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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

domingo, 11 de janeiro de 2015

O POEMA PUBLICADO HOJE NO ESPAÇO POEMANDO, FUI BUSCAR NO FUNDO DO MEU BAÚ, DE AGOSTO DE 1973, PUBLICADO NO JORNALZINHO ARTESANAL FUNDADO POR MIM, O PLÁ DO GCG, EM QUE NESSE POEMA RETRATO UM MOMENTO TRISTE DE MINHA VIDA, QUANDO DA DESPEDIDA DE UMA NAMORADA DAQUELA ÉPOCA, QUE PARTIU DAQUI PARA OUTRO LUGAR, E O GESTO DERRADEIRO, FOI DE TRISTEZA E DE UM ÚLTIMO BEIJO DE AMOR.

ESPAÇO POEMANDO
O ÚLTIMO BEIJO


Encontrava-me encostado à porta,
Quando partistes em minha direção;
Olhava-me, desse um sorriso insosso
E uma lágrima desceu em teu rosto.

Balbuciei doces palavras em teu ouvido;
Fitei teu meigo rosto.
Que estava com expressão de tristeza
E dei um longo beijo em teus lábios carnudos.

Foi triste para nós dois aquele momento.
Acariciavas meu rosto, enquanto dizia-me amar
E eu beijava tua boca
Acalentando-a naquele triste dia...

Agora nós dois chorávamos
Seu choro transparecia em seu olhos,
Aonde de lágrimas se enchiam
E eu não queria chorar,
Nem deixar transparecer a dor,
Mas meu coração não se continha e eu chorava também.

Irias partir naquele momento,
Talvez não voltasse mais,
Quem sabe, aquele fosse o último momento para nós dois.
Então te dei um beijo ofegante, excitante e cheio de calor...
Porque, o destino dizia-me ser aquele instante
A última vez que nossas bocas se uniam...


NOTA: Poema tirado do fundo do meu baú, publicado no primeiro jornalzinho que fundei em Buíque, O PLÁ DO GCB – GINÁSIO COMERCIAL DE BUÍQUE, na edição de agosto de 1973, quando da despedida de um grande amor de minha vida, que ia para outro lugar bem distante daqui, em que retrato a emotividade daquele triste momento de despedida, entre duas pessoas apaixonadas, mas que com o tempo, tudo se esvaiu ao vento e cada um tomou rumos diferente na vida. Quem foi este amor, com certeza, ao ler este poema, certamente vai lembrar. Foi um momento curto, mas terno e de muito amor.

OBS: O PLÁ DO GCB, era produzido artesanalmente, datilografado em papel estêncil e rodado manualmente em máquina para essa finalidade. O “PLÁ”, era uma gíria da época, que significado um recado, um aviso, um alerta, coisa desse tipo para tentar despertar no alunato daquela época, sobre o valor da cultura e de nossos valores. Formei uma equipe de colegas de escola, mas quem produzia tudo no primeiro JORNALZINHO DE BUÍQUE, era eu mesmo, porque praticamente quase ninguém, se importava com cultura, leitura, ou assuntos correlatos. Na verdade, como hoje, a gente vê uma repetição do ontem, que apesar de ter sido mais responsável, mas sempre existia uma turma da bagunça que nunca queria nada com a vida.

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