QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A COMOÇÃO POR UMA MORTE TRÁGICA OU FRUTO DE UMA TRAIÇÃO INJUSTA E INTENCIONAL, É CAPAZ DE SER FATOR DECISIVO EM QUALQUER ELEIÇÃO

Campanha de Jonas Neto, em 2008, ladeado pelo seu pai, Zé Camêlo e por seu avô paterno, Jonas Camêlo.

  Todos nós sabemos de per si que a emotividade coletiva, dentro do inconsciente coletivo popular, fruto de um trágico acidente aéreo, ou por outro meio chocante qualquer, a exemplo de uma morte sofrida que arrasta o ser humano a dias consecutivos de dor e sofrimento, por alguma doença crônica fatal, que vem corroendo aos poucos a vida de um pobre moribundo, é capaz de ser um fator decisivo para que um candidato a qualquer mandato eletivo, venha a ser eleito, isto porque, a comoção, a emotividade, domina mentes e corpos e aí, apiedado, o povo vota por gravidade naquela pessoa que vai suceder como representante de quem se foi em circunstâncias trágicas. Até mesmo uma tentativa de assassinato, pode levar o político ao poder, mesmo que venha a ser uma jogada de marketing político. Não tudo isso, acontece necessariamente nessa ordem, mas de quem eu tive conhecimento, isso na realidade veio a acontecer. Lembro muito bem que um dos candidatos do ainda então MDB (atual PMDB), que aglomerava como uma frente, todos os políticos que eram contra à ditadura militar, ou pelo menos fazia de conta que uma parte era, candidato a deputado estadual em fins da década de 70 para a de 80, Eduardo Gomes, numa questão em que ele se envolveu como vítima de um assalto de umas imagens históricas roubadas, e tendo sido alvejado por alguns tiros, quase veio a perder à vida e, foi socorrido de imediato, clinicado e devidamente medicado por algum tempo e voltou a dar continuidade à sua candidatura de deputado estadual por Pernambuco. Então usando esse fato como um atentado ou coisa que o valha em sua campanha política, que não ia muito bem das pernas antes desse episódio, terminou por se eleger sendo um dos mais votados do Estado de Pernambuco na época. Lembro disso porque votei nele também. Depois de alguns anos, ele ainda deputado estadual, vim a reencontrá-lo num banco de faculdade, fazendo o Curso de Direito em Caruaru, onde juntos nos graduamos e nos tornamos amigos. Ele era empresário em Moreno, depois veio a andar mal das pernas nos negócios e sua vida, passou por mudanças radicais, mas como já era formado em Direito, começou a atuar em Recife, São Paulo e outros lugares e acredito que hoje, ele vive da profissão e, teve o seu fim político letal, quando deixou o PMDB e foi se juntar a José Múcio Monteiro e Marco Maciel, tendo então, se liquidado politicamente e nunca mais se elegeu, chegando ainda, a ser candidato a prefeito de Poção, sua terra natal, mas foi derrotado pelos que sempre viveram no lugar, apesar de ter feito uma grande campanha, mesmo assim, o seu não nome, como filho pródigo daquele lugar, não veio a pegar em sua terra natal. Amigo do advogado assassinado em Pesqueira, Geraldo Rolim da Mota Filho, que era um aguerrido briguento pela causa indígena, por isso mesmo foi barbaramente assassinado, que chegou a ser assessor de Eduardo Gomes, quando deputado estadual, foi um de seus apoiadores à sua candidatura a prefeito de Poção, mesmo assim, não teve jeito e Eduardo Gomes, levou um surra inimaginável de votos, terminando por aí, a sua carreira política.
     Em outra circunstância ocorrida aqui mesmo em Buíque, o beneficiário em parte de uma tragédia anunciada provocada por uma doença crônica e dolorida de seu pai, foi o atual prefeito, Jonas Camêlo de Almeida Neto, em que acometido por uma doença incurável e com isso, o organismo vinha cada vez mais definhando, e cada dia ia ficando mais debilitado, candidato a prefeito de Buíque em 2004, já doente, a ponto de sequer poder ter realizado a sua campanha normalmente, pois havia dias de comício ou de porta-à-porta, que não tinha as mínimas condições de participar de tais eventos, mesmo assim, acometido por vários males que em conjunto debilitaram o seu organismo, mesmo assim, só veio a perder por 329 votos para o poderosíssimo até então, Arquimedes Guedes Valença. Vale salientar, que mesmo em condições adversas, Zé Camêlo ainda obteve quase 11 mil votos do povo buiquense. Pois bem, passado um certo curto espaço de tempo, Zé Camêlo, veio a falecer em face da doença, o que já era esperado pelos seus familiares e por toda população buiquense. O povo ficou comovido e sensibilizado com a morte do filho de Jonas Camêlo, conhecido em todo o Município como o "pai da pobreza", fator esse que ainda hoje influi na política local, com tanto mais poder do que propriamente o seu filho, Zé Camêlo. Com o falecimento de Zé Camêlo, seu filho Jonas Camêlo de Almeida Neto, sem a mínima experiência e sem um tostão furado para gastar e levantar uma campanha, mas com o nome do avô e a morte recente do pai, veio se candidatar a prefeito em 2008 e, o final da história não foi outro, senão o de ter ganho sua primeira eleição, com uma vantagem de 1.824 votos de vantagem, derrotando àquele poderosíssimo grupo que zombou e humilhou o seu pai, em face de sua