de mais de meio ano de mais, restando pouco de seis meses para se findar mais um interstício temporal, que foi invenção humana para medir os períodos de tempo. É triste termos que dizer que estamos ficando mais velhos, talvez mais experientes, mas de uma coisa podem ter certeza, ninguém aguenta de bom grado ter que ficar um ano mais velho. É de lascar o cano. Quando se é jovem, época das mais belas da fase de vida, tudo são flores, mas na idade mais avançada, a coisa não é lá muito fácil não senhor! - A gente aguentar porque tem que enfrentar mesmo as intempéries do tempo, isso, evidentemente, se a vila não levar a gente antes. Os jovens podem até não entender, mas uma das coisas que cada um de nós tem plena certeza, é a de que mais dias, menos dias, vamos perecer de vez. Se para outro plano melhor, tudo bem, mas senão, ficamos a questionar para onde é que na realidade iremos parar após o fator dessa curta passagem, que num abrir e fechar de olhos, já percorrermos um ano. Na verdade, costuma dizer meu irmão, que a cada anos, perdemos mais um espaço de nosso tempo. Se levado à termo, perdemos mesmo, pois como dizia o poeta Cazuza, o "tempo não para". E não para mesmo não. Ele é como uma linha cortante que segue em frente e ninguém sabe aonde vai parar. Só podemos dizer que é assim que a vida da gente é mesma, ou não camaradas! - Quem poderá humanamente ter a capacidade de inventar o reversível, ou seja, de fazer a vida volta para trás. Até hoje, como filhões de anos de existência da humanidade, ninguém oi capaz de tamanha façanha. Se formos parar por aí a vaguear em algum lugar ainda bem e que seja melhor do que este mundo, isto porque camaradas, deste já estamos de saco cheio com as mesmices de sempre.
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