Pode-se até dizer que,
quando a gente entra numa guerra, quando se está numa frente de trincheira, não
se pode mais fugir à luta.
É assim que sempre fui e não posso mais, a essa altura do
campeonato fugir da minha frente de batalha, porque tanto que percorri na vida
sempre defendendo àquilo que sempre acreditei e continuo acreditando, então
minha gente, não é agora, que vou amofinar e fugir da parada. Não nasci para
ser covarde, mesmo que só tenha somente eu mesmo na fileira de luta. Nesta vida
se pode até perder uma batalha, mas a guerra tem que continuar dentro de cada
um de nós, só vindo mesmo a pacificar quando o derradeiro suspiro terminar.
A razão de viver é justamente se buscar sempre defender o que
você acredita e tem lutado à vida inteira. Já chegando ao ocaso da vida, não
adianta mais fugir da raia, por qual razão, hem? – Abdicar de tudo vida quando
já não mais se pode mudar? – Então minha gente, por isso mesmo é que continuo
defendendo tudo àquilo em que sempre acreditei em minha vida. Não adianta mais
a gente querer mudar e ser o que não foi ou aceitar determinadas coisas
escabrosas que sempre foram uma razão de se contestar, de não aceitar o errado
e o então status quo vigente. Por
isso mesmo é que não mudo e não mudarei jamais a minha maneira de ser.
Claro que o tempo nos traz mais sabedoria, mas uma das coisas
que o tempo não pode acabar e impedir, é a guerra que existe dentro de cada um
de nós como uma chama ardente prestes a explodir, por mais difícil que venha a
ser, não importa mais, por que a gente não pode mais desmontar, voltar atrás e
desmantelar tudo no acreditou e lutou por toda a sua vida.
Então quem imagina que sou venal, mutante tal qual um
camaleão, está arredondamente engando, porque não fui moldado para mudar de
coloração ou de convicções pessoais de conformidade com as conveniências de
fatores circunstâncias de quem quer que seja. Sou o que sou e jamais vou mudar
a forma de agir e de pensar.
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