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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O RESULTADO DAS ELEIÇÕES DO PRIMEIRO TURNO, SÓ DEMONSTRA A VOLATILIDADE DO ELEITORADO BRASILEIRO, A INSEGURANÇA, A VULNERABILIDADE, O PODER ECONÔMICO COMO FATOR DECISIVO E A INDECISÃO NA HORA DE VOTAR

ELEIÇÕES DE PRIMEIRO TURNO, UMA ANÁLISE POLITICAMENTE INCORRETA


    Infelizmente pelo resultado de nossas eleições de primeiro turno, só vem a demonstrar mesmo, que a maioria de nosso povo, não está devidamente preparado para fazer as melhores escolhas políticas para comandar os seus destinos e o futuro de nossa querida Nação. A volatilidade de oscilação da vontade popular, principalmente no que diz respeito às escolhas dos candidatos presidenciais só veio mesmo a demonstrar essa insegurança da população, que de uma ora para outra, assim num abrir e fechar de olhos ou no passar de uma nuvem, a tendência mudar assim de repente de uma candidatura para outra e, a que se imaginava tirar de letra numa provável disputa num segundo turno, vem a ficar de fora, pelo domínio da incerteza e do medo incutido na mentalidade do povo brasileiro, em que Marina Silva inicialmente, logo após o trágico acidente de Eduardo Campos, a menos de 50 dias para às eleições de primeiro turno, que aparecia no topo em todas as especulações numéricas de pesquisas eleitorais e Aécio em minguado terceiro lugar e, com o desfecho de ontem, saído de primeiro, passando para a segunda colocada na intenção de votos e terminando por empático técnico já no finalzinho, eis que de repente, por alguma razão dessa incerteza e volatilidade do eleitorado, Dilma Rousseff consegue o primeiro lugar com 41,59% dos votos válidos, equivalente a 43.267.438 de eleitores; Aécio Neves, com 33,55%, equivalente a 34.891.196 e, Marina Silva, em terceiro lugar, com um índice de 21,32%, o equivalente a 22.176.613, o que sacramentou o direito de Dilma Rousseff e Aécio Neves virem a disputar o segundo turno em 26 de novembro do ano em curso. Será praticamente uma nova eleição e, para quem a maioria do eleitorado de Marina Silva pender, com certeza será o divisor de águas nesse segundo turno que se avizinha para à eleição do futuro ou da futura presidente. A questão que é de se lamentar, é a falta de uma maior análise e poder captar na mente de cada um, o que é verdadeiro ou falso naquilo que cada candidatura procura jogar através dos meios midiáticos de propaganda degenerativa, coisa que nosso povo ainda não aprendeu a ter o devido discernimento na hora escolher e de votar.
     Nas eleições dos estados da federação, a mesma volatilidade de indecisão do eleitorado se repetiu. Com relação ao meu Estado de Pernambuco, não necessariamente nessa ordem, mas com a trágica morte de Eduardo Campos, o fator emocional pode ter sido decisivo para a eleição de Paulo Câmara, que de quebra arrastou a eleição de seu senador, Fernando Bezerra Coelho, o que pode representar uma incógnita, mas pelo que se soube, quando o seu criador ainda estava vivo, se chegou até mesmo a cogitar a mudança de seu nome por um outro, em face de ter estacionado num baixo patamar nas pesquisas eleitorais logo no início, em que Armando Monteiro aparecia como imbatível nas pesquisas de intenção de votos. Veio à eleição de ontem e, como já era de se esperar, Paulo Câmara foi eleito governador logo no primeiro turno, com um percentual de votos válidos, de 68,08%, o equivalente a 3.009.087 e, seu oponente, Armando Monteiro, obteve 31,07%, o equivalente a 1.373.237, uma diferença pro Paulo, de 1.635.850 de votos e, como é de praxe o eleito sempre leva à tiracolo o senador, como de fato aconteceu com Fernando Bezerra Coelho, que obteve um percentual de votos válidos de 64,34%, o equivalente a 2.655.912, enquanto seu oponente João Paulo, 34,80%, o equivalente a 1.436.692, uma diferença pro Fernando, de 1.219,220. Em Pernambuco, mesmo depois de morto, o fenômeno Eduardo Campos, com toda certeza, ainda foi fator decisivo na vitória de Paulo Câmara para Governador e de Fernando Bezerra Coelho para senador. Talvez se tivesse vivo, tudo isso pudesse ter se repetido, talvez não tanto assim com essa facilidade, mas poderia ter sim eleito seus candidatos da mesma forma que elegeu Geraldo Júlio, Prefeito do Recife em 2012. Por seu turno ainda, se tivesse vivo, a cena de segundo turno presidencial talvez não fosse essa que se definiu ontem pelo eleitorado, que poderia ser ele, Eduardo e Dilma Rousseff a disputar o segundo turno das eleições presidenciais, isso porque, como articulista política, com toda certeza, era uma grande mestre, tinha uma performance indutora, e sabia o caminho das pedras na seara da política pragmática na praxe.
