QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

JUIZ DE DIREITO NENHUM, PODE ARVORAR-SE DO CARGO DE FORMA AUTORITÁRIA, PARA DE RÉU PASSAR À VÍTIMA E, POR CIMA DE TUDO, AINDA TER CORPORATIVAMENTE UMA SENTENÇA FAVORÁVEL A NÍVEL DE INSTÂNCIAS SUPERIORES, ENTÃO A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR, É A DE QUE, CADÊ O CNJ PARA PUNIR ESSE JUIZ DELINQUENTE INFRATOR?

ERAM DEUSES OS JUÍZES OU O SÃO REALMENTE?

A PLEBEIA E O JUIZ
        Há muitos anos atrás, existiam muitos poucos poderosos, que se diziam deuses ou filhos diretos de deuses e que todos os demais, a plebe ignara, deveria obedecer a todos as ordens de tais pessoas que tinham origem em castas divinas e essa obediência tinha que ser cega, inquestionável, sob pena de pagar até mesmo, com a própria vida a desobediência e rebeldia contra um senhor todo poderoso da fidalguia. Mas fico agora a me perguntar a mim mesmo, será que esses tempos de divindades já passaram com essa avassaladora evolução, ou em muitas mentes neste mundo dito modernista para uns, e pós-modernistas para outros, já se dissiparam em nome da “Liberté, Egalité e Fraternité, temas principais da Revolução Francesa e do Renascimento cultural (o Iluminismo), se esvaíram nas nuvens com a noção de uma nova mentalidade que a partir daí se disseminou por todo o mundo como uma praga de liberdade, igualdade e fraternidade, ou ainda permanecem resquícios visíveis e distorcidos no mundo atual em que vivemos, daqueles anteriores imemoriais tempos absolutistas dos deuses-reis? – Acredito piamente que sim, e um dos exemplos maiores que se pode ter com toda certeza, é o fato de que, até mesmo uma simples “autoridade” qualquer, busca se valer desse estereótipo moldado num modelo arcaico da Idade Média, e por isso mesmo presumem tudo poder fazer, quando na realidade, de conformidade com nossa própria Constituição Federativa do Brasil de 1988, ninguém pode ser tratado desigualmente quando igualmente o império constitucional determina igual tratamento para quem quer que seja. Nessa linha de raciocínio, não existem mais reis absolutistas, mas a mentalidade presumivelmente absolutista e os cartéis corporativistas ainda detém grandes poderes concentradas em mãos indevidamente preparadas para o exercício de determinados poderes, que lhes são outorgados de uma forma ou de outra, por isso mesmo, é que mentalidades desse tipo devem ser veementemente combatidas e varridas de vez do pensamento filosófico moderno ou pós-modernista, sem os resquícios de um não muito longínquo passado que ainda mantém as suas manchas autoritaristas do absolutismo de poder de mando.
     Exemplo maior de execrável e repugnante mentalidade retrógrada medieval, foi equivocada e reprovavelmente dado, por um Juiz de Direito, que apesar de ser autoridade de magnânima significância no estamento social, ele não provém de nenhuma divindade e, como todos nós, seres humanos comuns e vulneráveis, não poderia extrapolar de suas atribuições constitucionalmente permissíveis, pois quem mais tem que respeitar as leis, é justamente quem estas tem por dever e obrigação de bem aplica-las. Esses abusos de autoridades, por mais simples que venham a ser, como um soldado, até um guarda-municipal, às vezes até, no afã de usar um mero fardamento, se acham o máximo, em suas próprias insignificâncias e como autoridades escalonadas em maiores graus, costumam também darem as suas carteiradas, do tipo: “você sabe com quem está falando?” – Pois bem, o fato do qual estou a relatar, não se trata de uma simples “otoridade” de um escalão lá de baixo não senhor!, mas sim de um Juiz de Direito, que dirigindo seu carro de forma irregular, sem portar documentos, com vestígios de embriagues, numa blitz de trânsito, foi parado normalmente por uma agente do Detran do Rio de Janeiro, em 2011, que ao fazer as averiguações de praxe concluiu que o veículo estava completamente irregular, impedido portanto, de trafegar normalmente, pois além de falta de emplacamento, a nota fiscal do veículo estava vencida há mais de trinta dias, prazo preclusivo para o emplacamento de veículo novo, mas a servidora, Luciana Tamburini, disse ao condutor