APÓS A ELEIÇÃO, É HORA DE SE
COLOCAR OS PÉS NO CHÃO NUM PAÍS DIVIDIDO
A eleição da Presidente
Dilma, não significa em dizer que necessariamente, entramos numa fase Céu de
Brigadeiro, porque a vitória dela saiu de um país praticamente dividido e indignado,
pela forma como vem sendo conduzida à política e a administração pública em
todas as esferas, quer do Planalto à Planície. Por isso mesmo, em termos de
exaltação, não há muito para se comemorar, pois se não se fizerem as reformas
mais urgentes e inadiáveis, ninguém poderá predizer quais rumos tomará a nossa
Nação. Se o povo estava indignado e perplexo, diante dessa grande bandalheira,
com a vitória apertadíssima da presidente Dilma Rousseff, não significa em
dizer, que as coisas vão ficar às mil maravilhas, pois existem muitas coisas a
ser consertados e muitos dos males, devem impiedosamente ser cortados pela raiz
para que possamos ter um país melhorado, eficiente nos serviços a que se propõe
prestar à população, sem o que, poderá haver uma leva incontrolável de muitas
turbulências, podendo até, vir a ser alvo de um golpe militar, coisa que
ninguém quer e, via de consequência, uma provável guerra civil, pois o povo já
não aguenta mais nem uma ditadura militar, tampouco a continuidade da
bandalheira implantada pelos governantes anteriores, entres estes, o próprio
PT.
Ninguém de sã consciência pode vir a desconsiderar, o recado
vomitado das urnas. E estas com toda certeza, mandaram um recado claro e direto
aos nossos governantes, de que não querem a continuidade da forma como vem
sendo conduzida a nossa política, por isso mesmo é que, muitas mudanças devem,
por imposição do recado do povo, efetivamente virem a ser processadas, senão o
país poderá chegar a se transformar num verdadeiro caos jamais esperado, como
sempre acontece; quanto os governantes perdem o controle de suas atitudes,
deixam que as coisas rolem como bem entendem seus prepostos e aí, a corrupção,
a ladroagem, a máfia engravatada, é quem vão dar as cartas e, fora de um
rigoroso controle estatal, não há quem mais venha a controlar uma debandada
desenfreada de um movimento social amplo gritando por mudanças que não podem
mais esperar que estas venham a se tornar uma realidade palpável. Então que a
vitoriosa não fique somente em estado de graça, de alegria e imaginando que
tudo é ou será um mar de rosas, porque não foi bem assim que demonstrou o
recado vindo das urnas, tampouco é isso que demonstrou o povo com a sua
indignação com uma Nação dividida praticamente meio a meio. O momento, após o
êxtase da vitória, é de se repensar o país com muito cuidado, buscar através de
gente capaz, que tenha méritos e um histórico de vida, para que a estas se
junte para proceder as mudanças das quais nosso país tanto reclama, precisa
urgentemente, e que nada vem se fazendo.
Nesse caso em particular, não pode a vitoriosa se embevecer
pela graça de mais uma vitória, porque esta pode não representar a verdadeira
vitória, mas um recado, um puxão de orelhas, para que ela daqui para à frente,
busque governar efetivamente sem os mesmos vícios, que não é só um mérito do
PT, tampouco da Presidência da República, mas de todas as partes do país, e é
nisso que o povo está focado para que as mudanças venham de verdade e não
meramente, por impulso de um discurso momentâneo, no calor das emoções de uma
vitória, que se bem se aprofundar no desenrolar dessa campanha de dois turnos, pode
se considerar como uma “vitória de pirro”, porque a batalha, o esforço foi
grande para que Dilma Roussef viesse a ser reeleita a nossa presidente para um
mandato de mais quatro anos. É mais do que claro, que o povo, como protagonista
deste processo, com toda certeza, vai cobrar muito mais do que procurou
expressar durante os dois primeiros turnos das duas campanhas eleitorais, que é
um dever e obrigação, a própria sociedade se organizar e também, como partícipe
de todo esse processo, venha mais ativamente a partir e sempre cobrar mais dos
eleitos, sejam eles corruptos, que tenham comprado seus mandatos à peso de
ouro, porque ninguém está mais querendo saber de conversa fiada e de lorotas,
de políticos que só adquirem seus mandatos populares mesmo, para obterem
facilidades e tirarem vantagens econômico-financeiras com o poder de seus
cargos, que conquistados com o voto popular, mesmo que comprados, ninguém dá
uma procuração em branco a quem quer que seja, para ser roubado, usurpado
escandalosamente. A gente vota em alguém, lhes outorga poderes, não para nos
ROUBAR, mas sim, para trabalhar em benefício do povo com o que efetivamente
lhes é seu. Por isso mesmo, é que a vitória de Dilma Rousseff, no meu entender,
de acordo com o andor da carruagem, não passou mesmo de uma “vitória de pirro”,
acaso ela não venha a atender os reclamos populares, sob pena de vir a sofrer
as consequências de uma revolução social de iniciativa da própria população,
pois foi esse o recado vomitado das urnas.
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