UM DIA, AINDA
VOU À CHINA
Cidade de Xangai, à 1.318 km de Pequim. |
Jamais em toda minha vida,
houvera pensado em ir à China de Mao Tsé-Tung, o grande líder chinês que
governou aquele grande pais com mão de ferro e comandou a chamada revolução
cultural, na consolidação do sistema de governo comunista. Na verdade falar de
comunismo na China não é nenhuma novidade, para um povo que sempre teve seus
costumes fincados na disciplina chinesa e na subserviência imperial que antes
desse novo regime sedimentou os costumes daquele povo. Um dos principais pontos
da China, indubitavelmente, é a grande Muralha, que atingiu o seu auge na
dinastia Ming, no Século VI e somente em 2009, foi divulgada a sua extensão de 8.850
km, o que certamente foi fruto de muito trabalho escravo e ao preço de muitas
vidas. Segundo historiadores, fragmentos da história da China estão registrados
em documentos que distam do Século XVI a.C. em diante o que demonstra ser
aquele país uma das civilizações mais antigas do mundo com existência contínua.
Por seu turno ainda, alguns estudiosos, entendem que a civilização chinesa
surgiu em cidades-Estados no vale do rio Amarelo e o ano 221 a.C. costumava ser
referido como o momento em que a China veio a ser unificada na forma de um
grande reino ou império, apesar de já haver vários estados e dinastias antes
disso. As dinastias sucessivas se desenvolveram em sistemas de controle
burocrático que permitiriam ao imperador chinês administrar o vasto território
que viria a ser conhecido como a China. O que se achou por bem se chamar
civilização chinesa se deu por imposição forçada de um sistema de escrita
comum, pela dinastia Qin, no século III a.C., e pelo desenvolvimento de uma
ideologia estatal baseada no confucionismo, no século II a.C. Politicamente, a
China alternou períodos de unidade e de fragmentações. No decorrer dos tempos,
com várias imigrações do mundo asiático, e mais tarde algumas levadas da Europa
por ondas de sucessivas de imigrantes, fundiram-se para criar a imagem da atual
cultura chinesa. Pequim é sua capital, ostentada no momento atual, pelo misto
do desenvolvimento capitalista, mas com a mão de ferro do sistema político do
Partido Comunista Chinês, que se consolidou como sistema de governo daquele
país. No meu entender, apenas mudou de nome, de um império, para um modernista
sistema de controle de seu povo, em que se fundem o domínio comunista imperial
de um lado, com as vantagens capitalista de desenvolvimento de outro, só que,
lá tem o diferencial de que se está vivendo num mundo de estruturação
diferenciada de nosso modo de vida. A disciplina existe até mesmo para o
direito de nascer, isso em função do grande número populacional do país, que já
beira a casa de quase 1,5 bilhões de pessoas, sendo a maior do Planeta, então
tem que haver mesmo um controle de nascimento, porque a deixar a coisa correr à
solta, com certeza a população chinesa hoje seria o dobro.
Está aí um país que gostaria de conhecer, porque tem um rica
cultura, uma história fenomenal, completamente diferente da história de
formação das civilizações ocidentais, que hoje, em face de seu alto índice
estatístico populacional, se viu na obrigação de aderir ao mundo capitalista de
aceitação de investimentos de várias partes do mundo, principalmente dos
Estados Unidos, país de quem eram inimigos há alguns anos, mas tanto um quanto
o outro, tem interesses comuns. A china quer o dinheiro dos americanos e os
americanos, tirar vantagens com seus produtos mercantilistas numa vasta
população consumista, se bem que, não é isso que ensina o sistema comunista de
conduta de vida, mas no mundo atual, nem mesmo a China pode ser dar ao luxo e
viver em seu mundo plantado na revolução cultural de Mao Tsé-Tung, porque não
há como se viver numa redoma, fechada para o restante de um mundo globalizado.
Agora de uma coisa podem ter certeza, com toda essa tentativa de colocar o
sistema político chinês com o capitalismo, isso nunca vai acontecer, muito
menos se falar em democracia e alternância do poder, isso porque, a cultura
deles é bem diferente da nossa e jamais admitiriam abdicar do poder do partido
único, para uma democracia nos moldes das ocidentais, incompatíveis que são,
com o modelo por eles adotado, muito menos com a corrupção, tão comum no mundo
ocidental. O capital para eles, com certeza é muito bem-vindo, inclusive o
Brasil está também fazendo parte dessa partilha, daí o grande expansionismo
chinês, inclusive abrindo suas fronteiras para a entrada de estrangeiros para
lá gastarem em dólares, que é isso que eles querem para poder ter condições de
alimentar a maior população do Planeta. Também lá, em face desse grande número
populacional, existe por outro lado, uma mão-de-obra praticamente escrava, em
que todos trabalham várias horas diárias, ganham aquém do que merecem e não esbanjam
riquezas além dos limites que o estado lhes permite. O capitalismo para eles é
bem-vindo enquanto lhes for conveniente, só que, o sistema político de governo,
é intocável e ninguém dá uma opinião, nem mesmo os Estados Unidos, que se
arvoram como os imperadores do mundo, o que pode até ser uma meia-verdade, porque
eles tem os seus tentáculos em toda parte do mundo, exceto na Coréia do Norte,
que aí sim, é o que eles chamam de eixo do Mundo do Mal, ao lado de outros
países do mundo árabe islamita.
É uma cultura misteriosa, advinda com toda certeza, da complexidade
de dinastias, ou quem sabe, fruto de ajuntamentos tribais asiáticos, que foram
se unificando e dando origem a esse vasto país que é hoje uma das grandes
potências mundiais. Tem mais, fazem de tudo, e em toda parte do mundo, existem
produtos chineses e, em face de sua mão-de-obra barata e escrava, praticamente
são produtos descartáveis e de pouca durabilidade, mas que estão espalhados por
todas as partes do mundo, disto ninguém pode duvidar. Se você for ao Recife,
até mesmo na feira dos camelôs lá pelas bandas do Cais de Santa Rita, ou mesmo
no centro da cidade, o que mais se vê, é produto chinês de quinta categoria.
Aliás, não precisa sequer ir ao Recife, basta ir na feira semanal de nossa
própria terra, para se deparar com vários produtos eletrônicos chineses. Todos
eles são mais baratos que os fabricados por outros países, inclusive aqui mesmo
no Brasil, mas a questão é a qualidade do produto, que pouco tempo tem de vida
útil e mais, quebrou!, pode jogar no lixo que é descartável, não tem conserto.
É isso que é a China de hoje. Um país expansionista e que está colocando os
seus produtos em todas as partes do mundo, para poder ter as condições mínimas
de alimentar a maior população do Planeta, mas como cultura, é um pais
misterioso e que um dia ainda, gostaria de conhecer. Para isso, vou ver se
aprendo um pouco de mandarim, língua predominante da China, para ver se consigo
me comunicar com eles, quando nesse passeio turístico, me encontrar na Praça da
Paz Celestial em Pequim e visitar Xangai, que fica à uma distância de 1.318 km,
e se pode viajar de trem, sem maiores problemas. Então povo chinês, até um dia
desses, que vou visitar à China. Sei que muita gente daqui de minha terra está
fazendo turismo para a Argentina, a Europa, França, Alemanha, Estados Unidos,
Austrália, Holanda, entre outros países, mas o que quero mesmo é ir à China,
porque sou fascinado na cultura asiática chinesa. O problema com o qual me
deparo, é conseguir os dólares dos quais preciso para partir para o outro lado
do mundo, eis a questão!
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