Escrever sobre a vida e o
estado circunstancial da gente mesma ou de outrem, é um assunto extremamente
inesgotável e haja temas para se assuntar. Ao brotarmos ao mundo como uma
planta que vem de uma semente viva, que na verdade é assim que acontece mesmo,
já somos frutos de pelejas e de controvérsias, por que a luta já se inicia a
partir daí. É a questão de cuidados especiais, de uma busca de um crescimento
saudável, isso para quem pode; quem não, a situação vai se desenvolvendo de
qualquer maneira e as pelejas para nascer, crescer e viver, já faz parte de
outro panorama que a vida vem a oferecer.
Pelejamos à vida toda perseguindo alguma coisa. Quer seja em
busca de sermos melhores e eficientes naquilo que nos propomos a fazer, quer
desenvolvendo, arquitetando planos maléficos quando se queda para o mal e assim
por diante. Na verdade, na minha convicção, a gente é produto do meio em que
vivemos, salvo algumas poucas exceções. Observe bem nos grandes bolsões de
pobreza e em meios onde predominam a marginalidade e perceba qual a peleja para
um futuro melhor vivendo num lugar assim. Não falo de todos, pois pobreza não é
defeito, mas até uma grande virtude donde tem saído grandes pessoas de uma
capacidade extraordinária e que conseguem nas tantas pedras na vida
encontradas, vencer como qualquer outra pessoa. De certa forma, somos produtos
de fatores circunstâncias que podem ou não mudar os rumos da vida de cada um.
Uma das coisas que sempre relutamos intermitentemente, é o pelejar,
pelejar e pelejar, até praticamente o último suspirar, porque o oxigênio da
vida é justamente nunca se deixar esmorecer ou se amofinar por qualquer
besteira, afinal a que viemos neste mundo? – Acredito que mesmo dentro do meu
ceticismo ontológico e introspectivo, razão de sobra existe para justificar a
passagem de cada um nesta vida, porque senão nada teria sentido. Quando a gente
olha esse mundão à nossa volta e tudo que ele nos proporciona ou não, ficamos
como verdadeiras incógnitas no meio de tantos, de um infinito interminável, sem
que ninguém consiga saber o que cada um pensa e imagina. É realmente um
mistério estarrecedor e ao mesmo tempo deslumbrante, quando se tem bilhões de pessoas
e como se diz, cada um é um mundo à parte e ninguém é capaz de penetrar no
território do mundo imaginário de outra pessoa.
Enfrentamos desde o primeiro suspirar do oxigênio quando
somos expelidos do útero materno, mesmo sem consciência alguma ou uma
consciência em desenvolvimento envolta por muitos mistérios insondáveis, é a
partir de então que começamos a enfrentar as grandes pelejas que advirão a
partir do desenvolvimento físico e mental de cada um de nós nas diferentes
fases de vida. Temos um decurso de vida, se assim podemos dizer, montada numa
base trifásica montada num tripé vital: o nascimento com vida e o
desenvolvimento, o período em que se vai desenvolvendo e a maturidade e, por
último, a mais ingrata, a fase do envelhecimento, ou que se imagina da
sabedoria, em que muitos a veem com desatino e como a aproximação do final de
tudo assim num estalar de dedos, um flash de luz ou num relampejar de um
relâmpago, que pode chegar a qualquer momento. Esse período, para muitos, pode
ser o pior se formos pensar que vamos partir de um momento para outro, mas se
diferentemente pensarmos direitinho, ainda somos capazes de fazer desse momento
terminal, digamos assim, como o mais produtivo de nossas vidas, porque é aí
onde se chega a antítese de tudo que foi a nossa vida. É o supra-sumo de tudo
que fomos e vivemos e assim, podemos fazer o resumo verdadeiro, como se fora
num filme mudo, de tudo que fomos, passamos a ser de verdade, a síntese de tudo
do nosso caminhar. A máscara verdadeira da vida, só aparece no terceiro tripé
de sustentação, quando está próximo de vir a ser quebrado. É assim o pelejar da
vida, deferente não poderá vir a ser, mesmo que cientificamente se avance o
quanto a mente humana puder.
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