BUÍQUE PERDEU UMA GRANDE CHANCE DE TER UM
GRANDE PREFEITO
Não por que seja meu irmão,
mas Miltinho Modesto, por ser o primogênito de minha família, sempre foi
responsável praticamente por tudo em nosso desenvolvimento e sempre foi uma
pessoa ligada à família. Homem de fibra, trabalhador, sério, honesto, de
caráter e honrado, nunca foi um sujeito que tenha ganho na vida, além do que
veio através de seu suor, vindo de pesados e cansativos trabalhos que sempre
pautou toda a sua vida. Quem conhece a história de Miltinho, sabe perfeitamente
do homem que sempre foi por toda a sua vida e ainda continua sendo. Não chegou
a enriquecer, mas sempre tudo que chegou a ganhar o foi de forma honestamente.
Tem o suficiente para viver com dignidade a terceira idade, não tão bem quanto
deveria ser, mas tem. Não tem um carro do ano, mas tem o seu próprio carro de
alguns anos atrás que dá perfeitamente para andar e uma casa que adquiriu, foi
financiada pelo sistema financeiro e ainda paga prestações desse financiamento
da casa própria. Daí dá para se vê, que ninguém com muito trabalho, conquista
as coisas assim de repente, como que se estas viessem a cair do Céu, mesmo
fazendo parte do mundo empresarial de Arcoverde, onde existem muitos de seus
pares, que estão podres de ricos, mas a exemplo de muitos outros lugares dessa
circunvizinhança, existem muita coisa a ser explicada na questão do acúmulo de ostentação
de riquezas, porque tem gente que do nada amanhece do dia para noite,
esbanjando uma riqueza que jamais imaginou na vida. E se partir para o lado da
política, nem se fala. Mas tanto de um lado quanto de outro, de um modo geral,
como no dito popular, parece que o mal adquirido, é maldito e tudo termina um
dia, por desaparecer como fumaça.
Miltinho na década de 90, foi presidente do Esporte Clube de
Arcoverde por duas vezes consecutivas e chegou a fazer grandes eventos e
reformar como nunca dantes vista naquele clube social da elite falida de Arcoverde,
que anos depois, ao retomar a direção do tradicional clube arcoverdense, o
quebrou em bandas e entregaram-no de mãos beijadas para o Município de
Arcoverde. Mas aquele Clube associativo, teve um grande presidente que chegou a
mudar a sua face e o seu estilo dinâmico de gestão sem interesse de embolsar o
que não lhes pertencia, como supostamente acontecia com várias outras gestões,
que levavam a entidade sem fins lucrativos, como casa de mãe-joana. Diante
dessas inovadoras gestões, que de certa forma, a elite falida de Arcoverde
nunca esteve nem aí, mas quando se tratava de colher os louros e aparecer,
todos estavam presentes, mas na realidade, quem sempre executava os feitos
principais era sempre uma pessoa, no caso, o órgão diretivo da associatividade,
nas mãos do presidente. Também naquele clube, chegou a promover grandes eventos.
Miltinho pelos seus feitos em Arcoverde, pela sua visão desenvolvimentista
quando chegou no atrasado e esquecido Bairro de São Cristovão da época, lá pela
metade da década de 70, pelos seus feitos de lá para um certo tempo, chegou a
receber por proposta do saudoso vereador João Belarmino Filho, da Casa James
Pacheco, a comenda de “Cidadão Arcoverdense”, que nunca recebeu até os dias
atuais, mas consta nos anais daquela casa que ele é também cidadão arcoverdense,
mesmo sem nunca ter esquecido de suas raízes dessa terra. Mesmo morando em Arcoverde,
nunca se descuidou de Buíque, se fez presente em sua terra e nunca deixou de
atender um buiquense que o procurava em seu local de batente, que sempre
levantava por volta de 03h30 da madrugada de todos os dias, para trabalhar, o
que vem fazendo até os dias atuais. Por volta de meados da década de 90, como
sempre acontece com todo filho de uma terra em que busca se doar completamente
a ela, tinha a pretensão de ser prefeito de Buíque. Ora, nada mais justo para
uma pessoa que sempre pautou sua vida pela honestidade, pelo bom caráter que
sempre teve e pela honradez, que são qualidades inatas a poucas pessoas,
principalmente no mundo da política e achou por bem junto comigo, formar um
partido o que foi feito, justamente para viabilizar a sua candidatura não para
fazer uma política para desta tirar indevidas vantagens, para usá-la como meio
de servir ao seu povo buiquense.
