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segunda-feira, 15 de junho de 2015

PELA RELIGIODADE DO BRASILEIRO, DOMINADO EM SUA MAIORIA POR CATÓLICOS E EVANGÉLICOS, NÃO SE PODE DIZER QUE SOMOS UM ESTADO LAICO, ATÉ PORQUE, OS PRÓPRIOS CONSTITUINTES AO PROMULGAREM A NOSSA CONSTITUIÇÃO DE 1988, NA FASE PREAMBULAR, INSERIRAM O TERMO "REUNIDOS SOB A PROTEÇÃO DE DEUS", ENTÃO NÃO HÁ O QUE FALAR EM ESTADO LAICO.

O BRASIL PODE SE CONSIDERAR UM ESTADO LAICO?


      O significado de laico, quer dizer que um determinado país não adotou essa ou àquela tendência religiosa, a ser seguida como doutrinamento religioso da Nação, de seu povo. Por isso mesmo, nessa visão de neutralidade na questão de religiosidade de sua gente, é que se diz que o país é um Estado laico.
    Na verdade, a coisa não é bem assim, mesmo por que, na fase preambular da própria Constituição Federal de 1988, os Constituintes de 1988, quando se reuniram para promulgar o texto constitucional, assim iniciam: “"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte, para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil". Só pela inclusão desse termo, “sob a proteção de Deus”, já não se pode dizer que a nossa constituição instituiu de verdade um Estado laico, porque Deus representa a entidade maior na escala de religiosidade de proteção de divina de todas as religiões, seja ela qual venha a ser. Então por aí, o Brasil não se pode dizer um Estado que não tem um religião definida, porque o próprio preâmbulo constitucional, assim já dá um direcionamento nesse sentido de que não é bem assim.
   País dominado em sua maioria absoluta, por cristãos, entre católicos e evangélicos, além de que, a Constituição foi promulga em Assembleia Constituinte sob a proteção de Deus, então como se autodenominar de país laico, hem? – Por isso mesmo, é que quando se insurgir contra essa ou qualquer que venha a ser, vertente religiosa dentro do leque de religiões e, sobretudo, no cristianismo, se deve ter muito cuidado, porque o bicho pode pegar, como ocorreu ultimamente com a parada gay promovida ultimamente no Estado de São Paulo, que de certa forma, extrapolou em seus objetivos ao vandalizar e banalizar a imagem do que os crentes e religiosos, chamam de o filho de Deus, Jesus Cristo. Com isso, quem saiu perdendo foi a própria classe daqueles que pertencem ao grupo do denominado de terceiro sexo.
    O interessante que há de se notar, é o fato de que para ser um país eminentemente laico, sem a interferência religiosa na feitura das leis, não deveriam ter representantes de vários segmentos religiosos, principalmente das ordenações católicas e evangélicas em sua maioria absoluta, porque qualquer que venha a ser o projeto que chegue a ponto de contrariar interesses do cristianismo, com toda certeza não passará, em face de vir a esbarrar na bancada cristã, representada por católicos e evangélicos. Por isso mesmo, partindo-se desse pressuposto, não se pode dizer que o Brasil é um país laico, porque o próprio texto maior assim o diz logo em sua fase preambular, como também, o Congresso Nacional está infestado por representantes católicos e evangélicos, que da mesma forma que os particulares, gastam milhões de reais para colocar seus fiéis na representação popular, não para defenderem os interesses maiores de nosso povo, independentemente de credo religioso, político ou de opção sexual, mas sim, os interesses daquela vertente religiosa da qual representam, esta é a verdade.
    O melhor mesmo a fazer, é acabar com essa hipocrisia e sair dizendo por aí, que o Brasil é um país laico, que na verdade não é, até porque, isso já veio enraizado desde 1.500, quando a história oficial nos sinaliza, que descoberto por Pedro Álvares Cabral, para cá vieram em seu grupo de colonizadores, não somente os degredados portugueses, mas também, vários religiosos representando a Igreja Católica Apostólica Romana, para impor na marra a religião cristã aos nativos, que tinham as suas próprias naturezas culturais, suas próprias raízes, mas colonizados portugueses obrigaram na marra desde esse tempo não muito distante, na base da imposição, os nativos a seguirem uma religiosidade que sequer sabiam que existia, que nada tinha a ver com as suas próprias crendices. Não que atualmente a coisa funcione dessa maneira, mas a mentalidade brasileira ainda não tem condições de absorver passivamente um movimento como esse último, que buscou vilipendiar, execrar publicamente, fazer pouco caso e menosprezar imagens e símbolos, que para os cristãos representam o intocável e o sagrado. Mexer em tudo isso, foi como tentar atear fogo num vespeiro e o estrago está feito. Para concluir, há de se levar em consideração, que qualquer iniciativa para regularizar situações de modos de vida na atual conjuntura em que eles mesmos criaram, com a bancada que se tem e com uma Constituição que se trai no próprio preâmbulo, não dá para se ter uma decisão de um país que nunca teve nada de laico, razão pela qual, a luta dessas minorias, tem que buscar no respeito ao próximo, atingir os objetivos que tem como bandeira de luta, porque o que fizeram, dentro da visão do sagrado e do intocável, foi realmente um erro imperdoável de tática, para quem quer um movimento de mudanças na forma de ver um determinado segmento social, que luta para regulamentar pretensos direitos que de certa forma, há de acreditar justos, dentro do seio da evolução social em que nos encontramos imergidos, por imposições da evolução ou involução do mundo, depende da visão de cada um dos que integram à humanidade e seus diversos modos de viver e de ver o mundo.

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