doença, destronando-o de um poder de mando por mais de por 12 anos a frente de Buíque, e que tinha dinheiro para gastar e um forte grupo de apoio. O mote era, que o jovem Jonas Neto, então com apenas vinte e quatro anos de idade, era um menino irresponsável, um moleque que não tinha valor algum, mas nada disso valeu para mudar a cabeça do povo, que acalentava no inconsciente coletivo, as fortes lembranças do avô, Jonas Camêlo, do pai, Zé Camêlo, que houvera falecido por uma doença crônica em tempo recente, de forma dolorosa por uma doença degenerativa, então o filho-candidato, não poderia ficar na mão, jogado à sua própria sorte e tinha que vir a ser o próximo prefeito de Buíque. Dito e feito. De olhômetro nas tendências de Jonas vir a ser eleito, o então Senador Sérgio Guerra, logo se chegou a ele e, nessa caminhada, do pequeno Davi contra o Gigante Golias, fato comparado por mim num discurso que fiz, na Vila de São Domingos, eis que, com o somatório do sentimento da comoção popular, somado também, à aversão do povo ao império formado pela família do ex-prefeito Arquimedes Valença, então dentro de todos esses fatores, Jonas veio finalmente a ser eleito o segundo prefeito mais jovem de Pernambuco, aos 24 anos de idade, mas isso só foi possível, com as ajudas de seus avô, falecido fruto de um assassinato e, de seu pai, que veio a falecer em condições dolorosas e também, por parte da população, que já não aguentava mais o grupo de Arquimedes Valença no poder, além de alguns amigos de primeira hora e grandeza, que lhe ajudaram diuturnamente sem nada pedir em troca, vindo então, de uma candidatura chinfrim, a se tornar um vencedor. No tocante à segunda candidatura  e ao segundo mandato de Jonas Neto, os entes queridos mortos, já não tiveram mais influência de antes, mas sim um acordo polítoco bem costurado com Miriam Briano, sua antes adversária a quem derrotou, apoiada pelo ex-prefeito, foi o fator decisivo para a sua segunda vitória contra o próprio Arquimedes, por cerca de 3,3 mil votos de vantagem. Então minha gente, o fator morte, um atentado, mesmo que forjado, pode vir a ser fator decisivo para um político ganhar uma eleição, não que seja necessário e suficiente alguém morrer para outro vencer, mas o apiedamento popular que domina o inconsciente coletivo, isso sim, pode ser fator decisivo.
     Agora num nível mais elevado, vem a morte de uma candidatura presidencial, que estava na órbita política, numa terceira posição de intenção de votos, mas que, com a sua violenta e trágica morte fruto de um acidente aéreo na baixada santista, em São Paulo, pode com toda certeza garantir a vitória de Marina Silva, como a futura presidente do Brasil, isso por que, os indicadores e o sentimento de comoção popular dominante na maioria do povo brasileiro e, da imagem surreal que se criou em torno de Eduardo Campos, com belas frases de efeito, com toda certeza, Marina Silva tem chances reais de desbancar as duas candidaturas mais fortes de Dilma Rousseff e Aécio Neves e vir a se tornar a nosso próxima presidente do Brasil.  Nada se pode dizer ainda, aqui em Pernambuco, sobre a candidatura de Paulo Câmara ao governo do nosso Estado. Mas que o fator morte já é em parte, quase mais de meio caminho de uma campanha andada, fruto de um choque inesperado para à população e, dominada pela emoção, pelo sentimento de apiedamento por quem se foi de forma trágica e ainda em idade precoce, isso por si só, se constituiu num fato novo na política nacional, podendo com toda certeza, ser decisivo para a eleição presidencial. Marina não comungava em tudo com as ideias e o partido de Eduardo Campos, porque na verdade, é o mesmo saco de gatos que os outros, mesmo assim, o povo brasileiro, não vota em partido, mas sim, nas pessoas, no momento, no sentimento de comoção, naquilo que espera que se possa ser implementado como metas de mudanças e, nessa mister, Eduardo era bem articulado em repensar no futuro de nosso País, se viesse a concretizar ou não, era outra coisa, porque o político só pode conhecer na verdade uma conjuntura estrutural política, quando nesta está montado e conhecendo o miolo administrativo de como as coisas acontecem por dentro. Daí que, se Eduardo Campos acalentava um sonho de "NÃO DESISTIR DO BRASIL", com toda certeza, MARINA SILVA, poderá abraçar esse mesmo sonho e dar continuidade aquilo que o candidato em terceira via política, não poderá mais concretizar, em face de sua súbita e trágica morte em acidente aéreo, além de que, ele deixou uma lição de vida, que de há muito estava esquecida neste Brasil, do HOMEM-FAMÍLIA, coisa que a nossa sociedade estava deixando de lado, a valoração, o sentimento de amor à família e isso também vai contar na comoção do apiedamento do inconsciente coletivo popular, na hora do voto e das escolhas que o povo vier a fazer. Por isso mesmo, acredito que Marina Silva será a nossa futura Presidente do Brasil, até porque, pelo que disso, nos dez meses de convivência com Eduardo Campos, aprendeu a conhecer de perto o homem e suas ideias para o Brasil e, na realidade, é isso que vai contar para o futuro do Brasil.

Nenhum comentário: