BAR DA ESQUINA
Famoso Bar do Papa, em Pesqueira, que muito frequentei. |
Manoel Modesto
A rotina da vida
Repousa
Dormita
Nos fins de semana
No bar da esquina
Numa mesa qualquer
Com amigos dispersos
Perdidos num universo
Das coisas vividas
Na alma sentidas,
Da vida sofrida.
No bar da esquina
Esquecemos a rotina
O feijão, o arroz
O leite dos meninos
E fartos de faustos
Alegres, contentes
A solução
Nos vem à mente
Da fome, da miséria,
Da inflação galopante
Vislumbrando nas esquecidas
têmporas
Um mundo onde tudo,
Seria uma bela quimera.
No bar da esquina
Dormita o sonho
O homem, a vida
Nos fins de semana,
Não tem inflação.
NOTA:
Poema de minha vida de boêmio, escrito por mim e publicado no segundo meio de
divulgação que fundei em Buíque, no Jornal intitulado, A VOZ DE BUÍQUE, que tratava de assuntos ligados à sociedade, à
cultura e com uma apimentação na crítica política da época. Esse poema foi
publicado na edição nº 13, do mês de maio de 1991, que era editado numa gráfica
de Pesqueira-PE, já não na da Diocese, mas de um amigo conhecido por Zé Carlos.
Só sei que, até carreira de político, já cheguei a levar naquele tempo por
causa do jornal, mas nunca abdiquei, amofinei ou murchei no tom das minhas
críticas e da minha forma de pensar.
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