ESPAÇO POEMANDO
TUDO SE VAI TÃO DE REPENTE
Manoel Modesto
Ao
Sol que quedante ao ocaso
Vai lenta
e vagamente se pondo
De
ofuscares e reluzentes luminares,
Que
em brumas escuridões se esconde.
Eram
tardes belas esvoaçantes
Depois
vinham noites dançantes
Pungidas
por festas alegres e possantes
Que me
enchiam de olhos brilhantes.
Qual
não foi meu passado lá atrás
Que
nesta vida não volta mais
Lembranças
ingênuas onde jamais,
Não
robustecem meus fluidos mentais.
Mas
como neste mundo a navegar
Andando
não sei aonde vou chegar
Só o
que posso dizer é apressar
Os
passos que a vida me dar.
Quisera
ser Deus e retornar
Para
em novo caminho realinhar
Mudar
tudo que não realizei
E
ter uma vida de amor terno que tanto sonhei.
Sei
ser tudo agora impossível
Não
adianta mais lamentar
O
que foi não mais é risível
Então
deixa tudo como estar.
Não
dá mais nessa altitude nebulosa
Querer
um amor sincero para amar
Dá
vida só se vai ficando desesperançosa
E
velozmente não se pode mais pensar em sonhar.
Com
esse curto lapso temporal passado
Se
esperar mais o que da vida?
Vale
à pena mexer e ter somente dor e ferida?
Aonde
as asas aladas tudo vai levando ao firmamento!
Mas
é chegado um momento
Que
ao sabor da direção do vento
Cada
um vai se dilacerando aos poucos,
Como
se esta vida fosse só um mundo de loucos.
Não
persiste mais o alento
Mesmo
assim se vive num tormento,
Que
num findar de um lamento
Se
fecha os olhos e tudo desaparece no tempo.
Oh! –
Dor amarga e ferina
Que
vida horrorosa que amofina
Na
derradeira lágrima divina
Não
mais existe uma flor, só mesmo vida que termina.
Depois
de tudo que se viveu
Ninguém
ainda aprendeu
Que
num apagar se arrefeceu
E
assim tão de repente, tudo na vida escureceu.
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