que teria que rebocar o veículo, porque do jeito que se encontrava não poderia trafegar no trânsito pelas inúmeras irregularidades detectadas, além de perceber que o motorista estava embriagado, infringido, desta feira, a Lei Seca, o que redundaria em prisão do referido condutor, mas em determinado momento, saiu do absolutismo de seu poder de Juiz-Deus e disse, você sabe com quem está falando? – Eu sou Juiz de Direito!, momento em que a jovem agente de trânsito, em pleno e legal exercício de seu ofício, disse-lhe de pronto: “O senhor é Juiz, mas não é Deus!”, sendo isso o bastante e suficiente, para que o Juiz, de infrator, passasse à vítima e deu voz de prisão à jovem plebeia que estava pura e simplesmente cumprindo com o seu dever e obrigação, na condição simplista de agente de trânsito do Rio de Janeiro e, invertendo-se os papeis, ao invés de ser preso o Juiz de Direito, quem veio de fato a ser presa, foi a pobre plebeia agente carroçável de trânsito do Rio de Janeiro, o que por isso, lhe custou uma condenação corporativista dessa Justiça capenga de dois pesos e duas medidas, ao pagamento de 5 mil reais ao Juiz de Direito, a título de punibilidade pecuniária, o que é inadmissível num Estado Democrático de Direito, quando a inversão de valores ganham contornes e pesos diferentes no nosso ordenamento jurídico. E aí eu pergunto, para que serve a nossa Constituição, especialmente na questão dos Direitos e Garantias Fundamentais preconizados no artigo 5º, hem minha gente? – Pior é a confirmação da sentença dessa excrecência jurídica corporativa, ser referendada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que envergonhou nossa Justiça e nosso Brasil, porque se não tivesse caído no conhecimento da mídia, que sempre tem tido um papel de condenar inocentes, nesse caso específico pelo menos, valeu sua grita em favor da plebeia agente de trânsito, que comoveu e revoltou toda a sociedade brasileira.
      Isso é só a ponta do iceberg do que é o nosso Judiciário e não é só no Estado do Rio de Janeiro não senhor. Esse Juiz de Direito, João Carlos de Souza Correa, que já tem mais cinco infrações e 20 pontos na carteira, envergonhou à magistratura, não é digno do cargo que ocupa, mas sim, no mínimo, de um reles delegado de polícia de quinta categoria, porque juiz de direito que se preza, não age dessa forma, mas dentro do que determina à lei, tampouco anda se expondo por aí como ele o fez. A gente sabe que muitas autoridades pintam e bordam como bem entendem. De algumas delas a gente tem conhecimento de perto, outras mais, procuram se esconder nos bastidores da discrição, mas nesse mundo de meu Deus, não existe autoridade santa, pode até existir exceções, mas de santo, não existe um sequer. Se em um estado como o Rio de Janeiro acontece uma volta medieval ao túnel do tempo, entre um Juiz e uma Plebeia, imagine na planície em que vivemos, hem minha gente! – Como não seria se acaso acontecesse por estas plagas, com certeza, a coitada da plebeia iria amargar o ardor do fogo de uma fogueira, pois existem muitos juízes e juízas completamente possuídos por crises rotineiras de juizites agudas, que dispensam tratamento ainda bem pior nas aldeias medievais para as quais são nomeados pelos reis, para desempenharam os seus ofícios de juízes ou de juízas de direito que alguns se acham de origem divina e quando muito, a própria divindade em toda sua plenitude. É duro ter que dizer isso, mas nem mesmo os advogados, tem o devido tratamento que merecem e isso é visível no desrespeito escancarado da própria Lei Mater, art. 133 e do nosso Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil – EOAB, que é também uma Lei Federal, que tanto esta, quando a própria Constituição, são desavergonhadamente maculadas e desrespeitadas pelos juízes e juízas, não digo todos, mas uma grande maioria se consideram filhos de uma divindade ou de que realmente são os próprios de verdade, disso não tenho a menor dúvida. Por isso mesmo, no mundo de aldeias medievais em que vivemos, não é nada recomendável ferir a grandiosidade de divindades de tais portes, principalmente de gente que advém da plebe ignara.

Nenhum comentário: