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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

terça-feira, 28 de abril de 2015

CANDIDATO A VEREADOR EM 1992, PELA UPB, FRENTE QUE TINHA BLÉSMAN MODESTO NA CABEÇA DE CHAPA, NÃO LOGREI ÊXITO EM MEU INTENTO. ÀQUELA ELEIÇÃO FOI A MAIS TUMUALTUADA DA HISTÓRIA POLÍTICA DE BUÍQUE. CONTINUO NA POLÍTICA E NÃO ABRO DA PARADA, E AGORA, O SALTO POLÍTICO QUE PRETENDO, NÃO SERIA MAIS O DE VEREADOR, MAS O DE SERVIR AO MEU POVO COMO TEM SIDO A MINHA PREGAÇÃO DE VIDA POR TODA A MINHA EXISTÊNCIA.

EM 1992 FUI CANDIDATO A VEREADOR. ATUALMENTE, AINDA ALIMENTO ALGUMA PRETENSÃO POLÍTICA, AGORA NÃO MAIS COM ESSE OBJETIVO DE OUTRORA.


   Por volta do ano de 1992, fui candidato a vereador pela denominada UPB – União Por Buíque, naquela famosa eleição que na apuração deu um rebu dos diabos, até tiroteio saiu e bomba chegou a explodir no banheiro, foi realmente uma das passagens de minha vida, que marcou o meu historio de participação em eleições em nossa terra. O candidato era Blésman Modesto e, como de há muito, a gente tem ciência de que as eleições vinham sendo manipuladas pelo Juiz Eleitoral, que dava os rumos pelo seu tendencioso método de apuração que bem entendia nas juntas apuradoras, e naquela política mais uma vez não foi diferente.
    O nosso candidato, que tinha Ricardo, filho de Zé Amaro como vice, tinha por certa à vitória, contra à candidatura de Dr. Dilson Santos, que manipuladas que foram as eleições, tanto majoritária quanto à proporcional, ganhou quem bem fez determinados e espúrios “acordos” por baixo dos panos com o juiz eleitoral da época. Só sei que tinha candidato a vereador que anoitecia com as eleições ganha e amanhecia, derrotado. Era incrível a forma com foram manipuladas, àquelas eleições de 1992, entre outras. Foi uma época difícil para o grupo do qual fazia parte, porque a metodologia de apuração de uma eleição, permitia facilmente que no preenchimento dos chamados boletins de urnas, os votos pudessem ser manipulados como bem se entendesse. O importante era o somatório no final, que deveria bater com o total dos votos indicados na urna, nada impedindo que no interior desse documento, que era o vetor principal da soma geral de cada candidato, fossem alterados os votos de um para outro candidato. O importante mesmo era o total do boletim bater e conferir com a totalização dos votos de cada urna e pronto. Protestos, impugnações, dirigidos à Junta Apuradora ou ao Juiz eleitoral, de nada adiantavam, porque tanto a Junta era escolhida à dedos, quanto o juiz eleitoral era venal e partidário, daí, se ganhar uma eleição em Buíque, só dependia do juiz eleitoral, nada mais que isso.
    Candidato a vereador do lado de Blésman, não cheguei a lograr êxito, apesar de ter feito uma bela campanha em 1992, inclusive, sempre incisivo nos discursos, criticava até mesmo os meus pares, se acaso chegasse a me eleger e àqueles não agissem corretamente no exercício do mandato, como mandava o figurino. Era implacável em minhas críticas políticas, como ainda o sou. Não fui moldado, nem formatado para alisar e aceitar picaretagem política de salafrário algum. Minha visão política que aprendi desde cedo, é bem diferente da que muita gente imagina e defende, por isso mesmo, como ser diferente no momento atual? – Vereador?, não está nos meus planos jamais! - É uma pretensão descartável, mas ainda pretendo servir meu povo num patamar mais elevado, caso este queira, claro, e assim vir a fazer o diferencial político com responsabilidade, honestidade e respeito à nossa gente, que parece esquecer o que é respeito em nossa terra.
    Posso até não ter apoiado determinadas candidaturas ideais nos últimos tempos ou votado em quem não deveria em determinadas circunstâncias da vida, mas por alguma razão, a gente vota equivocado imaginando que as coisas são factíveis e possíveis de mudarem, mas em política, principalmente nessa autofágica da picaretagem em que se pratica em nossa terra, só votando em pessoas sérias, honradas, honestas e que tenham realmente a capacidade de cumprir com os seus compromissos assumidos em palanque, é que poderemos tentar mudar os rumos políticos de Buíque, caso contrário, vai continuar nessa mesma pisada de se pregar uma coisa no palanque, firmar um compromisso com o povo no decurso de uma campanha política e, ao chegar ao poder, se transformar e agir completamente ao contrário de tudo aquilo que pregou em termos de mudanças e de que seria um política diferente daquele que passou, quando na realidade, a revelação no pedestal das vaidades do poder, vem a ser outra completamente diferente daquela que se imaginou e aí, vem mais uma decepção política na vida da gente que pensa a política de forma grande, como um meio de transformação social, não de transação pessoal, como vem acontecendo no momento atual. Decepção, só para ficar em Buíque, claro que sempre me decepcionei com muitos políticos de minha terra, sem falar nos que já se foram desta para outra, porque, como sempre digo, acaso um dia vier a contar a História Politicamente Incorreta de Buíque, muito político vai se remexer em seu próprio túmulo, porque a história oficial que se passa para o imaginário coletivo é uma, mas a verdadeira, a real, é completamente bem diferente. Então prefiro não mexer nesse vespeiro morto, porque pode respingar em muitos que ainda estão vivos.
   Depois dessa tumultuada política, que além de candidato, também funcionei com advogado, foi a minha primeira experiência como advogado eleitoral e sei, que no meio do tumulto no Clube Municipal de Buíque, local da apuração, o susto foi grande, principalmente com medo de ser atingido por alguma bala perdida. A bagunça tomou conta daquele ambiente de apuração de uma eleição. Mesas e cadeiras usadas na apuração foram jogadas ao chão, quebradas, cédulas foram rasgadas, outras foram encontradas até na piscina, mesmo assim, apesar de termos entrado com um recurso eleitoral para o TRE para anulação daquela eleição, que era pertinente e com todas essas provas juntas, o Tribunal, que pelo visto compactuava também com aquele tipo de safadeza, confirmou a apuração do resultado, tendo o Dr. Dilson Santos sido consagrado vitorioso naquelas eleições por uma margem de mais ou menos 500 votos de vantagem sobre Blésman Modesto. Foi aclamado prefeito eleito com a diplomação, assumiu o mandato e não fez um melhor governo, por que foi muito pressionado pelo grupo de Arquimedes Valença e outros políticos mais, que não lhes dava o devido sossego para governar, mas apesar de todas essas adversidades, foi ainda um dos governantes de Buíque, que ainda implementou alguns programas sociais e valorou enfaticamente a nossa cultura, ao implantar a Semana da Cultura e da Arte de Buíque – SECUARTE, sem esquecer Blésman que foi um dos grandes baluartes no quesito educação de nossa terra, sendo um dos pioneiros.
   Esse período passou. Vieram às urnas eletrônicas, mas nesse meio termo, alguns políticos viciaram o povo de Buíque com a mercancia deslavada e escancarada do voto do eleitor, fazendo deste um mero instrumento para se manipular eleições com a compra de votos e por promessas não cumpridas e no final de contas, com toda essa enganação, quem vem pagando à conta, é o nosso próprio povo. Por isso mesmo, é que continuo com a minha mesma pregação de sempre, porque para mim, eleição comprada, jamais poderá ser considerada legítima do ponto de vista moral. Como é que o eleito pode representar seu povo com decência, se foi fruto de uma eleição comprada, um mero boneco de troca de uma eleição comprada, hem? – Isso acontece e vem acontecendo às escâncaras nas últimas eleições. Agora não são as urnas eletrônicas que são manipuladas, se bem que, não acredito cem por cento da inviolabilidade de tais urnas, mesmo assim, que se acredite que são estas invioláveis, mas a manipulação do povo, é o pior fator de manipulação do voto popular, o que no meu entender não legitima ninguém como verdadeiro representante popular, quando a eleição vem a ser fruto do poder político, econômico e com o desenfreado uso da máquina administrativa, quando o sujeito é candidato à reeleição ou quem está no poder faz desta uso em favor de quem apresenta como sucessor.
    O que se firmou na mentalidade do inconsciente coletivo de nosso povo, é que sem dinheiro, não se ganha eleição, mas pelos vários exemplos que tenho percebido em Buíque, nem sempre com os tufos de dinheiro, é o bastante e suficiente para se ganhar uma eleição, porque quando o povo se decepciona com algum político, não tem dinheiro que dê jeito. O povo como sempre, pega o dinheiro do otário, obtém alguma indevida vantagem e termina por votar em quem caiu nas graças do povo, mesmo que seja fruto de mais uma enganação eleitoral, como tem sido até o momento. É o chamado conto do “Canto da Sereia”, que anestesia o eleitor a ponto de vir este a se iludir e eleger mais um picareta para lhes governar e por tabela, tomar o que lhes pertence.
    Por isso mesmo, fui candidato em 1992, porque queria ser um vereador atuante na Câmara Municipal e, se tivesse sido eleito, com toda certeza, iria fazer de minha pregação, a prática diária de minha filosofia de vida e da política, como meio de servir ao povo, não de se servir, como acontece com os atuais detentores de mandatos eletivos. Não mais fui candidato a nada, porém, nem por isso deixei de fazer política e desta sempre participar. No momento, ainda estou na parada e não pretendo ser um mero coadjuvante ou servir de escada para ninguém. Minha pretensão é a de trilhar os meus próprios degraus e dar um salto mais alto, pois de outra forma, não me interessa candidatura alguma. Se puder servir minha terra como homem digno, sério e honesto, estou pronto e moldado pela minha experiência de vida que tenho, para servir, senão, não serei candidato a absolutamente nada, entretanto, isso não implica necessariamente, que fique à reboque do processo eleitoral, isso não, porque ainda tenho muita garra para continuar lutando para que os melhores, dentro os quais me incluo, possam participar e chegar ao topo da política, não essa politicagem de só se servirem, mas sim, a de servir ao povo, pois é isso que interessa na minha forma de ver a política como um elo transformador da sociedade e não de apropriação indevida do que não lhes pertence, ou seja, de roubar, se apropriar do que pertence ao nosso povo a título de benefícios e de melhorias. Esta é a razão de querer e me propor a dar um salto mais alto, porém de qualidade, em favor de nosso povo de Buíque.

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