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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

terça-feira, 10 de junho de 2014

ATÉ QUE PONTO PODEM OS MOVIMENTOS SOCIAIS E GREVISTAS SER CONSIDERADOS NORMAIS OU LEGAIS?


     No decurso de minha vida, passei por várias fases, quer boas ou ruins, cheguei a ultrapassá-las e, sei não, a essa altura do campeonamento, acredito que em muitas delas, tirei de letra. Posso até ter falhado em algumas delas, mas na maioria, podem crer, me saí bem no retrato. Sempre gostei e tive uma intensa vontade interior, de participar de movimentos sociais e políticos, desde mesmo os anos de escola, do aprender das primeiras letras, mesmo na minha mais pura ingenuidade e timidez, sempre me sobressaí, não por que queria ser o maioral disso ou daquilo, mas eram os próprios meus pares, que me colocavam em tal condição. Desde criança, sempre participei de comícios e ainda, cheguei a ir a alguns deles, o primeiro deles, foi na campanha de Blésman Modesto, em 1962, quando contava com apenas 10 (dez) anos de idade, na Vila de Santa Clara (atual Tupanatinga), depois participei de outro, na Vila do Carneiro. Os meios de transportes eram caminhões velhos caindo aos pedaços e, o curioso é que, nesse comício do Carneiro, na chegada em Buíque, próximo ao primeiro Posto de Dedinho, na entrada de Buíque, um sujeito, me parece que um tanto embriagado, começou a discutir com outro e, num abrir e fechar de olhos, praticamente tascou uma faca-peixeira no outro com quem discutia, sangrando-o impiedosamente, em que o sangue jorrava feito água saindo de um cano que de repente se quebra e, ao descer do veículo, à vítima andou poucos metros, com o sangue saindo em golpadas e de uma só vez, caiu com todo corpo, já sem vida em frio solo de areia. Por àquelas redondezas, ainda não existia o Bar de Félix, tampouco casas contruídas, mas era uma propriedade cercada com uma cerca de aveloz, muito comum à época. Passados todos esses anos, a cena ainda se passa em minha mente, como se fosse hoje, como se fora um filme. Naquela época, o criminoso tentou fugir pulando pela cerca e se debandar pelo meio caatinga, mas Zé Cavavá, que se fazia presente na ocasião, o pegou e a polícia veio a prendê-lo. O criminoso, não lembro bem, mas o conhecia. Foi condenado passou alguns anos na Cadeia Pública de Buíque, que fica onde hoje é o Escola Carrossel, e depois disso, não tive mais notícia dessa pessoa. Só sei, que nesse movimento político, foi o primeiro choque em minha vida, ao ver pertinho de mim, uma pessoa ser sangrada na veia da garganta com uma faca de 10 para 12 polegadas e disso, nunca mais me esqueci em minha vida. Estou citando esse exemplo, só por citar como passei a conviver em movimentos polícos e sociais. Depois ainda me candidatei a vereador, em 1992, porem em 1988, houvera fundado o PSB em Buique, mas naqueles idos só ganhava eleição em Buíque, quem o Juíz de Direito da época quisesse, por isso mesmo, não cheguei lá, mas para o tempo, ainda fui bem votado e tivemos mais uma câmara de vereadores mediócre e sem o menor valor moral e de atuação política zero à esquerda, a exemplo das outras que a sucederam e da atual, que não serve para absolutamente nada. Melhor seria o povo eleger um Conselho de Homens Sério e Probos para servir de conselheiros municipais, do que uma câmara de vereadores como a que temos, que para servir ao povo, buscam por meios escusos se servir em primeiro lugar. O exemplo maior, veio montado à cavalo, na eleição da Mesa Diretora para o biênio 2015/2016.
    Não sei bem se o preâmbulo deste artigo, se prestou para a finalidade do assunto que queria esposar, mas é que me veio à mente tal lembrança e achei por bem em relatar. Sei que quando estudei em São Paulo, quando daqui fomos tangidos de março para abril de 1964, fui o primeiro lugar em comportamento e em notas da classe, apesar de estudar em escola pública estadual localizada na Vila Zelina, em São Paulo, capital, ficando esse bairro, próximo à Vila Prudente, Vila da Mooca e Bairro do Cambuci. Lembro bem, que participava do grêmio estudantil da escola, que é uma das formas que as escolas usavam ou ainda usam, para tentar formar lideranças para o futuro, o que é por demais positivo, mas que na praticidade, pouca coisa tem dado resultados positivos. Quando retornei para Buíque-PE, em 1972, só guardo na lembrança uma homenagem, em que o diretor, Professor José Nórcia Filho, um senhor já de idade, meio calvo, fino e educado, teve essa iniciativa, em que mesmo morrendo de timidez, fiz o meu primeiro discurso em frente aos colegas e professores. Soube recentemente por um colega que o localizei por este face, João Segecs, que me noticiou que o referido diretor, veio a falecer em 2005, mas na verdade, aquele senhor foi um grande educador, como professor e diretor de uma escola de periferia, onde mesmo naquela época, rondava o perigo de pequenos marginais de de drogas, a exemplo de maconha, LSD, entre outras. Pelo visto, a questão de drogas nas escolas, é um problema que dista de muito tempo. Não é coisa de hoje não senhor! - De lá para