COMOÇÃO E TRISTEZA - Infelizmente, a ficha ainda não caiu. A comoção e tristeza ainda estão presentes na vida de cada um dos pernambucanos, quer votassem ou não em Eduardo Campos, pois a tragicidade com que veio a ter a sua vida interrompida precocemente, foi bem maior do que poderia se esperar para um final de vida de qualquer ser humano. Mas se foi o homem, ficam as suas ideias e continua a vida de nosso povo. O interessante seria, que o simbolismo da morte de Eduardo Campos, servisse de um norte de exemplo a ser seguido na prática, por muitos políticos brasileiros.
A MORTE NÃO TIRA - Uma das coisa que a morte não tira, é a personalidade prática da vida de uma pessoa. Eduardo, o político, se foi, mas uma das coisas que não se pode deixar de observar, é o fato de que ele era adepto da política praxista, àquela política que busca cooptar tudo que é gato e rato tudo num saco só, para chegar aos seus fins colimados. No caso de Eduardo Campos, isso não tirava o seu brilho político, talvez justamente por isso é que chegou até onde quis, mas chegando a realizar o seu sonho maior, porque a morte lhe tirou precocemente a vida.
COMO ADMINISTRADOR - Na qualidade de administrador da coisa pública, em algumas áreas, de certa forma avançou, mas em outras, apesar de ter montado projetos arrojados, a exemplo da criação do Pacto Pela Vida com o aumento do efetivo das forças componentes da Segurança Pública e com o aumento de cursos e a interiorização de cursos superiores, mesmo assim, a educação de Pernambuco não avançou o desejável, mesmo assim, em todo município deixou a sua marca com alguma obra, por simbólica que tenha sido. Saúde também, que não é um problema tão-somente localizado, mas de todo país, também foi um item que ficou negativo em nosso Estado, apesar do aumento de postos de saúde e de hospitais públicos, mesmo assim, continua precária, como a de todo restante do país. São questões estruturais, que só poderão ser resolvidas com o envolvimento de toda população brasileira e não somente do segmento político.
HOMEM-FAMÍLIA - Na verdade, a lição maior que ficou da vida de Eduardo Campos, não foi o "Eduardo Político", mas sim, o "Eduardo-Família", pois tinha uma família grande, composta por cinco filhos e, pelo visto, amava a sua esposa, Renata, demonstrando viver em perfeita sintonia, harmonia e de bem com seus familiares, pelo menos foi a imagem que mais marcou nessa trajetória desse trágico acidente aéreo que tirou a sua vida.
O IMPACTO POLÍTICO - Inegável também não reconhecer, o impacto político que vai ficar, como um homem público exemplar e um político hábil, astucioso, articulista e que sabia perfeitamente o que queria e, no inconsciente coletivo da população brasileira, nas mentes sempre vão ficar plantadas frases do tipo "NÃO DEVEMOS DESISTIR DO BRASIL", entre tantas outras, que com certeza servirão de mote para o restante de sua campanha, que terá em sua candidata à vice, Marina Silva, a continuidade de seu legado político e quem, sabe, vir a ser eleita a sucessora da Presidente Dilma Roussef.
O PODER DE INFLUÊNCIA DE QUEM MORRE - É bem mais fácil ser eleito com a influência de um político morto, com uma história e o legado de Eduardo Campos, que se vivo ele estivesse. Mesmo assim, aqui em Pernambuco, ele teve a grande façanha de eleger o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, que ninguém sabia quem era e, por tabela, pretendia eleger Paulo Câmara à sua sucessão em Pernambuco, o que seria tarefa mais difícil, coisa que nem mesmo ele morto, será fácil de vir a acontecer, mas no caso da presidência, mesmo que seja trágico, mas o fato novo na política nacional, indubitavelmente, foi a sua morte, que poderá com certeza eleger Marina Silva a próxima presidente da República Federativa do Brasil. É esperar para ver a oscilação dos números, pois a vida continua e a política, mesmo nesse estado de comoção e tristeza, tem que seguir em frente, pois é assim a letra dura e fria da lei.
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