Arrombamento da agência do Banco do Brasil em Buíque, em tempo recente. |
Desde que me entendo por
gente em Buíque, que aqui nunca deixou de ser um lugar violento e, se há épocas
em que deixa de o ser, é por que isso acontece naturalmente, à medida que gente
braba, do faz-de-conta ou metida, vai deixando de existir, eliminados que são,
entre os próprios ou naturalmente, que como diz preceito bíblico, “de que o mal
por si mesmo se destrói” e isso, pelo visto, é mesmo verdade e isso de fato
aconteceu em Buíque, pelos menos os brabões das décadas de 60 até 80, foram
todos extirpados do mapa. Não existe mais nenhum para contar a história.
Agora chegar a conclusão de que, de um tempo para cá, quando
seu fulano ou sicrano assumiu o poder, a violência foi varrida de Buíque, é
pura falta de informação e não acompanhar que crimes violentos, misteriosos e
sem autoria, continuam acontecendo em Buíque, só que, como se trata da plebe
ignara que vive em regiões periféricas ou até mesmo ligados a grupelhos de criminosos,
ninguém sequer dá atenção para o que acontece no município como um todo, e
mesmo nos bairros da cidade, vem sempre acontecendo condutas criminosas com uma
certa frequência. Agora querer jogar no meio da população de que a partir do
momento que fulano assumiu a bandidagem em Buíque acabou, é pura enganação ou
falta de visão, porque a violência é própria da humanidade. Claro que já
tivemos momentos bem piores, quando existiam aqui mesmo muitos valentões
metidos a coronéis, políticos poderosos que acreditavam poder tudo, aí sim, a
violência era visível mesmo, mas foi esse pessoal vir a morrendo, ou
naturalmente ou assassinado, a violência desse pessoal que não perdoava ninguém
e bastava um olhar feio que a bala comia no centro, acabou mesmo de vez.
Acaso algum governante antes do atual tinha uma horda de
capangas em sua volta, eles mesmos foram se destruindo entre eles mesmos, mas
dizer pura e simplesmente de que a violência acabou, foi varrida de Buíque
nesses últimos anos, então não acompanha os fatos que só não têm a repercussão
que deveria ter, porque se trata de gente pobre, alguns ligados ao vício de
drogas, de pequenos bandos que se associam para cometerem crimes pequenos,
porque a única ação grande mesmo, foi o arrombamento do banco do Brasil, que
não faz muito tempo, numa madrugada dessas, mas que o crime foi extirpado de vez
em Buíque e de que a violência acabou, isso jamais, porque senão a delegacia
que sequer ainda está funcionando, a Justiça ainda se encontra perdida,
Ministério Público ainda não se tem, então a gente ainda está vivendo em uma
terra sem lei e sem ordem. Geralmente a Delegacia de Política, está sempre abarrotada
de pessoas humildes para prestarem queixas sobre algum tipo de violência
ocorrida por estas bandas de cá. Então não se pode falar que houve uma
erradicação completa da violência em Buíque, por que na realidade não houve não
senhor!
Pior é que existem crimes, que até hoje estão no banho-maria,
a exemplo do que ocorreu em final de março deste ano, no Sítio Malhada Branca,
em que foi ceifada a vida de Nilton Modesto Filho e até a presente data, não se
tem nenhum resultado prático ou alguém responsabilizado por tal crime. Então
como se falar em não existência de violência numa circunstância dessas, em que
sequer um crime que desde então não foi apurado e veja que se trata de uma vida
de um cidadão que passou toda a sua vida trabalhando honestamente nos Correios,
e dava um duro danado no sitiozinho de sua propriedade, onde foi vilmente
assassinado covardemente numa noite de final de março deste ano. Então minha
gente, não me venha falar que não existe mais violência em Buíque, porque essa
sempre existiu. Agora se a forma é outra, não dominada por grupos de
extermínio, como existia antes, aí a coisa é diferente, mas no geral, todo
final de semana alguém tem a vida ceifada em nossa terra, quando não um crime
letal, pelo menos um de menos potencial ofensivo, é sempre praticado ou de
violência contra menores ou contras as mulheres.
Alguns sempre acontecem nos bairros mais pobres, a exemplo dos
Bairros da Vila Frei Damião e da Vila São José, além da zona rural. Como então
se dizer que Buíque hoje é um jardim de paz, um Céu de mansidão, onde não mais
se respira o ar do sangue da violência? – Isso não existe! - Agora, em dizer
que quem está no comando do poder, mesmo sem ter um rumo certo e sempre à
deriva do comando, aí sim, se pode falar que ele mesmo não é violento, disso
não se pode falar, embora a conversa é de que, “aqui, ali, acolá”, está se
envolvendo em alguma confusão besta, mas isso é próprio de qualquer cidadão.
Mas dizer que a violência foi varrida de Buíque, isso é pura enganação,
enrolação e querer fazer muita gente de besta e tem mesmo os inocentes úteis
que acreditam que a violência de Buíque foi varrida de vez, com o que não dá
para se acreditar, pelos tantos fatos que acontecem, mas por não terem lá
grande importância, sequer se chega ao conhecimento da população ou sequer há
apuração da autoridade policial, mas que a violência existe, disto não se pode
ter a menor dúvida.
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