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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

HOJE, POR SER DIA DE NATAL, DEIXEI DE PUBLICAR A SÉRIE DO BLOG DE ENTREVISTAS COM MANOEL MODESTO E, FIZ UMA MATÉRIA SOBRE AS DÚVIDAS QUE PAIRAM SOBRE AS FESTIVIDADES DO NATAL E DAS CRENÇAS PRÓPRIAS DA ÉPOCA.

ERA UMA VEZ, UM NATAL FELIZ


        A essa altura do campeonato, não posso mais dizer, que tudo em minha vida, é uma montanha de felicidades, isso não. Na verdade, quando a gente chega a determinado ponto da vida, na fase mais dura do amadurecimento da realidade desta, a gente chega a perceber, que em parte o que ficou para trás, não passou mesmo de um mundo de ilusões e de expectativas para impulsionar à nossa própria vida, senão, sem a estrutura devida, certamente não conseguiríamos chegar até esse ponto no qual nos encontramos. Em muito a gente se ilude e deixa se levar, pelo que em determinado momento, nos jogam como politicamente correto e de que, devemos sem questionar, acreditar piamente, mas com o passar do tempo, a gente vai percebendo que nem sempre as coisas são como ilusoriamente quiseram nos fazer crer que estas são a realidade visível e palpável. Na medida que o tempo vai passado e vamos vendo as coisas à nossa volta com outros olhares, e fazendo uma análise mais aprofundada, questionando tudo que nos rodeia, é que vamos percebendo, que tudo nesta vida, pelo menos em grande parte, é recheada de farsas, mentiras, que nos incutem na mente, somente para que venhamos a acreditar num mundo imaginário que jamais existiu. É até positivo para dar vazão ao nosso ego, nos conter de determinadas armadilhas da própria vida, para que possamos chegar aonde estamos, mas na verdade, só agora é que a gente vem a perceber de verdade, que nem tudo que reluz é ouro. Uma dessas peças da vida, é o Natal, além de outras coisas que nos fazem acreditar.
        Quando criança, de infância difícil imposta pelas agruras da vida, mesmo de forma rudimentar, sempre acreditei em Papai-Noel, no menino Jesus, nesse Senhor Salvador, que morrera na cruz para salvar o mundo, mas hoje vejo, que dentro de minha visão realista, nada disso é a verdade que sempre procuram nos jogar como a versão de algo que criaram para justamente, nos fazer crer que o mundo, a nossa existência, tinha que ser permeada por essas verdades e que tais eram inquestionáveis, coisas que o tempo veio a me mostrar que tudo isso não passa mesmo de uma versão que procuram dar aos fatos e acontecimentos, que no final de contas, jamais foi condizente com a realidade da vida de cada um de nós. Acredito realmente que é deveras importante as pessoas pararem numa determinada época de final de ano, e comemorar, dentro de sua religiosidade ou de seu imaginário de que existe um Papai-Noel, justamente para uma criança se enganar que de fato existe esse bom velhinho, que inexoravelmente lhe trará um presente a cada final de ano e de que é capaz de realizar os seus mais belos e puros sonhos, o que pode ser verdade para quem nasce em berço de ouro, mas não o é, para quem vem ao mundo em condições adversas ou certamente, que nem para nascer seria de bom tamanho, porque nascer para viver uma vida de eterno sofrer, como acontece com muitas crianças mundo afora, acredito que melhor seria não nascer, porque neste mundo insensível, poucas são as pessoas que ainda olham para outra com um quê de sentimento, sensibilidade e com humanismo, porque a maioria, só está mesmo a pensar em si mesma. Por isso mesmo, nunca fui de acreditar em Papai-Noel, tampouco na crença de Menino-Jesus, que veio ao mundo como salvador da humanidade. Muito menos que ele veio através de um ventre de uma virgem, o que contraria radicalmente com o princípio do desenvolvimento biológico da vida. Essa de ter vindo através do milagre da divindade de um anjo escolhido por Deus, não dá para acreditar. Até acredito pelo que se dissemina há mais de dois mil anos, de um Jesus Cristo, como um grande filósofo, pensador, pregador e humanista, agora que veio para salvar à humanidade, tenho lá minhas dúvidas, o que é perfeitamente humano, o meu ceticismo e um direito que me assiste, se bem que, respeito todos os credos e pregações religiosas, sem nenhum demérito, tampouco busco desdenhar de ninguém, apenas tenho a minha posição formada.
        Acreditar, não acreditar, é uma questão de cada ser humano do ponto de vista de visão de mundo. A minha visão é esta, que fazer? – Quem é quem para me julgar? – Ninguém pode julgar-me, afinal de contas, quem assim imaginar, vive da mesma forma, na incerteza, tanto é, que sequer pode questionar o que acreditar e naquilo que crer, senão não é digno da fé. Mas lá dentro do fundo de meu eu introspectivo, existe um questionamento ainda maior, de que este mundo não pode ter vindo do nada vezes nada, mas sim, por meios poderosos de um grande mistério a rondar a nós todos, que pode ser até chamado de CRIADOR, ou outra denominação qualquer, mas que tudo nesta vida, teve certamente uma origem e com certeza também, uma razão para o ser e o existir, tem que se persistir, senão como se justificar se viver por um determinado lapso de tempo, fazer muitas coisas, realizar muitas outras, principalmente quem veio ao mundo para fazer o bem, como então haver alguma explicação plausível? – Claro que neste diapasão, nada pode ter vindo sem alguma razão para que tudo isso esteja acontecendo na vida de cada um de nós, então a minha razão de ser mais um cético neste mundo gigante, incomensurável, que veio através das mãos de um Criador, certamente tem uma razão de ser. Os que vieram depois e neste habitam, não somente no Planeta Terra, é outro grande mistério que ninguém, por mais estudioso que tenha sido ou seja, foi ou será capaz de explicar, eis a questão! – Por fim, tudo que aqui está na existência humana, é criação do homem, é invenção deste, assim como o Natal ou outras festividades quaisquer de épocas, porque a humanidade não pode viver única e exclusivamente de dores e sofrimentos, tem que acreditar em alguma coisa para continuar e perpetuar a sua própria existência, mas essa época para mim, deixou de ser há muito tempo, um momento especial em minha vida, que foi noutros grandes momentos em que vivi. Pior é que nesta época, muitas mesas estão fartas, sobra comidas e bebidas, enquanto outras, nada tem, e isso é que nos faz vez uma festividade, que embora de sua emotividade de muitos, é também, de infelicitação para outro tanto de pessoas que sequer tem um naco de carne para comer nem mesmo em um dia de Natal.

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