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domingo, 20 de julho de 2014

HOJE É DOMINGO, POR ISSO MESMO, É DIA DO POEMANDO, COM RIMAS OU SEM RIMAS, MAS A POESIA ESCREVI COMO EM MEU PEITO A SENTI


SEM NORTE, SEM SORTE, SEM VIDA

Manoel Modesto

Vivendo num mundo dantesco
Jamais se poderá ter
Um rumo de vida a seguir
Caminhando num porvir
Sem vida, sem norte e sem sorte
Só mesmo desnorteado
E como ato derradeiro desse norte,
Somente esperando a chegança da morte.

Nesta vida de esperanças
Permeada de andanças
Esperando amor e mudanças
Mas nem mesmo a menina de tranças
Veio aqui nos abraçar
Para juntos num grande amor
Amar na cumplicidade
E tudo na vida compartilhar.

Mas num mundo de sonhos vivendo
Nos horrores praticados num crescendo
Desanimados vamos de logo percebendo
O que na vida passamos perdendo
E nesse desastre de mundo horrendo
Nos atos contínuos aos poucos morrendo
Nos conscientizando vamos mais e mais,
Ao sermos destruídos como sempre, ao aspirar do nosso próprio veneno.

Mas que mundo horrível é este?
Onde fui, fostes ou nasceste!
Sem que da vida florescestes,
Entre dores fraticidas que sentistes
Sem sequer nas sublimes flores sonhastes,
Ou chegaste a aspirar o perfume nos ares,
Terminando a vida sofrida carregado nos andores,
Sem do amor terno e belo ter sentido, da vida os seus louvores.

Dos andores num buraco frio te jogaram
Cobrindo de terra e lama
Mas não se sabe se a te perguntaram
Se acaso querias ir e de uma vez só partir
Para um mundo onde ninguém pode repetir
O viver torrente e envolto em chamas
Deste mundo que um dia cheguei e chegastes a vir,
Para nascer, viver e morrer, sem a morte pedir ou sentir. 

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