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sábado, 26 de setembro de 2015

O ESTADO DE PERNAMBUCO ESTÁ QUEBRADO



     Pior coisa é um governante assumir a direção de um Estado, completamente com as suas finanças fora de controle, por que para vir a colocá-la nos eixos novamente, a coisa não é fácil de forma alguma, em face de que, as peças a ser mexidas, podem precisar de medidas impopulares que não chegam a agradar ninguém, e se voltam todas elas, contra quem está à frente do comando diretivo. Quando o governante é forte, tem poder persuasivo, domina maioria da bancada da Assembléia Legislativa, e busca cortar na carne onde realmente existe o sangramento, aí poder-se-á se chegar a certo equilíbrio, pelo menos temporário, ou até, como se fora uma nuvem de fumaça.
    Na verdade com sua política “socialista”, mas encharcada pelo praxismo da velha e ultrapassada politicagem de sempre, como um rolo compressor que leva tudo à seu favor, Eduardo Campos quando vivo, buscou juntar em torno de si, todo tipo de gato e sapato da política pernambucana, àquela mistura de alhos com bugalhos a qualquer custo e deu no que deu. Está aí um Estado fora do controle, em que existe uma série de problemas deixados a ser resolvidos, obras em andamento que embora não tenham parado por completo,  mas o ritmo de aceleração teve uma refreada e, como se não bastasse, problemas como o da greve da Polícia Civil que já vem desde praticamente o início do ano sem nenhuma solução à vista, além de que, vem sendo cortados recursos de setores essenciais à população, a exemplo de saúde e educação. Não que o nosso país esteja diferente, mas Pernambuco agora vem se dando por conta de que Eduardo Campos deixou realmente um legado negativo e duro de ser enfrentado por um governante fragilizado como Paulo Câmara, que como sempre foi um tecnocrata, não está sabendo como resolver as variadas questões políticas de nosso Estado.
     Uma das saídas que vem sendo ventiladas a serem colocadas em prática, como sempre acontece em épocas de crises, é justamente o aumento de impostos, como se já não fosse demasiada pesada a carga tributária tanto do país,quanto de nosso Estado, que há uma incidência de uma das maiores alíquotas de ICMS de todos os Estados da federação. Na verdade, Paulo Câmara está num beco sem saída, não está sabendo como lidar com a situação e pelo que se pode notar, a tendência é perder parte da mesma bancada que dava apoio e sustentação a Eduardo Campos e que vivendo à sombra de seu criador, certamente não vai ter força política suficiente para dar sustentação a essa mesma base aliada, o que poderá ainda mais tornar a situação dificultosa e fora de controle.
     Ora, tirar dinheiro da saúde e da educação, quando se deveria investir mais nesses setores, não é a melhor saída. A saúde pernambucana está uma em estado de calamidade pública, uma verdadeira penúria e extremamente sucateada. Paralisação regulamentar das obras deixadas por Eduardo Campos, talvez fosse uma saída regulamentar transitória, até que viesse a equilibrar as finanças do Estado, que se não tiver cuidado, poderá até chegar a prejudicar a própria folha de pagamento dos servidores públicos estaduais, como vem ocorrendo em outros Estados. Colocar a culpa por que não hipotecou apoio à Presidente Dilma Rousseff, é desculpa amarelada, porque a questão em si mesma, é que Eduardo Campos gastou o que não poderia e devia, prometeu o que o Estado não tinha suporte para aguentar, tudo isto porque tinha em seus planos de vida, se tornar presidente da república, o que veio a terminar esse sonho em uma tragicidade inesperada, e vir perder a própria vida em acidente aéreo.
    Certo que na época dele, Eduardo, o Estado teve uma economia que cresceu mais de que todo o Nordeste e até mesmo do que a média dos demais estados da federação, mas isso tem muito a ver com o ex-Presidente Lula, quando seu aliado, mas a questão dele como governante, sem sombra de dúvidas, foi buscar aglomerar entre si, um séquito de políticos de todos os naipes, que nada tinham ou tem nada de socialistas, com um objetivo único e exclusivo, de tentar abocanha à presidência da república, e assim, vir a realizar o que seu avô Miguel Arraes de Alencar, tanto acalentou esse sonho e não conseguiu. Talvez ele se julgava dentro de seu introspectivo, de que teria como missão cumprir e complementar o sonho de seu avô e responsável principal de sua inserção no mundo da política.
  Como nosso Estado foi encontrado com suas finanças desarranjadas, um governante mais tecnocrata que político, sem o devido jogo de cintura, com certeza vai ainda enfrentar grandes turbulências políticas e quiçá, não venha a ter a oportunidade sequer de se tornar ou ter a chance de vir a ser o governante de Pernambuco num futura reeleição, porque como as coisas estão, se não mudarem de rumos, é esse o caminho que os prenúncios políticos nos mostram no momento.

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