Quanto me propus a colocar
em prática a ideia de encabeçar esse movimento que está dominando e tem sido
motivo de comentários em todas as redondezas de Buíque e região, não esperava
que chegasse a tanto, mas também por outro lado, que iria com toda certeza
desagradar e contrariar interesses de pessoas e de grupos políticos, o que já
era por mim esperado.
Para quem me conhece de perto, sabe perfeitamente que sempre
fui, em termos de política e de filosofia, um idealista por formação e
convicção, não sendo agora, já praticamente com toda uma vida vivida, que iria me
amofinar, voltar atrás e desdizer tudo que disse ou tudo que se fincou em minha
mentalidade e na formação de caráter daquele tipo de cidadão por onde sempre busquei
pautar a minha trajetória de vida e a minha conduta comportamental. Pode até
ser que as formas de encaminhamento das coisas no decurso do tempo, as pessoas
tenham mudado e eu mudei também em aceitar, em conviver circunstancialmente com
determinados modos de vida e comportamentos, mas não sou obrigado a seguir e
aceitar o que não concordo ou não acredito, daí que, busco ser a mesma pessoa
autêntica que sempre fui desde tenra idade, porque você pode até destruir a
matéria de alguma pessoa, mas as ideias, jamais serão destruídas, senão a
filosofia de Aristóteles, Platão, Sócrates, entre outros, sábios da Grécia Antiga,
não estariam tão atuais e vivas no mundo pós-modernista. Por isso mesmo, é que
defendo o que acredito ser o melhor caminho a ser seguido, porque penso, existo
e se existo, busco agir.
O movimento que encabecei, que firmei oficialmente a partir
de 14.09.2015, não é contra pessoas, contra partidos políticos, contra ninguém,
mas sim, em favor do clamor popular em face da desmoralização política em que
vivemos no momento atual e, diante de tantos engodos, enganações e mentiras dos
próprios políticos em suas execráveis manobras, foi que resolvi sem olhar para
o monturo alheio, criar esse movimento moralizante em minha própria terra, não
propriamente com o interesse de aparecer ou de vir a me transformar em mais uma
estrela numa constelação qualquer, mas sim, pensando em dar a minha contribuição
na forma de agir, de pensar de nosso próprio povo, para melhor saber fazer as
suas escolhas políticas, que nos últimos trinta anos em Buíque, só vem mesmo se
degenerando, afundando num fosso negro, cada vez mais e alguém tinha que se
levantar e dar o grito para alertar o nosso povo. Se esse alguém fui eu, tudo
bem, o grito foi dado, restando ao povo, no pleno exercício de sua cidadania,
fazer a sua parte, não como mero figurante do processo, mas sim, como ator
principal de inclusão no processo que se pretende dar uma sacolejada e mudar a
mentalidade de nosso povo.
Sei da dureza do que poderia me esperar pela frente. Críticas
ferrenhas por parte dos que se sentem atingidos diretamente, de uma minoria que
também de alguma forma se opõe, mas digo com toda sinceridade, isso não me
assusta ou me intimida, até mesmo a promessa, que segundo soube, existe em
alguns déspotas ou paus-mandados, que chegaram ao ponto de dizer: “É, Manoel
Modesto está precisando é de uma boa “piza” (surra)”, como se bater ou tentar
calar a minha boca viesse a resolver a imoralidade política em que a gente
vive. Por outro lado também, que ninguém seja audaz e se atreva a esse ponto de
chegar a isso (me dar uma “píza”), porque não é só apanhar não senhor, porque
não nasci para apanhar de ninguém, porque na minha cara que minha mãe beijou,
macho nenhum toca nela e isso é um aviso que dou e mando, sem perde a ternura.
A minha luta não é pessoa ou contra ninguém, como já frisei, mas sim, no campo
das ideais. Se alguém achar que estou errado, faço o desafio para a gente fazer
o bom combate no campo das ideias e não da violência! Estou fazendo esse
movimento e vou concluir com toda certeza e, se assim não puder, que outros
deem continuidade, mas digo com toda sinceridade, sou homem o bastante para
levantar, empunhar uma bandeira de luta e ir com ela até as últimas consequências,
doa em quem doer, afinal de contas, tudo o que estou fazendo é porque existe o
imperativo da lei que me dá todo esse direito e nada mais estou fazendo, do que
o pleno exercício de minha cidadania, alertando os meus conterrâneos e também
para fazer o mesmo, já que estou inserido no processo de uma democracia e no
pleno Estado Democrático do Direito que, embora muitos ainda acreditem se estar
vivendo em currais eleitorais dos modernos “coroneizinhos” de algaroba, não
perceberam ainda que o mundo mudou e não aceita quem não aprendeu ainda a
conviver com a multiplicidade de ideias e na diversidade comportamental de todo
e qualquer ser humano, afinal de contas, o mundo é para todos e repito mais uma
vez, que quiser enriquecer, a política não é uma profissão, mas sim, um meio do
ponto de vista científico e filosófico, de se fazer o bem sem olhar a quem. É
esta a essência da política vista para quem tem visão de mundo.
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