cá, ao voltar para Buíque, comecei a participar de movimentos políticos, fundei partidos, participei de grandes campanhas, fiz grandes discursos e sempre batalhei com afinco por aqueles meus candidatos que sempre defendi com unhas e dentes, mas na verdade, nunca deixei o meu lado filosófico de esquerdista radical, que naquela época, era bem vivo dentro de mim, a ponto de sequer conhecer ou cumprimentar o Senador Marco Maciel, por quem Blesman Modesto e um alidado de carteirinha. Hoje não é bem assim, mas o ideal de Justiça ainda está dentro de mim, como se fora ainda àquela criança e o adolescente e jovem sonhador que ainda dormita dentro do meu eu interior. Dos movimentos grevistas, quando trabalhei no Bandepe, sempre aderi a tais movimentos, muitos dos quais, manipulado por sindicalistas pelegos que sempre existiu e nunca deixou de existir no Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Quando fomos demitidos do Banco em 1991, o sindicalismo, açambarcou um movimento apegado no Regimento Interno do Banco, para ninguém receber as verbas rescisórias, o que a maioria não levou em consideração, isso porque, em sendo a instituição Bandepe, uma empresa público-privada de economia mista, tinha a sua natureza contratual, de empresa privada, então derrubado a suposta estabilidade prevista no Regimento Interno, o que foi feito por um famoso advogado trabalhista por 200 mil dólares à época, não teve conversa, foram demitidos naquele ano, dois mil funcionários, em que maliciosamente o Sindicato dos Bancários, argumentando essa suposta estabilidade, recomendava de forma radical para que os funcinários não assinassem as suas rescisóes e, com isso, alguns que não assinaram, passados os dois anos em que prescreve o direito de ajuizamento de ações trabalhistas, deixaram de receber as suas verbas rescisórias e ficaram pura e simplesmente a ver navios por conta do porra do Sindicato de pelegos. Alguns colegas, nessas demissões em massa, com o fechamento de 93 agências do Banco, chegaram ao extremo de se suicidarem, com a dor da demissão imotivada. Na verdade, os políticos quebraram o Bandepe e quem pagou fomos nós, funcionários. Depois do Banco, já formado em direito, passei a viver de minha profissão de advogado, pois por medida de precaução já havia me formado em Direito em 1990, um ano antes de ser demitido, foi a sorte, isso porque até hoje existem colegas que jamais chegaram a se reencontrarem e refazerem as suas vidas, o que é lamentável.
     A citação de tais fatos, foi justamente para se chegar a greve dos metroviários no Estado de São Paulo. Claro que é legítimo reivindicar melhoras salariais, ampliação de benefícios e coisa e tal. O que não pode acontecer são os extrapolamentos a que chegou esse movimento grevista. Apesar do metrô ser uma empresa pública, a sua natureza jurídica é privada, mesmo que seus funcionários tenham sido submetidos a concursos públicos, mesmo assim, regidos que são pela CLT, podem realmente ser demitidos por justa causa, como fez o Governo de São Paulo, que por excesso no movimento grevista, chegou a demitir mais de quarenta funcionários. Por isso mesmo, em estando toda a população que depende desse meio de transporte para ganhar as suas vidas e manterem seus familiares, prejudicados ao extremo, então no calor do radicalismo, medidas duras tem que ser tomadas mesmo. Então o movimento, poderia ter sido mais maleável e cedido em parte às negociações, não chegando, foi o movimento considerado ilegal pela Justiça, fato também não levado em consideração pelos grevistas, pois acreditam os cabeças do movimento que manipulam à massa de que sempre eles tem razão, sequer determinação judicial eles cumprem, então da legalidade da demissão de parte dos mais afoitos. A briga para se tornarem em lideranças sindicais, seja em São Paulo ou em outros Estados, é como se fosse do gato e o rato, é de se comerem uns aos outros, é coisa de mundiça mesmo. Por isso mesmo, ninguém quer ser liderança sindical porque é das melhores escolhas pelos sindicalizados, para ser a sua liderança, mas porque, assim como na política, existe uma grande movimentação de dinheiro, que vem dos próprios trabalhadores e até mesmo é investido dinheiro público nos sindicatos, o que é uma vergonha, isso porque, qualquer movimento dessa natureza, deveria sobreviver com os próprios recursos que recolhem de seus associados, mas vejam vocês, se existe algum movimento sindical brigando para que o dinheiro público não saia nos cofres do sindicalismo, que hoje, não passam mais de que movimentos de resultados, que ao invés de defender a classe da qual representam, estão pensando mais nos seus próprios umbigos, inclusive roubando o próprio dinheiro do sindicalismo e servindo até de pelegos e de negociatas escusas com o empresariado, fazendo acordos na surdina para também tirar alguma vantagem de ordem financeira. Pergunto, por qual razão, no calor das disputas, até morte existe em São Paulo, nas eleições da Diretoria do Sindicato dos Motoristas de Transportes Coletivos daquele Estado, hem!

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