   Quanto ao nosso Município de  Buíque, o cenário nos parece a princípio um tanto quanto estranho e nos dá uma certa insegurança e dificuldade para fazer uma análise mais aprofundada pela inversão que as urnas eletrônicas nos mostrou com os resultados de ontem. Primeiramente, de forma inversa, com o apoio do atual prefeito e do ex-prefeito, Arquimedes Valença, quem ganhou em Buíque, mesmo sem palanque ou então tinha um palanque invisível por baixo dos panos, quem ganhou foi Armando Monteiro, que obteve 10.682 votos válidos, contra 8.300 de Paulo Câmara, que pela lógica, era para ter ganhado em nossa terra. Já o senador João Paulo, obteve a marca de 10.054 votos válidos, enquanto Fernando Bezerra Coelho, 8.119, votações praticamente semelhantes tanto para governador, quanto para senador, quer dizer, cientificamente, não dá para explicar, agora politicamente, alguma coisa fedeu por baixo dos panos, pois como se explicar o atual prefeito e um ex-prefeito apoiarem as mesmas candidaturas em Buíque e estas virem a perder para os derrotados no Estado, hem? – Outro fator interessante, foram as candidaturas de deputados, pelos apoios de “certas lideranças” que tinham em campo em nossa terra. Na esfera federal, Zeca Cavalcanti, apoiado pela Vice-Prefeita Miriam Briano, embora fosse um nome conhecido na região, pelas gestões administrativas que fez em dois mandatos como prefeito de Arcoverde, em que adquiriu a fama de bom administrador, obteve 4.295 votos, enquanto que, André de Paula, candidato do atual Prefeito Jonas Neto, chegou à marca de 3.615 votos e um tal de Fernando Monteiro, que ninguém o conhecia ou sabia de sua candidatura, obteve 1.319 votos. Das candidaturas a deputados federais apoiados pelo prefeito e vice-prefeita, se esperava um melhor desempenho, mas pelo menos chegaram aos primeiro e segundo lugares. Já na seara de disputa estadual, Júlio Cavalcanti, apoiado pela Vice-Prefeita Miriam Briano, que na eleição passada obteve em torno de 4 mil votos, na atual, ainda apoiada por esta e pelo prefeito Jonas Neto, só chegou mesmo a obter em torno de 4.705 votos, quando era esperado uma votação além dos 7 mil, o que não veio a acontecer. Mas a surpresa mesma, ficou por conta do menino Paulinho Tomé, que através de um dos maiores investimentos já feito numa candidatura a deputado estadual em Buíque, tanto de estrutura, de logística e de dinheiro, chegou a ficar em segundo lugar com 3.615 votos e, em terceiro lugar, o estadual de Arquimedes Valença, com 1.160 votos, que determinou com clareza o peso político que ele no momento tem em Buíque, que apesar de ter se vestido de branco, pintou a cara de vermelho, votou em Dilma e ninguém sabe ao certo se votou também em Paulo Câmara, essa é a questão. O que se pode dizer dessa eleição, a lição que se pode tirar, que mesmo o voto comprado, manipulado, obtido através da coação, não se pode dizer que se pode manobrar de verdade a todo o eleitor, prova de que, quem ganhou aqui foi Armando Monteiro e João Paulo, quando se esperava a vitória de Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho, já que em tese, eram apoiados por gente de peso, o que significa em dizer, que isso foi um claro recado aos nossos políticos. Outra mais, quando se imagina que dinheiro compra uma campanha, a exemplo da de Paulinho Tomé, que apesar de ter obtido 33.013 votos fazendo uma campanha milionária, bancada pelo seu pai, amargou uma derrota, o que era de se esperar, mas ainda ficou em 57ª colocação, quer dizer ainda é um suplente de deputado estadual. A lição que fica, é a de que, nem sempre o povo está prontificado a vender o seu voto por ninharias quaisquer ou ser manipulado por cabos eleitorais picaretas, que recebem montanhas de dinheiro e depois fazem de conta que compram o voto do eleitor e este, faz de conta que vota, mas no frigir dos ovos, uma grande parte ainda é venal e o exemplo está estampado na cara de Buíque, o que só vem mesmo mais uma vez a nos envergonhar, mas que na minha opinião, um recado aos nossos políticos atuais ficou dado, coisa que deverá ser absorvida como uma lição para muitas coisas venham a seguir novos rumos na política e de que nem tudo está certo como se imagina.

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