Nos juntamos com um grupo de pessoas, cerca de dois anos antes
das eleições de 1996 e formamos um partido. Dessas pessoas, grande maioria, só
queria mesmo enrolar e tirar proveito de sua condição de pessoa bem
intencionada e com isso, ganhar dividendos políticos futuros e lhes arrancar
recursos que vinham de sua própria atividade, o que veio depois, a abalar o seu
próprio patrimônio, mas mesmo assim, ainda continua sobrevivendo condignamente
e sempre trabalhando duro, apesar de já se encontrar na terceira idade e ter se
aposentado. Ser prefeito de Buíque com um lema inovador de por “UM BUÍQUE DE
CARA NOVA”, era seu maior sonho, mas diante das maracutaias engendradas,
articuladas nos bastidores, à traição, como sempre foi próprio de determinados
elementos do grupo, depois de praticamente andarmos por cerca de dois anos por
todo Buíque, na hora exata de chegar a lança-lo candidato na condição de
disputar uma eleição, ele foi traído por pessoas de quem tanto dele usufruíram
no grupo, lhes passaram uma rasteira, obrigando-o, em contrapartida, a vir a
apoiar a outra candidatura adversária, com a qual no futuro, viria também a se
decepcionar e caiu fora também, vindo a se juntar, mas por causa de mim mesmo,
porque nunca tinha confiança, como eu também não tinha a certeza cega, de apoiar
esse último atual gestor, que por não concordar com as suas práticas políticas
nocivas ao nosso povo, resolvi abri mão de continuar hipotecando o meu apoio,
que na verdade, ele só precisou quando estava na pindaíba. Mas deixa estar. A
questão que quero demonstrar, é que, por interesses escusos da própria política
da gandaia, quando a gente estava pensando em levar adiante um projeto político
sério e puro, os outros queriam era a mesma política de sempre. Com isso quem
ganhou mesmo foi um vereador, que mancomunado com um parente meu, nos tomou o
partido político, se candidatou, usou o nome de Miltinho por todo o Buíque e
veio a se eleger pela primeira vez. Se acaso a gente tivesse tido o jogo de
estratégia na época, Miltinho tinha se candidatado a vereador, teria com
certeza sido eleito, abriria com o candidato eleito depois, teria feito
oposição e se habilitaria, com uma vereança séria e atuante, a ser o próximo
candidato e teria mudado o rumo da nossa história, o que infelizmente não
aconteceu e passamos por péssimas gestões e chegamos a uma outra não muito
diferente daqueles que estão no pedestal de piores gestores públicos de Buíque.
Com Miltinho prefeito de Buíque, o que infelizmente não aconteceu, com o seu
lema de “BUÍQUE DE CARA NOVA”, com certeza nossa terra teria ganho e muito, mas
com isso, nosso povo, por uma estratégia da picaretagem da política, perdeu a
chance de ter tido um grande administrador, um prefeito sério, honrado,
presente e honesto em sua história. Reescrevê-la, ainda podemos, fazendo na
próxima eleição de 2016, as escolhas certas, tanto para prefeito, quanto para
vereadores, porque a continuar com esse pessoal que está no poder de mando,
nunca vamos mudar essa política degenerativa, imoral e corruptiva que estamos
fadados a aceitar, não de boca fechada, mas de boca no trombone, como venho
diuturnamente fazendo. Aliás, dessa atual gestão, mesmo tendo sido “aliado” de
primeira hora, sempre fiz minha críticas e sempre tive minhas restrições como
as coisas vieram sendo conduzidas mesmo antes assumir a sua ascensão ao cargo,
como as decepções não podem perdurar para sempre, há sempre tempo para mudar.
Nomes? – Muita gente tem se perguntado, mas se olhar bem, a gente ainda tem
grandes nomes para dirigir este município com a seriedade e honestidade que
nosso povo bem merece, para mudar essa mesma mentalidade de sempre se tirar de onde
não deve, pois a política não é um meio de enriquecimento ilícito, mas sim, de
servir ao povo, é este o nó da questão quando alguém se queda para o lado da
política. Quem quiser ganhar dinheiro, que vá trabalhar duro na indústria, no
comércio ou noutro ramo de atividade qualquer, porque a política, embora
distorcidamente usam-na para tirar do povo o que não lhes pertence, não é uma
opção para quem tem uma mentalidade doentia de sempre se aproveitar
indevidamente do que não é seu de direito. A política é para servir, não para
se servir.
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